ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO REUNI NA UFOP SOBRE A CIDADE DE OURO PRETO REALIZADA NO DIA 17 DE DEZEMBRO DE 2007
Aos dezessete dias do mês de dezembro de dois mil e sete, deu-se início à Audiência Pública sob a Presidência do Vereador Wanderley Rossi Júnior. Vereador Wanderley Rossi Junior: "Declaro aberta essa Audiência Pública da Câmara Municipal de Ouro Preto e já agradeço os que aqui estão e já convido para compor a Mesa, O Professor João Luís Martins, Reitor da Universidade Federal de Ouro Preto e William Adeodato, representando à Associação Comercial de Ouro Preto, é vice-presidente da Associação Comercial de Ouro Preto, nós convidamos também um representante da FAMOP que me parece não está aqui, tentei falar hoje o dia inteiro e também um representante da Prefeitura, o Prefeito foi convidado, esperamos que chegue ainda a tempo de participarem conosco aqui, tendo em vista que o assunto é, no nosso entendimento, um assunto importante, uma vez que a Universidade Federal de Ouro Preto tem um destaque, uma importância muito grande para a nossa cidade, proporcionalmente, Ouro Preto talvez seja a cidade que tenha maior impacto, talvez seja, referente a presença de uma Universidade devido ser uma cidade pequena e ter a presença de uma universidade. Vou registrar a presença, estou vendo aqui o professor Antenor Barbosa, que é o vice-reitor, o professor Marcelo, que é chefe de gabinete, estou vendo também o professor Carlota, Efigênia Carabina, o XP, você é do DCE XP? A jovem Marina, você é do DCE ou não? Hilton Timóteo do Sindicato ASSUFOP, Rafael Madalena, você ainda é do CAC Rafael? O André Lanna que é assessor jurídico, GUGU que trabalha com a gente aí, o Antônio de Pádua, jornalista de vários jornais aí, é mais Tribuna Livre e o jovem ali que é eu não conheço, fotógrafo da APOP, com camisa da APOP, aluno da Universidade. A Laura comando o som ali, filha do Roque Fina, da UMES, a Débora funcionária simpática aqui da Câmara e a Bia. Bom vamos lá, a ideia então é a seguinte, nós ouvimos notícias de que a Universidade aqui por conta do REUNI que é o programa de reestruturação e expansão das Universidades do Governo Federal, que a UFOP iria ampliar o número de cursos e com isso o lado altamente positivo, é de mais pessoas poderem entrar na Universidade, é altamente positivo e outras questões mais positivas, mas estou destacando esta, e mais brasileiros poderem chegar a Universidade, também estrangeiros, mas do povo poder chegar mais a Universidade e por outro lado, o que preocupa, creio eu que deve preocupar a Prefeitura a parte que cabe ao Poder Público Municipal, que é a infraestrutura da cidade, que pode até ser feito em parceria com a Universidade, eu acho que pedir apoio ao Governo Federal, mas a Prefeitura precisa se preocupar com isso. Serão alguns alunos a mais e isso vai demandar mais infraestrutura, transporte, moradia, abastecimento d'água que já anda um problema grave na cidade, tá chegando o Teco do HIP-HOP da juventude, movimento da rede. Então nós resolvemos chamar essa audiência para podermos conhecer um pouco melhor, a gente da parte da Câmara, a Associação Comercial também tá aqui conosco, seria bom também se a FAMOP tivesse aqui presente, mais há pessoas que militam em movimento comunitário como a Efigênia, o Teco que podem depois repassar a FAMOP. Eu não apresentei o rapaz ali que tá operando, o Denilson, operando o data show. Eu vou passar a palavra para o professor João Luís, porque eu creio que, nós não combinamos mas eu acho que seria bom o senhor fazer uma exposição, ser precisar do auxílio de algum assessor, fique a vontade pra convidar, e fazer uma exposição pra nós pra gente poder conhecer melhor, além do que a gente já conhece só de imprensa, que já ouvi falar, de alguns contatos informais. Então, já agradeço enormemente a presença do professor João Luís aqui, nosso Reitor e também do William Adeodato." Doutor João Luís: " Primeiro agradecer, cumprimentar e saudar o Vereador Kuruzu, nosso companheiro de longa data aí também William Adeodato, estudantes e representantes da comunidade, professores, e o vice-reitor. Bom, a ideia aqui é apresentar o projeto de expansão da Universidade , ele foi apresentado já em audiência pública tanto em Mariana e quanto Ouro Preto, apresentamos lá no ICHS e aqui na Escola de Farmácia, não, no DEGEO. O que nós vamos fazer aqui é tentar repetir a síntese do que foi apresentado e aí então a gente pode abrir as perguntas se for conveniente. Eu acho que o primeiro momento é apresentar que expansão é essa que ela vai se dar, como é que ela foi feita e tal. A ideia é que a gente chamou de síntese porque, durante um período nós tivemos nas unidades acadêmicas, nos departamentos isolados da Universidade e explicamos o que era o plano de reestruturação e expansão das Universidades. É um plano exclusivamente voltado para as instituições públicas ou as federais em que todas as Universidades possuem um certo percentual de recurso tanto em custeio quanto em investimento para poder realizar essa expansão. Explicamos exatamente os detalhes a eles, de habilidade, o que que é necessário para que cada unidade ou departamento pudesse fazer algumas propostas, quais os problemas que a gente imaginava que poderiam ocorrer e para nossa surpresa nós recebemos uma quantidade enorme de propostas vindas de diversos departamentos e unidades acadêmicas. Nós ficamos muito surpresos porque a proposta era acima de sete mil e quinhentos estudantes e aí para sintetizar essa proposta foi muito difícil porque a gente teve que fazer muitos cortes. Grande parte das propostas tinham o objetivo de funcionar em Ouro Preto, principalmente tentando aproveitar a estrutura já existente. Com a preocupação de colocar sete mil estudantes em Ouro Preto, que seria uma coisa impossível, nós começamos então a discutir pra tentar diluir esse impacto nos três camping da Universidade, que são as de João Monlevade, Mariana e de Ouro Preto. Deixando na Universidade, o campus Morro do Cruzeiro aqui em Ouro Preto, somente aqueles cursos que não são possíveis de serem retirados da sede em função da infraestrutura de laboratórios, de docentes de condição instalada. E um pequeno acréscimo de custos aqui, mas que pudesse aproveita a estrutura instalada e já consolidada, porque? Porque esse é o principal objetivo também do plano de reestruturação que possa aproveitar a ociosidade das Universidades. Então, nessa direção nós conseguimos fazer uma síntese, cortamos muitas coisas, e ai inclusive, retiramos quatro cursos de Ouro Preto, para colocar para Mariana, de tal maneira a diluir mais os estudantes. João Monlevade existiam dois cursos e nós colocamos mais dois lá. Em média, em João Monlevade nós vamos ter mil e seiscentos estudantes em cinco anos, são quatro cursos, três são de engenharia e um de sistema de informação, na verdade engenharia de produção e sistema da informação já existem, mas eu vou passar as transparências e vou falando um pouco sobre cada situação. Então no campus de Mariana que é o Instituto de Ciências Humanas e Sociais, lá já funciona o curso de história e letras, o que vai acontecer é uma ampliação de vagas, de quarenta para cinquenta vagas, as entradas são semestrais, e aí a novidade é a criação do curso de pedagogia, com quarenta vagas por semestre. Esse curso já tá previsto o início dele para dois mil e oito barra dois, ou seja, segundo semestre letivo de dois mil e oito. Lá vão ter vinte e três novos professores por conta da proposta, que é o departamento de educação, recebe oito vagas em função da proposta da criação do curso de pedagogia, mais quatro por causa do atendimento do curso de serviço social e educação física, licenciatura em química e comunicação. O departamento de letras deve receber cinco professores dos quais dois são para expansão da letras, ou seja, por aquele aumento de vagas e três para atender os cursos de pedagogia e comunicação. O departamento de história são seis professores dos quais dois são para a expansão do curso de história e quatro para atender aos cursos de pedagogia, turismo e museologia, então essa é a expansão para Mariana, Campus ICHS. Vamos ter novo curso lá funcionando inicialmente à tarde, por causa da ociosidade porque não tem nada funcionando de tarde no ICHS com curso, então entra a primeira turma à tarde e vamos diluir ao longo do tempo as outras entradas. Estamos tendo o maior cuidado que estes estudantes entre nos três camping e agora quatro, a gente já vai explicar porque, mas diluindo para não ficar uma coisa muito pesada para os Municípios. História e Letras já funcionam, é pedagogia que foi criado no ICHS. Só para entender, atualmente o Instituto de Ciências Humanas e Sociais funcionam dois cursos, História e Letras. Eles ampliaram um pouco mais o número de vagas porque a entrada era de quarenta estudantes, vai passar a receber cinquenta e lá no ICHS tem a criação do curso de Pedagogia. Então o ICHS vão ter três cursos, o de História e Letras que já funcionam e mais o de Pedagogia, o Instituto de Ciências Humanas e Sociais será integrado então por três cursos, História, Letras e Pedagogia, em Mariana no ICHS, já vou explicar. Esses todos vão entrar no decorrer onde eles vão está. Eu só expliquei aí como é que ficam os professores, para onde eles, quantos professores serão, história e letras exatamente. Eu to tentando mostrar o mesmo slide que eu expliquei à comunidade, porque, para demonstrar a expansão que a gente está fazendo, previa professores, técnicos, recursos de investimentos, de custeio, política estudantil, tudo isso está previsto no plano ,de tal maneira que não se faça nenhuma expansão sem ter as condições para isso. Lá vão ter mais seis técnicos administrativos, para dar suporte às atividades, vai ter investimento em uma obra do anexo, ampliação, o anexo vai colocar salas de aulas, sala de professores, e laboratório também. Ampliação da área do atual restaurante, acervo biográfico tem investimento em equipamento, investimento em laboratório de fonética. Vamos começar a primeira fase de magnetização do acervo, que é um acervo muito valioso, e que tem tido muitos problemas de roubo, furto e etc... a gente vai trabalhar essa primeira fase lá, lá vai ter função gratificada por exemplo aquele colegiado que não tinha, era uma demanda antiga, a gente já está recuperando esses problemas. Nós vamos ter em Mariana mais um campus, que é o campus que a gente chamou de Mariana dois do Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas. A proposta pra lá, quatro cursos de comunicação e jornalismo, administração, serviço social e ciências econômicas, todos com cinquenta vagas. Professores propostos pro campus, sessenta e um. Quatorze para administração, quatorze para serviço social, quinze para ciências econômicas e dezoito para comunicação. Vão ter dezoito técnicos administrativos, tem as funções correspondentes a nova estrutura , a gente está tentando desenhar essa estrutura um pouco mais enxuta, mais adequada, mais dinâmica. Os investimentos então para lá, vai ter obras, tem um bloco de salas de aula para o anexo. Na verdade é o seguinte, está sendo cedido à Universidade todo o conjunto, inclusive com a biblioteca comunitária daquele Colégio Municipal Padre Avelar. Então vai ser cedido todo aquele conjunto de prédios, juntamente com a biblioteca, o estacionamento, e assim por diante. Lá o Prefeito vai entregar a partir de, na verdade ele já licitou todo esse espaço de reforma, no semestre que vem, acho que até em julho está previsto a entrega completa do prédio reformado e nós vamos entrar com alguns investimentos, e mais ainda, ele está propondo e já definiu a contrapartida da construção de um bloco, com oito salas de aula e mais alguns gabinetes dos professores para resolver todo o problema de espaço físico. E mais ainda, ofereceu numa discussão espaço de terrenos que a gente possa construir moradia e até ter uma perspectiva de fixar docentes e técnicos se for o caso, ou seja, definiu claramente um apoio efetivo, se demonstrando grande parceiro para esse projeto de expansão da Universidade. Lá então ele vai entrar com o apoio para a construção desses blocos de salas de aula como comentei. Nós vamos fazer adaptação no prédio sede como um todo, para refeitório, restaurante, blocos de laboratórios, lá vai funcionar o curso de comunicação, vamos precisar de laboratório bacana. Material permanente, vai ter imobiliário, utensílios, laboratórios de comunicação, laboratórios de informática e software adequado e todo acervo biográfico, então, são quatro cursos muito importantes, estavam todos colocados em Ouro Preto, devido a um grande número de estudantes que impactaria a cidade, a gente transformou isso numa nova unidade, construímos, desenhamos uma estrutura administrativa mais enxuta, mais adequada, para a realidade hoje, e com todas as questões pensadas. Professores, técnicos, condições de fixação, porque a gente tá pensando, já temos todos os recursos necessários para a compra dos equipamentos para o nosso novo restaurante, vamos fazer até o final de dois mil e oito o restaurante tá pronto, que vai ter capacidade para a produção de mais ou menos cinco mil refeições que deve abastecer tanto o Mariana dois quanto o Mariana um e além disso atender o campus Morro do Cruzeiro, essa evolução. O mais interessante, a gente está projetando que esse restaurante tem inclusive, panificação, ou seja, que a gente possa até pensar no café da manhã para tantos servidores, estudantes que não tem como ter acesso a isso no início. Tudo isso está pensado, definido, com data e horário para começar e terminar também. Em Mariana essa previsão de ter dois camping, o Campus de João Monlevade era na verdade um departamento e vai virar um Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas, porque tem uma expansão importante, ali tem um erro, ao invés de design industrial, está definido como Engenharia de Computação. Então a definição lá foi para Engenharia de Computação, lá nós já temos atualmente, sistemas de informação, e engenharia de produção, esses cursos já estão funcionando e com entrada semestral. Esse avanço já foi feito. Vai começar em dois mil e nove um o curso de engenharia elétrica e o curso de engenharia de computação. Estão previstos para esta expansão trinta e quatro professores, convém ressaltar que quando nós assumimos a Universidade, eles tinham um professor e meio, um professor D.E e um de vinte horas. Hoje eles já estão com vinte e dois professores, tem mais cinco vagas para o ano que vem, que são essas distribuídas ali, dois e três, e mais vinte e nove que nós estamos definindo para dois cursos novos. Vai consolidar exatamente o campus lá, interessante que o Prefeito local, vai está cedendo a área inteira para a Universidade, são três prédios que já funcionam os cursos, tá doando mais dois prédios do conjunto todo, com a área esportiva, mais uma parte administrativa, já liberou o transporte urbano para os estudantes, lá o transporte é de graça para ir para Universidade. Nós vamos fazer alguns investimentos, que vão ser em Ouro Preto. Técnico administrativo tem vinte lá, definido para lá, interessante aqui é o seguinte, vamos fazer alguns investimentos muito importantes, com recurso definido para isso, estabelecido no plano de aplicação. Vamos fazer investimentos no laboratório de engenharia elétrica e ali laboratórios para a engenharia de computação. Acervo biográfico, nós vamos ter que fazer reformas de adaptação dos refeitórios, ampliação da biblioteca, a política estudantil para lá tá muito bem definida, nós vamos criar um núcleo da CAC lá, além disso, vamos definir a bolsa moradia, somente lá já definimos isso, o Rafael está fazendo todo esse levantamento, do número de repúblicas que existem. A situação de moradia lá não tem nenhum apoio como Mariana e Ouro Preto, estamos definindo uma política muito específica de fixação dos estudantes e agora para Ouro Preto. Vale dizer também que não só Mariana como João Monlevade, tem efetivamente uma participação do setor público, apoiando este processo de expansão. E nós temos recebido uma quantidade enorme de pedidos de várias Prefeituras do entorno para que a Universidade vá pra lá, e a gente não teve condições de atender, inclusive muitos Prefeitos colocando uma série de condições para que a Universidade se expandisse. Exemplo disso, nós criamos, nós aprovamos a Universidade, o campus do Vale do Aço. Internamente nós discutimos na comunidade, nas unidades. Encaminhamos ao Ministério da Educação e isso nunca foi possível ser implementado, porque nós não tivemos as condições para isso, nem de professores, nem técnicos, nem condições de investimentos. Então nós não demos esse passo, a expansão que nós estamos fazendo agora é exatamente a expansão no mesmo modelo da medicina, ou seja, com todas as condições para funcionar a Universidade como deve. Para Ouro Preto uma proposta muito interessante, fiquei muito feliz do departamento ter apresentado essa proposta, que o curso de Educação Física. Tantos professores que nós perdemos nesse acidente há muito tempo, então eu acho que isso é um resgate histórico, é um curso noturno, já temos uma parte dessa instalação, vamos fazer os investimentos a mais que faltam, estou muito feliz do departamento ter apresentado essa proposta, muito bacana para a região. E para gente como dirigente, nós temos um quantitativo muito grande de estudante que precisa se desenvolver na área e prática de esportes, que é fundamental para a formação de qualquer pessoa. Então para a educação física são quarenta vagas semestrais, curso noturno, são reservados dezesseis vagas para a realização do curso, técnicos administrativos são dez, função gratificada que é para funcionamento, investimento e acervo biográfico, material permanente, material de consumo. Quantas mil vagas noturnas estão sendo criadas em Ouro Preto? Mais de duas mil novas! Dar oportunidade pra muita gente que não tinha oportunidade de entrar na nossa Universidade, na região. Duzentos e vinte e dois por cento de aumento de curso noturno da UFOP, isso é histórico. Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, bacana, é um curso que eu sonho em fazer, eu nunca tive a oportunidade, virei matemático, ninguém é perfeito. Trinta e cinco vagas semestrais, é um curso noturno também, professores reservados para essa expansão, quinze professores reservados, técnicos são cinco, função gratificada para a secretaria, investimentos em acervos biográficos, obras, laboratórios e salas de professores, equipamentos, mobiliários e utensílios. Esqueci de registrar que aquele campus novo de Mariana, que tem uns quatro cursos, vai ter entradas de tarde e entradas a noite, sempre vespertino e noturno. Direito e Turismo, tarde e noite, até para otimizar o funcionamento, ter funcionários para atender. Bom, direito e turismo também tem uma expansão, direito amplia de quarenta para cinquenta vagas semestrais, é muito importante porque é muito procurado. É um curso que teve bons conceitos ultimamente, então abriu mais oportunidades e ele já funciona diurno e noturno. Inaudível) reservadas para exposições são quatro, mais tarde tem outra tabela, técnico administrativo aí são três, envolvendo direito e turismo. Direito eu acho que é de manhã e a noite que funciona, vai continuar funcionando nesse período. O turismo nós só tínhamos uma entrada anual, de quarenta, de cinquenta, aí nós fizemos duas entradas semestrais, então vai ter trinta e cinco vagas no primeiro semestre e trinta e cinco vagas no segundo semestre, totalizando setenta então vai ter um aumento de vinte vagas por ano, sempre vai ser tarde e noite, sempre uma entrada a tarde e uma entrada a noite. Vai ter um vestibular só para estudantes que vai estudar a tarde e vai ter um vestibular não é uma coisa localizada, ouvidoria um, comissão de ética um, editor e imprensa dois, ano que vem nós vamos reeditar nossa impressora, nossa editora, isso é muito bacana, muito importante e a comunicação social dez, e a gente já está pensando na TV, na vinda do curso. É um projeto muito complexo, a gente está trabalhando nele, no sistema do Ministério da Educação, a duas semanas consecutivas só no preenchimento, no detalhamento, inclusive, hoje o pessoal está lá trabalhando nesse preenchimento, porque hoje a meia noite, na verdade às vinte e três e cinquenta e nove é o prazo limite para eu aprovar, porque o Reitor tem que ir lá e na verdade eu só aperto o botão, não fiz nada até agora. Então, corpo docente, nós vamos contratar duzentos e cinquenta e oito novos professores, claro que, vejam bem, tantos os técnicos quanto os professores, são diluídos nos três camping da Universidade, em três Municípios, não vão ficar todos aqui, todos são efetivos, todos os professores serão efetivos e todos os técnicos administrativos também permanentes, sem terceirização dentro do quadro. Então, ICHS, aí eu já estou fazendo o detalhamento de cada unidade, como é que fica os docentes. Não sei se isso é interessante que a gente possa passar pra frente. Duzentos e seis professores, ai detalhamento mais assim, nos slides uma coisa interessante para falar. Na verdade é a memória do computador que está... Na verdade nós ficamos muito surpresos hoje quando tava relacionando os detalhes, os dados não é Sílvia? Em que a informação depois de agrupar os dados, das etapas, das estratégias que tem que informar, veio a informação de que nós teríamos um acréscimo de duzentos e vinte por cento de aumento de vagas noturno. Isso é muito importante, porque com isso, grande parte desses estudantes, por exemplo em Ouro Preto, os outros Municípios não há uma grande preocupação mas em Ouro Preto tenho certeza absoluta que grande parte desses estudantes serão da região, que já tem locais fixos, já melhora muito essa situação. Eu acho que só na última transparência tem umas duas informações importantes que eu gostaria de colocar. Esse eu acho que é importante falar, em síntese nós vamos ter três mil cento e noventa alunos em Ouro Preto em cinco anos, vai ser diluído em cinco anos, dos quais, dois mil em cursos noturnos, dois mil e oitenta alunos em Mariana em quatro anos, dos quais mil e quarenta em quatro anos, em João Monlevade, mil duzentos e cinquenta alunos em cinco anos, esse número não está certo, a gente atualizou para mil e seiscentos, dos quais, oitocentos e oitocentos nessa proporção. Então nós teremos o seguinte, mil quatrocentos e setenta alunos em média por ano, diluído nos três camping, você tem que pegar aquele número e dividir por três, diluído em média nos três camping, é claro que tem uma entrada maior no ICHS, ou maior em João Monlevade, num semestre uma entrada menor em Ouro Preto, então vai variar em média. Nós estamos pensando no conjunto, é um campus separado. Mariana dois é um campus separado, não vai ser, não vai pertencer ao ICHS. Nós consultamos o ICHS, eles desejavam agrupar esses cursos dentro da sua unidade, a resposta dentro do Conselho Departamental para a Universidade, para a nossa equipe, eles não concordaram em absorver esses cursos. Portanto, nós vamos ter que criar uma unidade para poder ter o funcionamento. Nós fizemos essa consulta ao ICHS, colocamos as condições que teria para isso, três mil, cento e noventa em cinco anos. Nós vamos começar o projeto de expansão no segundo semestre de dois mil e oito, então dois mil e oito dois, nós vamos ter uma entrada, uma parte da entrada já em agosto, um percentual diluído já nos três campings, entrada menor porque a gente não tem muitos recursos agora em dois mil e oito, para essa entrada tão gigantesca. Em dois mil e nove nós vamos ter uma entrada maior, porque tem a criação de novos cursos, noturnos também, já está tudo planejado, cursos que vão começar por etapa. Olha! A gente tem condições de falar, eu acho que não está aqui porque na verdade, nós, eu fiz esse resumo mais informativo global e eu não detalhei o início, porque até então, no último momento nós não sabemos com exatidão, se nós teríamos as condições financeiras e a contratação de técnicos para começar todos os cursos. Então a gente percebeu que era necessário dar um passo menor em dois mil e oito, dando um prazo para o poder público também tomar suas providências em relação ao que é necessário, depois em dois mil e nove mais um crescimento, isso é um projeto que tem planejado para cinco anos, que qualquer administração pública precisa e tem condições de planejar essa absorção. Nesse projeto está previsto biblioteca central no Campus, biblioteca no ICHS, biblioteca do novo instituto de Mariana, biblioteca do novo instituto lá de João Monlevade, um novo restaurante universitário, ampliações do restaurante dos três camping, construção de blocos de sala de aula em Ouro Preto, Mariana, nos dois casos. Adaptação dos blocos de sala de aula do instituto de João Monlevade, e construções e adaptações de sala de professores, laboratórios para todos. Aquele restaurante atual ele não tem condições de atender a toda comunidade e levar refeições para Mariana com esse impacto. Então, como a gente já tem o recurso dos equipamentos, falta agora entrar com os recursos de obras para poder colocar em funcionamento no ano que vem. A previsão é que dezembro ele esteja pronto. Nós estamos terminando o prédio do direito e do turismo. Direito e turismo que é o chamado puxadinho, vai ter um novo prédio ao lado do CEAD, o direito e turismo tá indo pra lá, porque onde eles estavam funcionando, foi projetado para ser um restaurante, foi projetado, só não foi usado, porque a Universidade teve um crescimento. Aquele do centro de convergência, aí nós estamos planejando outras ações, tem muita coisa. A ideia é que ele funcione inteiramente lá, com as condições muito mais adequadas para atendimento, a ideia é que são oitocentos lugares para a previsão inicial, de tal maneira que a gente consiga superar a demanda atual em quarenta minutos, hoje, quarenta minutos supera isso. Se tivermos o dobro de estudantes que é uma coisa muito difícil de acontecer, não vai acontecer em Ouro Preto esse tipo de atendimento, a gente tem condições no tempo de uma hora e meia atender todos os alunos. Então, o fluxo, a dinâmica e a geometria utilizada é muito adequada assim. Tem uma política estudantil muito bem definida a gente colocou tudo isso dentro do REUNI que é a criação de núcleos da CAC nos camping, ou seja, é necessário que a gente tenha uma Coordenadoria de Assuntos Comunitários nos novos espaços da Universidade. Ampliação dos atendimentos médicos odontológicos, ampliação do Centro de Saúde da UFOP, que já está previsto com a medicina também. A criação da modalidade do Bolsa Moradia para baixa renda, a gente tá definindo um João Monlevade como primeiro passo. Criação da modalidade de Bolsa Transporte, o Rafael já está fazendo todo esse trabalho de análise para ver quem mora em Ouro Preto e estuda em Mariana e quem mora em Mariana e estuda em Ouro Preto e assim por diante. Estamos vendo já inicialmente isso. Ampliação então dessas bolsas de trabalho,o que a gente tem de biblioteca, de restaurante, estágios, aquelas bolsas lá no NTI que é tecnologia de informação. Nós vamos está ampliando consideravelmente a frota de veículos para dar suporte às atividades curriculares quanto extracurriculares. Ampliação das bolsas de alimentação, que a gente chama de permanência, isso é uma questão sagrada, e tem que ser resolvida. Ampliação das bolsas de motoristas, estamos pensando nas cotas de programa que é muito interessante, uma política bem interessante para incentivar os estudantes à pesquisa também. Ampliação de recursos para apoio e apresentação de trabalhos nos eventos, a gente já faz e vamos ampliar. Garantir que a evasão de estudantes não poderá acontecer por falta de condições financeiras, isso é a única promessa que a gente faz, nenhum estudante vai embora da Universidade por falta de condições financeiras. Pra isso tem a Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC que vai está avaliando as condições necessárias para atendê-lo, essa é a promessa que a gente está fazendo a todos os estudantes que vem de fora, e isso se estende também aos estudantes locais, que demonstre necessidade, que possam ter esse apoio da Universidade. E a garantia que vamos buscar condições para continuar construindo moradias estudantis prioritariamente no estilo alojamento, pelo menos está garantido aqui a busca. A gente não está dizendo que vai construir, vamos tentar construir. Essa discussão e outra coisa, eu coloquei lá, não sei se o pessoal da equipe percebeu, em uma das ações da CAC eu acrescentei o seguinte, criação de um fórum para discutir a política estudantil na Universidade, precisa esse fórum ser criado para alimentar informações, o que é interessante para política. Essa política está nascendo aqui, essas questões estão sendo colocadas mais por iniciativa própria de conversar com os estudantes ou mesmo com a equipe do que propriamente de definir uma política estudantil como deveria. Eu acho que falta uma mobilização estudantil para poder definir essas prioridades. Eu acho que é mais ou menos isso, eu acho que é uma questão de recursos do final ali que eu acho que é importante. (defeito na gravação)." Vereador Wanderley Rossi: " Nós agradecemos a exposição do Reitor João Luís, e passo a palavra ao William Adeodato, eu falei no começo justifiquei o convite da Universidade, da Prefeitura e também da FAMOP e a Associação Comercial, porque também vai envolver todas as questões do comércio local, e pela importância que tem a Associação Comercial na nossa cidade, importante também a participação e a palavra do representante da ACIAOP - Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Ouro Preto." William Adeodato: " Boa tarde, é um prazer estar aqui representando a Associação Comercial, eu gostaria de começar parabenizando a Universidade Federal de Ouro Preto por essa decisão de adotar o REUNI, eu acho que o Governo Lula, ele está cumprindo o que prometeu, que é de abrir vagas nas Universidades Públicas que é uma carência que o nosso povo sempre teve e reclamou. Então, apesar de não ter o curso universitário, o Presidente Lula está dando passos importantes com programas como REUNI, como PRÓ-UNI, como outros programas de inclusão dos brasileiros, principalmente os brasileiros de baixa renda na Universidade pública, a gente sabe que a Universidade pública sempre foi, sempre teve um perfil de aluno de classe média alta, e com essa política educacional adotada pelo Presidente, está havendo a possibilidade desse avanço. Então, parabenizar a Universidade Federal de Ouro Preto, por essa decisão de adotar o PRÓ-UNI e parabenizar também, pelo cuidado do desenvolvimento desse projeto na Universidade. A gente percebeu aqui pela explanação do professor João Luís que foi tomado todo o cuidado para que esse crescimento da Universidade não fosse um crescimento que impactasse de forma negativa às comunidades. Foi uma explanação, um projeto muito bem pensado, estou vendo ali o Carlota balançando a cabeça, mas eu não posso me furtar a falar sobre isso, porque, eu senti na pele, eu sou um profissional oriundo de escola particular, eu tive que pagar a minha escola porque, na Universidade Federal de Minas Gerais, na época que eu prestei vestibular lá, eles ofereciam três mil vagas para trinta mil candidatos, hoje são quatro mil e poucas vagas, para sessenta mil candidatos. Então, quando o Governo Lula sinaliza para ampliação de vagas dentro da Universidade pública, eu tenho que aplaudir e quando a Universidade Federal de Ouro Preto, que é a cidade que eu adotei e da qual eu tenho a honra de ser cidadão honorário, adota a política de ampliar vagas, eu tenho que bater palmas e tenho que lamentar que o Poder Público Municipal não seja parceiro como nós estamos vendo, na cidade de Mariana e de João Monlevade, temos que lamentar que nós não temos um Poder Público encarando esse avanço da Universidade, esse crescimento da Universidade como uma coisa positiva para cidade, porque a gente sabe que o minério ele só da uma safra, então o caminho que Ouro Preto tem que caminhar é em direção, ampliação de vagas na Universidade Pública, na Universidade Federal de Ouro Preto e no Turismo. Então são duas joias, são duas joias que nós temos aqui que nós temos que preservar e não tratar com descaso, que é o que parece nas falas que eu tenho visto aí, tem sido tratado a questão de ampliação de vagas do crescimento de Ouro Preto. Eu acho que isso é uma oportunidade que nós temos que agarrar. O Poder Público se não está caminhando nesse sentido, está cometendo um erro, está cometendo contra a população de Ouro Preto, porque com certeza, a gente sabe disso, o comércio a quem eu estou representando, ele sofre impacto diretamente, quando tem por exemplo, uma greve na Universidade. É impactado diretamente. Então deixa-se de faturar, porque você não tem alunos na cidade, e aí você tem que parabenizar sim, essa iniciativa da Universidade Federal de Ouro Preto de crescimento e lamentar de não poder crescer mais, porque o que eu percebi aqui, que nós perdemos para Mariana e perdemos para João Monlevade, cursos importantes e fundamentais que poderiam estar aqui em Ouro Preto. Outra questão que eu quero levantar também é parabenizar a Universidade que é ocupar o espaço ocioso que a Universidade tinha, aqui mesmo, nesse plenário, eu defendia a Universidade Federal de Ouro Preto implantar cursos noturnos, e a resposta está aqui. Então eu tenho que parabenizar, porque, a cerca de seis meses atrás ou oito meses atrás nós tivemos uma audiência pública para discutir o acesso da comunidade afrodescendente e o acesso da comunidade ouro-pretana dentro da Universidade Federal de Ouro Preto que não tem, nós temos números aí que já foram levantados pela PRÓ-GRAD onde, a presença do ouro-pretano dentro da Universidade Federal de Ouro Preto é pequena, e muito por causa da ausência de cursos noturnos. Então, esse projeto que foi apresentado aqui hoje, ele vem de encontro a essa reivindicação. Ele vem de encontro a essa reivindicação, tá resolvido o problema, pelo menos parte do problema. Hoje a gente vai ter condições de ter o aluno ouro-pretano dentro da Universidade Federal de Ouro Preto, o aluno que trabalha, que precisa trabalhar o dia todo, porque eu tive que ir para a Universidade Privada porque na UFMG não tinha curso noturno, não tinha, então como que eu, precisando trabalhar o dia todo iria fazer um curso na Universidade Federal? Eu não ia ter como! Então, lá não tinha curso noturno, então eu tive que fazer Universidade Particular. E aqui, como esse projeto que foi apresentado aqui hoje, nós tivemos a oportunidade sendo dada aos ouro-pretanos, principalmente, tanto aos afrodescendentes como aqueles que a gente defende, que seja da cota social, para que eles possam então, estar cursando o curso gratuito, de uma Universidade que foi feita para eles. Então, eu quero aqui, parabenizar a decisão da equipe, parabenizar a equipe que participou desse projeto, e dizer que é exatamente nesse sentido que nós temos que caminhar, a cidade tem que caminhar nesse sentido, a Universidade está trilhando no caminho certo, e agora é que o povo pressione o Poder Público Municipal para que ele tome uma atitude no sentido de apoiar essa decisão da Universidade crescer, muito obrigado." Vereador Wanderley Rossi: "Nós então abrimos a palavra para os presentes, quem quiser se manifestar levanta o dedo, a Débora toma nota e a gente... Já o professor Carlota, Carlos na ordem então. O Carlota, o XP e o Wilton Timóteo, três que se inscreveram e Efigênia Carabina a quarta pessoa. Professor Carlos Lisboa, o "Carlota": " Boa tarde para todos, em primeiro lugar eu quero parabenizar o nobre Vereador Kuruzu, pela sua iniciativa e maneira brilhante que você conduz essa nossa reunião, tratando com simpatia e com conhecimento a todos aqui presentes, inclusive chamando pelo nome. Então eu vejo um envolvimento social seu grande aqui dentro da política de Ouro Preto, o respeito apesar de não ser do seu partido, nós temos velhas divergências, porém, acho espetacular a sua participação e espetacular essa inciativa. Eu me coloco contrário à essa expansão da Universidade, uma vez que nós moradores de Ouro Preto, somos prejudicados inclusive, por essa população flutuante da Universidade Federal de Ouro Preto. Eu moro na rua Camilo de Brito, número sete, tive um processo, retirei um processo da república Marragolo senhor Reitor, por problema de bagunça, e contra a república TX. Eu tive a oportunidade de ir junto ao Reitor, junto com outros cidadãos pra reclamar da postura desse pessoal, que não tem educação, não respeita o povo de Ouro Preto, já começa chamar o povo de Ouro Preto de inativo, e o senhor sabe muito bem que nós fizemos um acordo cavalheiro, melhorou um pouco, porém, eu ainda to ressentido, quem bate esquece, quem apanha não esquece, a cidade de Ouro Preto não tem condição de aumentar esse número de estudantes, eu acho isso um absurdo, agora, do jeito que o William falou, vai ser muito interessante, vai aumentar o número de lavadeiras, vai aumentar o número de entregador de pizzas, vai aumentar o número de motoristas de ônibus, vai aumentar esses negócios todos, porque eu como professor da Universidade também, sei do aspecto acanhado da extensão da Universidade, dentro da cidade de Ouro Preto, poderia fazer melhor, se os estudantes fossem mais educados, respeitassem mais a população. Então eu falo, é particular, é um ressentimento particular que eu tenho e a Universidade precisa melhorar muito, muito, muito senhor Reitor, porque eu estou lá dentro e eu sei o que que acontece lá dentro, precisa melhorar muito, não tinha que expandir, tinha que melhorar. Então é essa que é a minha posição e nobre Vereador Kuruzu, volto a falar mais uma vez que nós temos aqui um Patrimônio Histórico Artístico Nacional que pretende conservar essa cidade, então, em falar em expansão, em construções e outras coisas mais, isso é um absurdo que tá dentro dessa proposta, e o senhor Reitor também (inaudível) nosso conterrâneo como cidadão honorário, ele também teria também toda oportunidade de se posicionar contra o REUNI, que a Universidade tem capacidade para isso, porque é constitucional que a Universidade quando se coloca, uma pessoa como Reitor, ele é responsável para assumir ou não assumir esse negócio do Lula, que eu acho que a banalização do ensino, que eu não vou entrar nesse mérito, que eu acho isso um absurdo, porque se aumentar o número de farmacêuticos, de médicos e outras coisas mais é para tentar diminuir o pagamento desses profissionais. Eu quero dizer que, hoje, um hemograma se faz em dois minutos, agora, só que nós pagamos a preço de dólares, e a nossa pesquisa, essa pesquisa que se faz dentro da Universidade, e simplesmente uma repetição de ciência aplicada e nós precisamos desenvolver muito. Eu acho que é, essa é a minha posição, agradeço e respeito, não vai conotação nenhuma contra o senhor Reitor, nem o senhor Vice-Reitor, nem os demais representantes aqui, agora, só acho uma maldade muito grande, e uma falta de consideração com minha terra chamada Ouro Preto, colocar quatro mil estudantes aqui. Muito obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Próxima pessoa, é o XP." XP: " Boa tarde a todos e a todas, em primeiro lugar eu queria fazer uma ressalva com acerca da divulgação desse evento, fiquei sabendo desse evento sem querer, de última hora, eu esperava que, na medida que tenho contato com a internet, da comunidade universitária, fique informado dessa atividade na página da UFOP, e essa audiência pública, pelo o que eu verifiquei, não estava divulgada na página da UFOP, enfim, é porque eu queria ver mais gente aqui, mas de qualquer forma, em relação a fala do professor Carlota, eu concordo em pequena parte e discordo em grande parte do que ele falou, mas eu acho que ter esse tipo de divergência é salutar, pra gente poder amadurecer. Em relação à proposta, eu queria fazer algumas perguntas ao professor João em relação de como foi essa interação ou de como não foi essa interação como o Poder Público Municipal, a Prefeitura de Ouro Preto por exemplo, e se foi ou se não foi, ou se teve algum tipo de, se a Prefeitura não viu com bons olhos essa expansão, se ela não se mostrou predisposta a aceitar essa expansão da Universidade, e na sua avaliação, quais são os principais problemas estruturais, que vão acontecer, que vocês da administração que planejaram isso, vislumbrem em relação a questão estrutural, visto a questão da moradia para estudante, a questão da alimentação, o transporte, o impacto nos serviços daqui de Ouro Preto. Como é que está essa questão, essa balança aí, como é que fica isso, e eu até queria, o Kuruzu como representante da Câmara, do povo de Ouro Preto, também fizesse essa avaliação, saber Kuruzu, como é que os Vereadores vê esse REUNI, se os Vereadores tem conhecimento ou não, ou se eles tem interesse ou não, porque pelo jeito aqui, só está você de Vereador, os outros Vereadores não se manifestaram acerca da questão e também Kuruzu, como que a população de Ouro Preto percebe ou perceberia, que eu acho que a grande maioria dela, grande parte da população de Ouro Preto não sabe que a Universidade vai se expandir dessa forma. Como que a população entendi esse crescimento da Universidade, porque aqui a visão do Professor Carlos, eu acho que uma boa parte da população de Ouro Preto vai ter essa visão que o Professor tem, que eu de uma certa forma concordo com ela, visto aos últimos acontecimentos entre estudantes e a população de Ouro Preto, que historicamente não tem sido tão boas assim. E como professor João Luís, que a Universidade está lidando com essa, possíveis conflitos futuros pra isso, que eu acho que o único ponto de vista negativo que eu vejo a curto prazo é esse. Acerca, pra finalizar a minha intervenção, acerca do financiamento, nós vamos ter em dois mil e dez uma nova eleição, a gente não sabe quem que vai vir pra frente, ano que vem nós vamos ter eleição para Reitor também, então como é que se deslumbra essa mudança de administração tanto em nível Federal, como aqui na Universidade. Se todos esses recursos, a locação de pessoal, vai ser respeitado, ou seja a gente vai ficar na mão. Eu acho que um pouco da insegurança que o Professor Carlos coloca, eu também compartilho dessa insegurança, saber se o poder lá de Brasília vai respeitar o que a gente está decidindo aqui em Ouro Preto. Se essa mudança de governo, caso haja, vai ser ruim ou não para a expansão da Universidade, agradeço também a exposição do William, compartilho muito com o que ele falou e espero aí, eu vejo com bons olhos, que uma parte do povo trabalhador, que trabalha durante o dia e a tarde possa estar na Universidade a noite, que a Universidade tem esse papel de retorno intelectual e profissional para esse povo que é importante também, para a comunidade de Ouro Preto em especial, é isso, obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Próxima pessoa, Hilton Timóteo. Vamos fechar esse bloco de cinco, se todos estiverem de acordo, falou o professor Carlota, o XP, Hilton Timóteo, Efigênia Carabina, o Professor Barbosa, fecha o bloco em cinco e trás a palavra aqui para Mesa para comentários e respostas " Hilton Timóteo: " Boa tarde a todos e a todas, nós cumprimentamos a Mesa, nas pessoas do Professor João Luís, Kuruzu e William. Eu vou começar dizendo que discordo em parte do XP, porque eu discordo em tudo do professor que nos antecedeu, embora eu respeite e parabenizo por ele está aqui e colocar a posição dele, porque foi divulgado na rádio Ouro Preto e nós temos o costume, depois que passa a procissão de tirar o chapéu, mas na hora que somos convocados a discutir e muita gente já era pra ter uma discussão acumulada na questão do REUNI, que já teve várias audiências abertas ao público, inclusive, na Universidade eu participei de algumas e realmente essa presença não se deu tão maciça como nós gostaríamos. Eu concordo com o William, quando ele disse o seguinte, que ele é oriundo de uma escola particular. O meu filho William formou no ano passado, para formar em Educação Física, ele teve que colocar em risco a vida, igual muitos colegas nas vans que iam para Ouro Branco. E a sã consciência eu não acredito muito que as pessoas tenham coragem de chegar perto dessas dezoito ou mais vans que saem daqui para levar pessoas, para arriscarem a vida na escuridão das estradas tortuosas e falar com ele que é contra a Universidade crescer. Eu disse em várias reuniões que eu participei ao Reitor, que eu sou contra a nossa Universidade inchar, crescer sem planejamento, igual alguns Reitores fizeram por aí no passado. Agora, se for pra ter o mesmo trato que teve o curso de Medicina, que tenha estrutura para as pessoas estudarem e que o conteúdo seja de qualidade, eu não vou ter coragem de chegar perto do meu neto amanhã e falar com ele que um dia eu fui contra a Universidade que eu trabalhei, eu moro em Ouro Preto à quarenta anos, eu sou de Piranga, Ouro Preto é a cidade que eu escolhi para viver, a gente não escolhi cidade para nascer, mas escolhe para morar e eu escolhi Ouro Preto à quarenta anos. Eu sei muito bem das dificuldades e nunca, falta fazer mais ainda, porque a necessidade, somos ambiciosos e queremos que cresça essa parceria, mas nunca foi feito, nunca teve tanta extensão, como está tendo agora no mandato do Professor João Luís na instituição. Nós trabalhamos com alunos, com necessidades especiais. Essas pessoas que tem direito à vagas no serviço aí fora, mas nunca conseguem porque não são qualificadas. Hoje nós temos o núcleo de educação exclusiva, o Nei com máquinas e com pessoas que fazem parte dessa estrutura e que fazem a inclusão desses alunos da instituição, não fazendo paternalismo, mas dando condições de participar da mesma maneira que os colegas deles, ditos perfeitos, fazem. Então, se eu estivesse aqui hoje, falando contra e eu estou falando em meu nome, com meu CPF e endereço, eu não estou representando nenhuma instituição na minha fala, eu tenho vinte e seis anos de Universidade. Já passei por vários Reitores, nós sabemos que eu não defendo Ouro Preto como minha Ouro Preto, mas como nossa Ouro Preto, é Patrimônio Histórico da Humanidade. E nós temos que preservar isso. Quando terminou o ouro, o que que aconteceu? Uma evasão muito grande. E de alguma forma, a ocupação dessas repúblicas, pelos estudantes, ajudou também a preservar o Patrimônio. E eu estou com isso querendo absorver um estudante ou outro que não tenha uma convivência adequada com a população não! Eu não estou generalizando, porque nem todos são como falam que são. Eu queria chamar a atenção ao seguinte, quando nós entramos em greve, o pessoal fica doido pra gente voltar, porque são setenta por cento que cai no comércio. Manda gente embora e uma série de coisas, e na hora que a gente volta, aí resolve tudo de novo. Então, todos sabem que minério não dá duas safras, breve as empresas vão deixar buracos aqui, a tão Vale do Rio Doce, tão idolatrada, vai deixar os buracos aqui e nós vamos ficar aqui com o turismo e com a Universidade Federal de Ouro Preto e que muitos de nós, não queremos que cresça, e com o CEFET. Então eu não sou o dono da verdade, nem senhor das boas intenções, durante o debate aqui nós vamos ver, agora nós ficamos muito tristes, que os nossos Secretários de Planejamento, não planeja Ouro Preto para ela crescer, a família quando está esperando um filho nascer, ela faz um quarto, ela procura o berço, ela planeja. E aqui não, há vamos continuar do jeito que tá, pra ver como que fica. Antes de eu perguntar quantos estudantes cabem aqui, eu perguntaria ao Executivo, qual o tamanho da cidade que ele vai preparar para receber esses estudantes e as pessoas que vão nascer aqui na cidade ainda, ou nós vamos também proibir de nascer, porque a cidade não vai caber. Vereador Wanderley Rossi: "Efigênia é a próxima." Efigênia Carabina: " Boa tarde, boa tarde também João Luís, te parabenizo e digo o seguinte, Ouro Preto é uma cidade Monumento Mundial, eu to falando aqui como nativa, como ouro-pretana que sou, nasci e me criei aqui em Ouro Preto. Eu fico muito alegre de vocês levarem para Mariana alguns cursos, mas Ouro Preto precisa de crescer. E estou dizendo porque eu tenho família e meus filhos estão todos longe dessa cidade, porque não conseguiram fazer o que a gente sonha à muitos anos, fazer uma Universidade dentro de Ouro Preto. A minha filha Adriana, que completou aniversário agora no dia onze, ela saiu daqui de Ouro Preto decepcionada porque não conseguiu um trabalho em Ouro Preto para poder estudar na Universidade de Ouro Preto. Ela começou fazer a UNIPAC em Lafaiete e teve que parar de estudar. Era o sonho dela formar numa Universidade e teve que parar de estudar, porque o dinheiro é curto e a gente não dá conta de pagar uma Universidade particular, sem contar os riscos que vão daqui para Lafaiete, pegam a Estrada Real, é perigoso, a gente já viu vários companheiros da gente aqui, companheiras morrerem num desastre horroroso, porque tinha que sair daqui a noite e estudar em Lafaiete e estudar em outros lugares. Então fica aqui João Luís o meu aplauso a você e digo também que hoje, a um tempo atrás eu tinha questionamento contra estudantes em Ouro Preto, hoje eu tiro o chapéu para os estudantes que estão agora no momento, morando em minha cidade, porque, eles agora estão se socializando com a gente, eles estão abrindo espaço para que a população de Ouro Preto possam se conscientizar que eles também são seres humanos. Eles vem das cidades deles para Ouro Preto, eles chegam aqui e às vezes muitas barreiras também, mas eles conservam as casas que eles moram, ao contrário do IPHAN que nós temos aqui para punir as pessoas de não poderem fazer suas casas, arrumar suas casas, eles conservam as suas casas que eles moram, eles podem ser sim, jovens que querem tomar um golo, às vezes fazer uma bagunça, porque chega aqui e não acha nada pra se fazer nessa cidade, essa cidade de Ouro Preto nossa, tem hora que a gente pira a cabeça. Você vai em Mariana no dia de domingo, tem uma banda na Praça, tem uma série de eventos, aqui não tem nada, aqui o jovem daqui ele vai pro buteco, bebi cachaça, bebi cerveja e vai pra sua casa porque não tem nada pra se fazer. Infelizmente essa é a realidade. Nós estamos no natal, você vai em Itabirito e você olha lá, Itabirito está lindo, maravilhoso, aqui em Ouro Preto, as famílias de Ouro Preto se não enfeitarem suas casas, não tem enfeites, não tem nada. Então fica aqui o meu parabéns pra você João Luís, te respeito, sei que você não é nativo, sei que você não é ouro-pretano, mas você tem um carinho muito grande por essa cidade. Já vi coisas acontecerem dentro dessa cidade e tive coragem de chegar para os estudantes, como pessoa de Ouro Preto e conversar com eles, e quero dizer mais. Esse ano nós fizemos o desfile da beleza negra dentro do CAEM, e conseguimos, a gente ia cobrar cinco reais do ingresso pra gente comprar mantimentos para algumas famílias, nós conseguimos duzentos quilos de mantimentos, para doar para as famílias pobres no natal, nós conseguimos noventa colchonetes que foram doados agora para a Sociedade São Vicente de Paulo, para poder dar para algumas famílias que estão aí nos altos dos morros, que ninguém conheci, e que passam falta, e que dormem no chão, eu gostaria só João Luís dizer para você, eu não sou funcionária da Universidade, mas respeito a Universidade Federal de Ouro Preto, porque tem muitos anos que existe, e que antes de eu nascer ela já existia, e a minha família foi criada lavando roupa, minha mãe lavava roupa de estudante da famigerada rua das Mercês, que eu morava ali perto, e mataram muita fome de muitas famílias em Ouro Preto. Então eu parabenizo os estudantes e digo mais, Ouro Preto tem que parar com esse negócio de ficar só pensando no passado e esquecendo que a gente tem que viver o presente, e viver o futuro, porque nós temos jovens aqui, que tem dezoito anos e não tem a perspectiva de ter o primeiro emprego, nós não temos, eu to dizendo, minha neta completou dezoito anos e eu não tenho perspectiva de saber onde ela vai trabalhar. Então fica aqui o meu carinho a você e que você continue com essa luta, porque pena que você tá passando, pena que ano que vem, como dizem vai ter outra eleição, mas eu gostaria que você ganhasse de novo, porque você tá conseguindo revolucionar a Universidade Federal de Ouro Preto, parabéns para você e muito obrigada." Vereador Wanderley Rossi: " O próximo, fechando esse bloco de cinco, é o professor Barbosa, Vice-Reitor. Depois estão inscritos, o Guido e o Antônio de Pádua, o Pádua. Pergunto se mais alguém quer inscrever e se quiser, podia se inscrever durante as palavras do Professor Barbosa, pra gente encerrar as inscrições. Então quem quiser. Quero registrar a presença do Vereador Léo, Leonardo Barbosa está aqui conosco, o senhor Wilton está pedindo para se inscrever. As pessoas que quiser se inscrever a Débora vai passar aí anotando os nomes. Então com a palavra o Professor Barbosa." Professor Barbosa: " Reitor João Luís, Vereador Kuruzu, William Adeodato, boa tarde a vocês, boa tarde também aos demais presentes. Queria dizer inicialmente, acho que para encurtar a minha fala, eu não ponho e nem tiro uma vírgula do comentário feito pelo William, acho que ele teve o sentimento exato, teve uma dimensão exato, do significado para Ouro Preto da expansão da Universidade. Completo dizendo que, talvez o Hilton não tenha não bater o título e doutor, mas ele tem o conhecimento, a sabedoria que ele deu, e foi muitíssimo feliz, muitíssimo claro o seu raciocínio e a sua exposição, o mesmo eu digo da Efigênia, eu estou entre aqueles que acreditam que Ouro Preto, no futuro, futuro breve, vai ter três razões para sua subsistência, a cultura, felizmente aqui se respira, cultura, e isso vai perdurar por muito tempo, o turismo que evidentemente é a indústria que deve se tornar o carro chefe de Ouro Preto, e a Universidade. Ouro Preto sem dúvida alguma, se tornará uma cidade universitária num futuro breve. A mineração passa, todos nós temos consciência disso e sentimos isso. É importante dizer, que o REUNI, possibilita ainda, além dessas seis mil vagas, a jovens estudantes para a região de Ouro Preto, Mariana e Monlevade, escola pública, uma coisa importante, se juntar eles, se juntar essa proposta, a implantação de uma política afirmativa em Ouro Preto, a implantação das cotas em Ouro Preto, vai sem dúvida alguma, atender as aspirações de Ouro Preto e região. Estamos discutindo isso, estamos tentando implantar isso na nossa cidade e se Deus quiser também, teremos êxito no futuro, estaremos dando oportunidade à esses jovens que tem tanta dificuldades para acender socialmente, especialmente através da Universidade. O mais importante que eu acho no REUNI é o fato de que a Universidade Federal de Ouro Preto, com sua tradição, nós temos uma instituição de mil oitocentos e trinta e nove, tem uma chance sem igual, de dar um salto de qualidade. A Universidade não pode ser vista com apenas a replicadora do reconhecimento, ela não deve apenas transmitir o conhecimento para o ensino da graduação, deve buscar também a verticalização, deve gerar conhecimento, olha o exemplo que todos nós podemos dar a todos aqui de Ouro Preto. Assumimos a pouco tempo, como uma instituição que tinha onze cursos de pós-graduação credenciados pela CAPS, em dois anos e meio, elevamos para vinte cursos, e com esses duzentos e sessenta quase, professores, em nível de doutor, ou de mestrado pelo menos, teremos a oportunidade de verticalizar mais ainda, temos outros cursos de pós-graduação pra jovens da região e do Brasil todo, somos uma instituição pública federal, para acender também, para chegar também, ao seu mestrado e ao seu doutorado. Vinte cursos que se tornarão em breve trinta, se tornarão quarenta cursos de pós-graduação. Isso atrai também a iniciativa privada, atrai também as empresas, as minerações, a CEMIG está vindo a Ouro Preto buscar conhecimento. Os órgãos de estado estão vindo a Ouro Preto buscar conhecimento, fazendo parcerias com os nossos cursos de pós-graduação. Hoje mesmo tivemos notícia de mais um doutorado na UFOP, doutorado em Geotecnia. A Geotecnia que já atende, que já ajuda a segurar essas encostas de Ouro Preto, que já reconstitui, já reconstrói a infraestrutura das nossas igrejas, como foi assinado até pouco tempo. E queria dizer que nós não descuidamos de tratar dessa questão, com o poder público, foi perguntado ao Prefeito Angelo Oswaldo e ao seu Secretário de Gabinete, a expansão em Ouro Preto é bem vinda ou podemos atender ao chamamento dos Prefeitos da região? Porque é todo dia que eles estão nos procurando para levar esses cursos pra fora, foi dito, queremos a expansão da UFOP em Ouro Preto sim! E seremos parceiros na ajuda à implantação paulatina desses cursos na cidade, o Prefeito me afirmou isso, o mesmo foi dito com muito mais ênfase até porque acenou até com recursos, com prédios públicos, pelo Prefeito Celso Cota, e pelo Prefeito de João Monlevade, que falha o nome agora, eu peço desculpas. Então, eu acho que não haveria como fugir a essa responsabilidade. O Reitor João Luís capitaneou uma proposta, um projeto que foi feito para Ouro Preto, eu tenho certeza absoluta disso, e espero que os ouro-pretanos que hoje são contrários, amanhã realmente abracem essa causa, e nos ajudem a corrigir os problemas que existem, nós nunca nos furtamos a discutir isso, Vereador Kuruzu já nos chamou, nós já viemos aqui duas ou mais vezes pra discutir a questão da convivência estudantil com a população da cidade, que não pode ser do jeito que está sendo, acontecendo. Esperamos em breve termos superado essa dificuldade que eu considero muito momentânea, muito obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Os cinco primeiros inscritos se manifestaram o Professor Carlota, XP, Hilton Timóteo, Efigênia e o Professor Barbosa, então vou trazer a palavra aqui para Mesa, se o professor João Luís e William quiserem fazer algum comentário e responder algumas questões postas, e depois, estão inscritos o doutor Guido, Antônio de Pádua, o senhor Hilton, Eugênio que mora aqui na Barra e tem também imóvel lá na Bauxita, Rubens. Galiza e o Professor Marcelo. Então tem seis pessoas inscritos para segunda rodada, professor João Luís e o Professor Jorge Adílio se manifestou uma vez eu vi uma hora que ele levantou o dedo, faltou anotar, aí você escolhe o lugar que você quer colocar ele aí. São seis inscritos para a próxima rodada." Professor João Luís: " Bom, eu vou tentar ser breve nas colocações porque, o XP acabou colocando muitas questões, eu já respondi algumas em algumas audiências, vou tentar ser breve. Primeiro que o relacionamento da cidade em relação ao REUNI, especificamente o Professor Barbosa já citou, realmente houve a aproximação, na verdade a equipe esteve visitando o Prefeito, anteriormente o Barbosa e também o Gilberto estiveram com o Secretário Gabriel e levando essa questão que nós estávamos ainda pensando, planejando o que que a cidade pensava sobre isso e tal. Então existe sim uma conversa feita com a Prefeitura, e cabe agora retornarmos a essa discussão pra equacionar o que tá faltando, principalmente as preocupações colocadas pelo nosso professor Carlota. Então eu acho que tem que melhorar muito a relação com a comunidade, ainda tem muita coisa pra fazer, nós não temos de forma alguma ficado à margem desse problema, a gente tem buscado o diálogo com todos, acho que o professor lembra bem a conversa que nós tivemos na Prefeitura sobre toda essa situação, que foi colocada por ele, tentamos fazer o possível, com regras, com estatuto, com discussão, reuniões periódicas, pra que esse relacionamento melhore sempre com a comunidade. O respeito com o jovem, com as crianças, com os idosos, com a cidade, com o patrimônio, que é uma coisa que está no coração da gente. Quanto a questão do transporte eu acho também que é uma atuação que precisa ter um planejamento, viu XP. É necessário também que em cinco anos isso seja possível de ser superado, inclusive hoje cedo nós estávamos discutindo esse assunto. Então, isso tudo vai ser levado até com sugestões de encaminhamento deste problema. Quanto a questão de mais jovens na Universidade, eu acho que quem tá dizendo isso não sou eu não, na verdade quem tá colocando claramente a questão é o Plano Nacional de Educação que foi discutido amplamente pela sociedade, que estabelecia que nas Universidades precisavam ter trinta por cento dos jovens entre dezoito e vinte e quatro anos e que nessas políticas anteriores, dos anos anteriores de governo Fernando Henrique, que nem professores nós tínhamos no quadro da Universidade, sucatearam a Universidade, as vagas não puderam ser abertas, quando se arriscava a criação de um curso deixava a Universidade na situação que só agora estamos tentando superar, com a vinda de uma política diferente para a educação, que essa política de visão sistêmica, que olhe para a Universidade, que olhe para o ensino fundamental, para o ensino médio, como a saída global para o problema do país. Então quando a Universidade faz o esforço e olha que a Universidade é muito tradicionalista nas suas discussões, nos seus encaminhamentos, foi dificílimo, a equipe sabe disso, o Barbosa deu seu depoimento, o quanto foi difícil construir na Universidade esse projeto, de ampliar essas vagas. A Engenharia dentro das suas tradições, olha o esforço que está fazendo para ampliar as vagas, com curso noturno, olha que bacana tantos cursos importantes que tão surgindo para a população. Então, não sou eu que estou dizendo, é plano que precisa ser aplicado, porque o Plano Nacional é um projeto de nação. Nós vamos precisar de mais farmacêuticos, de mais professores, de mais engenheiros, de mais tudo. Só para finalizar, queria dizer que a Universidade tem sim, alguns projetos importantes para sociedade, já citei aqui várias vezes, tem o NAJOP, tem o LAPAC, que são mais de três mil exames distribuídos gratuitamente. Tem a educação da UFOP com a escola que é uma aproximação importantíssima, das escolas públicas que já tá em funcionamento com a Superintendência, com o poder local. Tem a educação a distância, que atende uma série de pessoas, inclusive com convênios, e vários setores públicos importantes na formação de pessoas. Tem vários convênios que são realizados, o Barbosa citou um recentemente, sobre as encostas da região, sobre o aproveitamento da mina aqui na região de Antônio Pereira, então é assim, são muitas coisas que estão acontecendo sim, que dá pra listar esta participação, mas eu acho, o Carlota tem razão, o professor tem razão sim, que a Universidade precisa fazer muito mais do que está fazendo, é muito pouco o que faz, precisa fazer muito mais do que está sendo feito, queria dizer que isso ampliou em muitos nos últimos anos, e por último dizer que, apesar do depoimento emocionado da Efigênia, eu queria dizer que esta questão da eleição, na Universidade, uma questão muito importante que tem que ser colocada. A nossa equipe, boa parte aqui presente, o esforço que tá fazendo pra tentar construir esse projeto, pensa em deixar a Universidade, que uma dia não precise de Reitor. Então a ideia é construir uma Universidade planejada de tal maneira que ela possa ir sozinha, então, ninguém aqui está fazendo qualquer tipo de projeto com o objetivo político, de está sendo reeleito ou algo assim, tanto é que nem eu e nem o Barbosa discutimos esta questão entre nós dois, quanto mais na equipe, apesar de que existe uma motivação positiva nessa direção, mas a gente não tá discutindo esse assunto na comunidade, portanto, apesar da sua manifestação, eu queria dizer que ainda não é o momento pra gente está discutindo esse ponto, porque, acho que ainda tem muitas coisas importantes que precisam ser realizados, afinal de contas, parece que as pessoas estão querendo tirar o Reitor também, porque, eu ainda, nós temos ainda na equipe, o ano de dois mil e sete para concluir, o ano de dois mil e oito inteiro, e uma parte de dois mil e nove, então tá longe demais, dois anos e oito meses. Então é assim, eu entendi sua colocação Efigênia, pelo carinho que você tem por nós, eu já percebi isso, e eu também tenho muito por você. Então, só o professor Carlota, o meu respeito, ele já foi em outras audiências, colocou sua opinião, sua preocupação, legítima a preocupação do professor em relação a ocupação de Ouro Preto, legítima professor, tanto é que nossa equipe tem perdido sono sobre essa questão, e eu queria dizer ao senhor que nós vamos trabalhar com muito cuidado pra que tenha uma política para recepção dessas pessoas, até porque a Universidade está num processo de mudança, no Campus Morro do Cruzeiro, tá subindo a Escola de Farmácia, toda Engenharia já subiu, a Música já subiu, sobe a Artes Cênicas em março, então existe uma política muito bem definida, de definição do nosso Campus do Morro do Cruzeiro. Isso é um facilitador também, é um facilitador muito grande na questão do número de vagas noturnas, a questão do número de vagas noturnas, a política afirmativa definida, que nós vamos ter muitos estudantes da região, ocupando essas vagas, porque nós temos que nos preparar para recebê-los e atendê-los bem, eu acho que é um compromisso social da Universidade, então é mais ou menos isso. Os recursos para dois mil e oito já estão assegurados no orçamento do Ministério da Educação para ser distribuído a todas Universidades que aderiram o Plano, e também foi definido no Plano Plurianual, que são os recursos definidos pelo Governo em exercício XP, que é um Plano projetado para quatro anos, por exemplo, quando o Governo Lula assumiu, ele administrou um ano do país em dois mil e três, com recurso aprovado, com o Plano aprovado por Fernando Henrique. Então agora, o novo Presidente da República que vem depois do Presidente Lula, em dois mil e onze, vai administrar o país com esse plano aprovado pelo Presidente Lula e até em dois mil e onze, todos esses recursos estão assegurados na Lei, no Plano Plurianual, ou seja, tudo o que tá previsto pra ser investido nas Universidades, estão previstos no orçamento do Ministério da Educação a ser encaminhados as suas unidades, que são as Universidades Federais. Portanto, tanto o pessoal quanto o custeio, quanto o investimento, são todos recursos assegurados, não temos nenhum risco de qualquer tipo de calote, principalmente porque nós estamos num país, que por mais erros que a gente possa dizer que o nosso Presidente tenha, é um Presidente compromissado com o desenvolvimento desse país e também com a política da educação, muito justo." Vereador Wanderley Rossi: " O Vereador Flávio chegou, eu queria aproveitar aqui a presença do Vereador Léo, do Vereador Flávio e o Vice-Reitor que também nos honra aqui com sua presença, convidar os três para compor a Mesa, Vereador Flávio, Vereador Léo e o professor Antenor Barbosa, se puder nos honrar com sua presença também aqui à Mesa. Isso significa que nós temos mais duas horas de audiência ainda. O William Adeodato também para fazer suas considerações." William Adeodato: "Quero destacar aqui as colocações feitas pelo Carlota, carinhosamente tratado por mim e por outras pessoas, essa sua preocupação Carlota, eu acho que ela é fundamental, porque se nós não tivermos pessoas como você preocupadas com a preservação e com o impacto, um aumento, um crescimento da cidade, pode causar na população, realmente as autoridades podem também não levar isso em consideração. Eu acho que é procedente, agora a gente não pode por causa desse impacto que pode ocorrer, impedir que haja um crescimento. Acho que nós temos aí tecnologia, temos aí a legislação pertinente, que pode perfeitamente ser aplicada, resolver esses problemas. Tanto a questão que você citou aqui das repúblicas no torno da sua casa, acho que isso é uma questão que a legislação tem que cuidar disso, o Poder Público tem competência pra isso, se não está exercendo a sua competência, deveria, isso tem que ser cobrado do Poder Público, agora é claro que, nós não podemos impedir que haja um crescimento que a gente percebi que é saudável, vai ser positivo para cidade, a cidade precisa disso, o professor Barbosa colocou muito bem, é a cultura, é o turismo e a educação, esse é o futuro da cidade, precisa ser tratado com carinho, nós precisamos olhar isso com carinho, agora, temos que cobrar do Poder Público, as decisões corretas no sentido de preservar a cidade, preservar a sua população, preservar o meio ambiente, para que esse crescimento não seja um transtorno em estar morando aqui. Então, esse crescimento da cidade tem que haver, eu acho que a gente está trabalhando na perspectiva de que a cidade, de que o mundo está em desenvolvimento, e acho que a UFOP já tem feito uma parte significativa nesse processo de melhoria na qualidade de quem mora no centro histórico, na medida que ela vem transferindo todos os cursos que ela pode transferir, ela está transferindo para o Campus do Morro do Cruzeiro, transformando os prédios históricos em museus, o que favorece a vocação cultural e turística de Ouro Preto. Nós temos aí a criação, a UFOP assumiu aí o Festival de Inverno, que durante anos foi feito pela UFMG, isso é um passo importante, a criação do Festival Tudo é Jazz, são espaços que estão sendo ocupados na cultura local, tipicamente que vai ao encontro da vocação de Ouro Preto. O Fórum das Letras, criado aí também com esse objetivo, de está preenchendo o calendário cultural, para desenvolvimento do turismo da cidade. Essa transferência dos cursos para o Campus do Morro do Cruzeiro, ela é uma contribuição importante da Universidade no sentido de tirar esse impacto da presença maciça de pessoas dentro do centro histórico. Eu acho que é uma outra questão importante é fomentar, implementar, ampliar essa parceria da Universidade Federal com o Poder Público, porque dentro da Universidade está o pensamento, a capacidade técnica de resolver os problemas que a cidade enfrenta e pode vir a enfrentar. Então, essa parceria da Universidade Federal de Ouro Preto e Prefeitura Municipal de Ouro Preto isso tem que ser ampliado, tem que haver mais conversa, tanto de uma parte quanto da outra. Então, as vezes a Universidade se fecha, a Prefeitura Municipal se fecha, e não há essa conversa, não há essa convergência e aqui tem que haver essa convergência, porque são interesses comuns que estão em jogo. Então não há mais como, daqui pra frente, essas duas entidades viverem apartadas, caminhando com objetivos separados, temos que tentar contribuir e efetivar pra que essa parceria cada vez mais intensa. Uma outra questão que eu acho que é interessante é que hoje a gente fica nos comparando, por exemplo, a China está crescendo dez por cento, o Brasil cresceu quatro por cento, três por cento, três e meio e ai fica a discussão, poxa, o Brasil, porque que o Brasil não está crescendo dez por cento? O Brasil só vai ter condições de crescer como a China, se ele tiver profissionais, tanto de nível técnico quanto de nível superior, para preencher as vagas, nós hoje, se tivermos, se o Brasil crescer dez por cento hoje, provavelmente teremos que importar profissionais de várias áreas, porque não temos capacidade de atender, nós não temos profissionais para atender com um crescimento de dez por cento. Então esse crescimento a gente não pode abrir mão dele. Ouro Preto tem a sorte de ter uma Universidade que tá com esse pensamento de crescimento no sentido e que vai claro, beneficiar a cidade a médio e longo prazo." Vereador Wanderley Rossi: " Eu queria também fazer um breve comentário aqui, as palavras iniciais do William eu acho que foram muito importantes, também assino embaixo quase na totalidade, a presença do Professor Carlota aqui, pra nós é uma presença especial porque é uma pessoa que está se dispondo a vir publicamente colocar sua opinião, e coisa que, infelizmente a maioria dos que contestam, dos que em princípios, questionam esse crescimento da Universidade, não tem feito, não tem aparecido publicamente, então a presença do Professor Carlota é muito especial pra nós porque permite a gente ouvir opiniões, opinião de quem é contra e enriquece o nosso debate. Essa questão dos cursos noturnos já foi, quero grifar a importância da criação de cursos noturnos para permitir pessoas que trabalham durante o dia estudarem a noite, a UFOP, eu cheguei aqui em oitenta e seis, à vinte e dois anos, a UFOP tinha oito cursos, eram oito cursos na época, hoje já são quase trinta, trinta e oito cursos, então é assim, eram oito em oitenta e seis, aí veio a computação em oitenta e nove, no final do professor Cristóvão. Eu acho assim, dos reitores que passaram, lógico que tiveram suas qualidades, seus defeitos e tal, mas eu acho que de um modo geral, de noventa pra cá a Universidade deu uma arranca muito importante, lógico que isso é conjugado também com políticas nacionais, mas, de fato é um salto muito grande, de oito para trinta e oito cursos, isso só falar da graduação, porque na época eu acho que, nem sei se tinha, eu lembro que muito tempo ficou o doutorado da Geologia, a gente falava que era o doutorado que tinha, então realmente a UFOP deslanchou. A questão que o XP levantou, são mais três mil e duzentos pessoas que virão para Ouro Preto nos próximos cinco anos, além do nosso crescimento, ou da diminuição de pessoas, que é o vegetativo, nós vamos ter esse crescimento. Vegetativo é a diferença entre os que morrem e que nascem? Entre os que nascem e os que morrem, é o crescimento vegetativo, então além do nosso crescimento, nós vamos ter mais essas três mil pessoas, pra nossa assim, chamar a nossa sorte, nos últimos anos a população aqui não cresceu, nos últimos anos a população cresceu muito pouco, crescemos foi um vírgula dois por cento, foi Pádua? Você publicou no seu jornal lá que em Ouro Preto a população cresceu dois por cento, aproximadamente isso não é, enquanto Mariana cresceu onze por cento. Então não sei se podemos chamar isso de sorte, mas crescemos quase nada ainda bem, nos últimos anos aí, mas não sabemos como é que vai ser daqui pra frente, se esse crescimento vai se elevar e manter essa porcentagem se vai ser maior ou menor, mas, em cinco anos nós teremos três mil e duzentos a mais estudantes morando em Ouro Preto, e três mil e duzentas pessoas é, se o crescimento for horizontal, é aproximadamente um bairro novo, lógico que tem o crescimento vertical também. Embora aqui em Ouro Preto não seja muito apropriado, o crescimento horizontal, até porque também tem o impacto sobre o nosso saneamento básico. Ainda que você cresça, pra cima, mas tem que ter mais água, tem que ter um rede de esgoto, então é assim, eu acho ruim, é muito ruim a ausência do Poder Executivo, da Prefeitura e já soube, já me informei, a Prefeitura ainda não participou de nenhum debate público sobre isso, o Prefeito e nem seus representantes, ninguém participou de um debate público até agora e acho que isso é ruim, ninguém ganha com isso, porque certamente ninguém tem nada a esconder, então lamentar a ausência de um representante da Prefeitura, porque, para onde vai crescer? É isso que a gente quer ouvir da Prefeitura, qual que é a sugestão, o que que as pessoas que estão na Prefeitura tão pensando sobre isso, é crescer para o lado da Rancharia? É crescer para o lado de Cachoeira do Campo? Ou Cachoeira do Campo vai virar uma cidade dormitório? Como existem tantos casos no País. Consegui botar o preço da passagem de Cachoeira do Campo para Ouro Preto ao mesmo preço do circular aqui dentro, de forma a estimular as pessoas a morarem lá. Isso é um trecho relativamente pequeno, em cidade grande as pessoas andam uma hora e meia, duas horas para irem, é relativamente pequeno. Se você tiver um sistema de transporte coletivo eficiente, pode ser uma saída. Tem a área que é da Alcan, a dúvida se é da Alcan ou senão é. Hoje nós conversávamos, eu, o senhor Hilton, o Chiquinho gaiola, a área ali pra trás da Bauxita, onde tem uns eucaliptos plantados, o fundo da APAE lá debaixo da João Pedro da Silva, logo ali, descer ali quem já desceu, observa que tem uma área lá embaixo, nós fomos lá não é Pádua! Tem uma área que é relativamente grande, que dá para construir predinhos de alguns andares, de três ou quatro andares um lugar escondido, não tem bairro. Então eu acho que é isso que eu queria ouvir da Prefeitura, a Prefeitura tá devendo pra nós essa avaliação, essa manifestação, ou se é mesmo investido pra Cachoeira do Campo, Bocaina vai se consolidar como um distrito, Serra do Siqueira tem gente que mora lá e dá aula aqui, e acaba chegando em Cachoeira do Campo, é uma alternativa também um dia levar cursos para Cachoeira do Campo, nós conversamos sobre isso, conversei com o Pádua muito sobre isso, ele conversou com o Senhor Dionísio Xavier, que é ex-Vereador, irmão do doutor Benedito Xavier. Ele tá com setenta e tantos anos, quase oitenta anos e já pensava nisso antes em Cachoeira do Campo. Então é preciso que a Prefeitura está nos devendo essa avaliação, tem o Plano Diretor que foi aprovado recentemente, mas Plano Diretor, se, já tivemos um outro, se não tiver gente praticando, fica na intenção, vira um documento de intenções, então o XP eu acho que tá correto na avaliação dele, e nós na Câmara aqui estamos fazendo o que é possível, veio o Plano Diretor, nós votamos, tem Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, tem questionamentos, tem prós e contras e tal, essa Câmara votou também, fez diversas audiências públicas. Agora tem esse dado novo que é, mesmo se não houvesse esse acréscimo, isso não estava nem previsto, a gente já sabia que tinha que ter essa conversa, não é professor, o Jorge Adílio sempre participa conosco dessas discussões, a gente já sabe que tem fazer isso por Ouro Preto, agora tem um dado a mais, que são três mil e duzentos pessoas a mais para Ouro Preto, em cinco anos, parece que é muito, mas é um mandato, é um ano que resta do atual Prefeito e mais o governo do outro que vai pegar no final do seu governo com esses três mil e, aproximadamente três mil alunos a mais. Eu tinha uma expectativa muito grande quanto a presença da Prefeitura nessa reunião. Também outro ponto que não ficou muito claro, essa questão das cotas da Universidade, se vai implantar as cotas e quando! Está uma discussão interna sobre isso, a comunidade aqui se manifestou, tem o Fórum da Igualdade Racial, do qual o William faz parte, é militante lá, o Teco tava aqui, o William é vice-presidente, o Adilson tá escondido, dizendo que a decisão sai no dia quinze de fevereiro sobre..." Reitor João Luís: " Foi definido no último encontro que, tivemos a visita de um professor relatando a experiência da Universidade Federal de Juiz de Fora, como sendo a última etapa de informação aos procedimentos as vantagens e desvantagens, os problemas e a partir daí nós definimos que no dia quinze, a gente preveu a metade do mês de fevereiro, logo após o carnaval. A realização de uma assembleia, provavelmente do CEP que é o órgão responsável para deliberação desse assunto, para inclusão já no edital para o próximo vestibular já ter a política afirmativa seja social ou racial. Então a definição tem data e horário marcado pra ser feito." Vereador Wanderley Rossi: " Boas informações para nós William, para quem tá militando nessa aí, boa informação. Falar um minuto aqui sobre essa questão da Universidade e comunidade e da questão da relação da sociedade com a questão estudantil. Eu sempre vi isso mais como um efeito do que uma causa, na verdade os estudantes, eu acho que acaba de certa forma sendo até um pouco vítima da falta de uma política pública para enfrentar isso, eu acho que tanto a Prefeitura quanto a Universidade, nós da Câmara falhamos nisso. Não há política pública, como está na moda falar política pública, não política pensada por parte da Prefeitura, da parte da Câmara, da parte da Universidade, para esse acontecimento. Cada ano, duas vezes, chegam cerca de, não sei se hoje são quinhentos, seiscentos que chegam novos moradores, não sei se é por semestre ou por ano, os números vocês sabem. O pessoal da Universidade sabe e até podiam informar pra gente, quantos alunos que chegam por ano em Ouro Preto. Então eu vejo assim, professor João Luís e professor Barbosa, eu morei em república muito tempo, e vejo que a gente fica tratando muito dá, ficava, porque felizmente, quero até parabenizar o professor João Luís, o professor Barbosa, e sua equipe porque eles estão encarando esse problema, a gente lamenta que tenha tido esses atritos aí, às vezes a gente exagera um pouco no tempero, mas um pouco daquela história de que sem quebrar os ovos não se faz o omelete. Então eu acho que ouvi um atrito aí, também não acho que fosse tão desnecessário, a história da humanidade é assim, em momento de conflito, a gente reflete mais, pensa mais e tal. Eu acho que foram importantes esses acontecimentos, vamos chamar de pedagógicos, e que a gente pudesse daqui pra frente, pensar isso, ter política na Universidade, na Câmara, na Prefeitura e quem puder mais, ajudar, a própria comunidade, e pensar o que que a gente, eu quando cheguei na república, já conversei isso com o Lanna, eu cai na república e fiquei lá dois anos como uma alienígena aqui, fazendo tudo o que um jovem de dezessete e dezoito anos, ou quase todo jovem quer fazer longe de casa, longe dos olhos do pai e da mãe, tudo isso e outras coisas mais, as excursões e etc, chegava na república de vez em quando, então, eu por um acaso, como eu tive contato com o professor, todos sabem, não preciso dizer o nome, os professores que eu tive mais contato na época. Então antenei pra uma outra forma de enxergar, porque senão teria sido mais um, eu teria passado, mas também não precisava ter demorado tanto, mas eu antenei lá em casa nasceu o sindicato das empregadas domésticas, não durou muito tempo, a Jovelina que é a nossa Presidente do Sindicato morreu, mas nasceu lá, então é assim, eu acho que o professor Godefroid tinha um projeto interessante, para chegada dos estudantes em Ouro Preto, fazia umas visitas e tal, depois eu acho que ele encontrou pedras no meio do caminho e tal, mas precisava que as instituições assumirem isso. Eu vou encerrar dizendo o seguinte: nós deveríamos está cobrando, porque falar que a Universidade da uma contribuição para Ouro Preto, pela existência do aluno aqui, para a economia local, isso é muito pouco, isso qualquer um dá, não precisa ser estudante universitário, não precisa ser uma academia para dar esse retorno, qualquer João, Pedro, Manoel de classe média que vier morar aqui dá esse retorno. Eu acho assim, essa questão da extensão universitária, a gente vê que está avançando, desde o professor Godinho, quando ele criou a pró-reitoria de extensão, ele foi claro, passou-se dar mais importância para questão da extensão, inclusive tem acento que chamava conselho de ensino em pesquisa e extensão, mas nem tinha acento no conselho. Eu acho que esses noventa anos pra cá, sinceramente, eu citei muitas coisas que a gente não queria ter, Eu podia ter vivido antes ou depois, mas se a gente for olhar para o que a UFOP, o que que aconteceu com a UFOP nesses anos, acho que é um privilégio está vivendo aqui , nesse momento em que a Universidade, enfim essa pequena reflexão sobre o que a Universidade pode ajudar Ouro Preto, como que ela produz de conhecimento. Só melhorar o relacionamento de estudante com a comunidade? Isso é pouco! E também não é tá ruim o relacionamento assim não, são casos pontuais, sempre teve, tiveram casos pontuais, não quer dizer que devam persistir. A gente viu aí a disposição da administração da Universidade em encarar esse debate, vir aqui para Câmara debater internamente, eles tem lá a política, estão conversando com os estudantes, a gente tem informação, já tiveram agora recentemente um estatuto aprovado, similar a um contrato, eu acho que a Universidade deu passos firmes nesse sentido. Agora, eu acho que construir esses canais entre a Universidade e a cidade, de forma que a Universidade possa colaborar mais com o conhecimento, a ciência, com o que é produzido lá internamente com a nossa região, eu acho que isso é um desafio colocado pra todos nós, e que eu esperava que nessa administração atual do Prefeito Angelo Oswaldo fosse mais intenso isso, pelo perfil que o Prefeito tem, cultural, intelectual, eu achava que fosse mais intenso. Eu acho que deixou a desejar, a gente criticar muito a outros Prefeitos, mais, nesse agora, nós estamos devendo, é uma frustração nesse sentido, talvez aí por causa da política do personalismo, só vale aquilo que eu crio, o que o outro cria não vale e tal, por melhor que seja a criatura, tão pouco isso, eu acho que isso travou um pouco, mas com essa equipe que tem na Universidade conforme já disse o professor João Luís, vai mudar o Reitor? Se mudar ou permanecer, se a equipe que tá produzindo uma reflexão, um pensamento na Universidade muito especial, muito importante nesse sentido. Então vamos lá para, o Professor João Luís ele precisa se retirar, nós estamos com o privilégio aqui de ter o professor Barbosa, também aqui conosco, o Reitor e o Vice-Reitor. Então eu vou dizer ao professor João Luís pra ele ficar a vontade na hora que ele quiser, for necessário se retirar, se o senhor quiser fazer algum comentário agora, quiser fazer uso da palavra. Nós temos aqui a segunda rodada, vamos para segunda rodada? O Senhor Hilton Eugênio, me desculpa, tem na frente o Guido, depois o Pádua, não precisa apelar para o bom senso, porque como nós já espichamos um pouco a reunião, vamos tentar sempre o pessoal da segunda leva, sai no prejuízo, pra sermos mais bem objetivo. Advogado Guido: " Boa noite a todos, em especial o professor João Luís, professor Barbosa, Vereador Flávio, Vereador Kuruzu, companheiro William Adeodato, parabenizar, já foi bem parabenizado esse projeto esse projeto de expansão universitária, graças ao programa do Governo Federal, o REUNI e teria três perguntas, eu vou ser bem breve. A primeira eu ainda me recordo quando eu fazia parte do conselho universitário, do Projeto de Expansão da UFOP no Vale do Aço, seriam três polos, um de biomédica, um de exatas e um mais voltado para Licenciatura se não me engano, envolvendo a cidade de Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano. Eu gostaria de saber se esse projeto foi abandonado ou se ainda existe a possibilidade de expansão da UFOP pra região do Vale do Aço. A outra pergunta, seria mais uma opinião formada, eu acredito que uma expansão só vai ser democrática, se houver a implantação das cotas, sejam elas cotas raciais ou cotas para escolas públicas, temos aqui o nosso grande amigo Adilson, defensor árduo das cotas raciais e de cotas para escola pública, e espero que no dia quinze haja via FIROP e outras entidades, um grande apoio popular como foi no Rio Grande do Sul, um estado teoricamente mais genófo, mais racista e que houve aprovação de cotas e espero que Ouro Preto dê exemplo, até porque nós temos sessenta por cento de uma população que se diz negra ou parda. Então, seria uma derrota histórica se nós não conseguíssemos implantar a cotas dentro da Universidade Federal de Ouro Preto, sei muito bem que a vontade da administração é da implantação, mas sei também que, o Professor João Luís já colocou muito bem que a Universidade é muito tradicionalista, para não dizer em certos pontos, reacionária. E levanto outro questionamento, já colocado pelo Vereador Kuruzu, de falta de parceria do Poder Público Municipal, nós viemos falando nessa audiência o tempo todo de mais três mil pessoas em Ouro Preto. O ideal para a população de Ouro Preto é que essas três mil pessoas, essas três mil vagas fossem preenchidas ao máximo por pessoas aqui de Ouro Preto, pra que ela realmente voltasse para a população de Ouro Preto. É lógico que Ouro Preto é uma cidade cosmopolita, tem vestibular em várias cidades da região Sudeste e com certeza sempre vão ter pessoas de fora morando aqui, mas, Vereadores, nosso papel aqui enquanto agentes públicos, vocês principalmente, cobrar uma melhoria do ensino público municipal, isso aí é fundamental, porque segundo dados da Superintendência Regional de Ensino, nós temos dez mil alunos no ensino fundamental em Ouro Preto. E, infelizmente, Ouro Preto, a Vigésima Quinta Superintendência Regional de Ensino é a segunda pior de Minas Gerais, e Ouro Preto é a pior da região. Nós estamos atrás de Diogo de Vasconcellos, Acaiaca, Mariana, e se foi implementado, já foge ao alcance da Universidade, apesar da Universidade ser parceira da Prefeitura, no sentido de apoiar o polo de pedagogia infantil. Mas, se o Município não implantar uma educação pública de qualidade, o que vai acontecer, nós vamos ter pessoas oriundas de escola pública, pessoas oriundas de cotas raciais de outros lugares que não de Ouro Preto, onde a educação é levada mais a sério, que nesse Município. Então eu deixo para o Vereador Kuruzu que ama mais essa educação, assim como o Vereador Flávio, essa mensagem de apoio pra que nós busquemos uma melhoria do ensino público do Município de Ouro Preto, Ouro Preto tem dez mil estudantes, tem muito menos oriundos de escolas particulares, pode ter certeza, como em todo Brasil. Deixo essa mensagem, e uma última pergunta, se é pensado uma política estudantil diferente pra essas três." Vereador Wanderley Rossi: "Obrigado Guido, próximo. O Pádua já foi contemplado, se sentiu contemplado e o próximo é o Senhor Hilton Eugênio." Hilton Eugênio: " Eu quero cumprimentar todos da Mesa, boa tarde. A importância da Universidade Federal de Ouro Preto é enorme, eu lembro o seguinte, a minha mãe ela trabalhou muitos anos ali na Sparta para os estudantes, o Carlota é um amigo, lembro do Carlota estudando, era estudante e morava na Escola de Farmácia, então eu vejo o seguinte, a Universidade de Ouro Preto é a entidade mais importante que nós temos no Município, em todos os sentidos, econômico, social, ela prepara, os grandes profissionais que existem no Brasil, muitos deles passaram pela Universidade Federal de Ouro Preto, tem vários cientistas na Petrobrás, parece que é um corpo de seiscentos cientistas, muitos deles foram preparados aqui, eu mesmo tive um inquilino, chamado Wellington Campos, morou na minha casa, ele veio só fazer doutorado aqui na Universidade Federal de Ouro Preto. E a gente sabe o seguinte, a maior parte com relação a estudante, na maioria os estudantes sabe que vem aqui só para fazer bagunça, isso aí uma pequena parte pode ser considerada desprezível, que na maioria, os estudantes que moram aqui em Ouro Preto e vem aqui para estudar, são gentes de primeira qualidade. Eu convivo, sou filho de Ouro Preto, convivo com eles aqui a muitos anos, minha mãe trabalhou em república, minha mãe foi lavadeira de república, meu pai faleceu, meu pai era mineiro, morava em Passagem de Mariana, e ele era ouro-pretano também, e eu convivo aqui praticamente a minha vida toda. Eu tive alguns tempos fora daqui, mas depois eu voltei para aqui. Então, a gente sabe o seguinte, o comércio de Ouro Preto, quando tem uma greve ou o estudante está de férias, todo mundo reclama. Com relação aos cursos, o amigo Carlota aí, tá preocupado com a quantidade de estudantes que vem pra Ouro Preto, mas isso aí, o estudante ele vem pra aqui, ele estuda, uns vem pra cidade, outros formam e vai embora. Vai dar sua contribuição como profissional. Igual dizia o Monteiro Lobato, que uma sociedade se faz com homens e livros, se não tiver um Brasil hoje, o Lula, tá desempenhando uma política realmente correta, pra desenvolver um país, tem que desenvolver a tecnologia, sem tecnologia nós continuaremos a ser um país de terceiro mundo. Agora, a cidade, a cidade não pode crescer porque tem montanhas, está limitada, mas se o sujeito, por exemplo o Kuruzu estava falando, crescer em Cachoeira, tem um loteamento aqui próximo a Passagem de Mariana, tem um vazio enorme lá. Com relação a política que eu vejo aí, do Patrimônio, o Patrimônio deveria preocupar, deveria ter um departamento de projetos. Eu vou fazer um documento e enviar para o Lula o seguinte, se o sujeito vai construir uma casa, e o custo da casa fica entre cinquenta e setenta mil, você teria que contribuir com o Patrimônio Histórico na importância de mil reais. Se o custo da casa vai de setenta a cem mil, contribuiria com mil e quinhentos reais, e sucessivamente, porque aí o Patrimônio, ele teria uma assessoria técnica para fazer o acompanhamento. Eu acho que o Patrimônio tem que se preocupar com fachada e telhado, porque a fachada o sujeito vê, e o telhado, porque esse negócio por exemplo, o Patrimônio chega na casa do sujeito e fala assim, você abaixou o banheiro aqui dez centímetro, ou suspendeu. Seu banheiro aqui era dez centímetros abaixo do piso, isso é um absurdo. Quer dizer, fica monitorando o interior da residência do sujeito, porque às vezes o cara nem tem privacidade, eu acho isso um absurdo, e na realidade não ajuda em nada, porque as casas elas estão caindo aqui, mas por intransigência do Patrimônio. No Rio de Janeiro, eu tive no Rio duas vezes, justamente pra resolver uma pendenga de um lote que eu comprei na estação ali no pátio da estação. Eu tive duas vezes no Rio de Janeiro, cada casa linda, bonita, aquelas casas colonial no Rio estão todas caindo, tinha uma lá que só tinha fachada, porque caiu, aí o sujeito deixou a fachada e transformou aquilo em um estacionamento, é impressionante. Acontece na Bahia, tinha uma parte histórica na Bahia, os prédios estavam caindo todos, porque o Patrimônio ele não ajuda em nada, só atrapalha. Então deveria o seguinte, preocupar com o telhado e fachada, o que deveria preocupar é isso, e ter por exemplo, ele quer saber o tamanho dos alisares, se o cara colocou os alisar com um centímetro e meio a mais, ele fala não, isso aqui está fora dos padrões, que ele estabeleça os padrões. Então eu quero dizer, eu vejo o seguinte, a Universidade ela é a maior entidade que nós temos aqui de maior importância no Município, é só isso que eu queria dizer, obrigado." Vereador Wanderley Rossi: "Obrigado senhor Hilton. O próximo é o professor Jorge Adílio." Professor Jorge Adílio: "Eu queria manifestar minha solidariedade com o Carlota, muito amigo, eu já coloquei isso em discussão na Escola de Farmácia. Eu acho que todos da equipe temos uma preocupação muito grande, e essa foi a nossa maior preocupação em ajustar esse projeto com o crescimento de estudantes em Ouro Preto. Se nós fossemos atender todas as propostas que chegaram, não tivesse levado esses quatro cursos para Mariana, esse número seria muito maior, isso já foi uma preocupação. Nós tivemos quatro cursos que foram apresentados que tiveram que ser descartados em função do próprio REUNI ou principalmente porque eram cursos em Ouro Preto, e que tinham um interface com o curso em Ouro Preto teriam que ser aqui, como por exemplo Gastronomia, Engenharia Química, Engenharia Urbana e Licenciatura em Física, foram quatro cursos à mais que estavam na proposta que tiveram que ser cortados, não aproveitados em função da expansão em Ouro Preto. Chegamos a esse número que sabe que é preocupante, nós temos que trabalhar com ele, de três mil cento e noventa estudantes a mais daqui a cinco anos em Ouro Preto, nós vamos ter que trabalhar com essa realidade. Essa é uma realidade. Só queria dar um desconto em relação a isso. Se hoje nós temos aproximadamente dez por cento dos estudantes morando em Ouro Preto e Mariana, nós podemos estender que nesse crescimento nós teríamos também dez por cento, no mínimo, e eu estenderia até mais, porque como vai ter um curso noturno, e alguns cursos, alguns estudantes serão de Ouro Preto e serão de cidades próximas de Ouro Preto, que provavelmente virão aqui apenas para seu curso, não vão fixar residência aqui, eu não querendo ser pudologista, mas já colocando, eu imagino que desses três mil cento e noventa estudantes a mais, nós teríamos de pessoas morando a mais em Ouro Preto, eu chutaria aí de dois mil e quinhentos a dois mil e seiscentos estudantes, com isso nós temos que projetar de estudantes a mais, o que que temos que fazer? Nos preparar para isso. Felizmente a cidade já tem um Plano Diretor e uma Lei de Uso e Ocupação do Solo, que precisa ser fiscalizada e respeitada, isso já ajuda muito, já tem um norte para poder como planejar esse crescimento. O que precisa ser feito então é preparar os detalhes dessa expansão, como é que isso vai se dar pra poder receber. Agora eu prefiro muito mais, eu como cidadão de Ouro Preto, receber dois mil e seiscentos estudantes a mais daqui a cinco anos, do que, sem controle ter que receber, é importante para a cidade que recebe uma mineração, que não pede licença para poder atuar, e que trás as vezes, num determinado momento, cinco mil trabalhadores da construção civil para cidade, é um impacto que tá ocorrendo, tá ocorrendo por exemplo, em Itabirito. Esse é o impacto que vai ocorrer aqui agora e vai deixar infelizmente, muitas pessoas da construção civil, que se não tiverem outro emprego, vão ficar aqui, são pessoas de poder aquisitivo menor, que vão impactar muito maior, todo o serviço demandados, serviços sociais de maneira geral, demandados para cidade. Então eu acho que, é possível carlota, eu entendo a sua preocupação, compreendo perfeitamente a sua preocupação, estou também preocupado com isso como morador de Ouro Preto, mas a cidade, eu acho que é um momento da cidade pensar, parar para pensar de como absorver isso, que o impacto é extremamente positivo em relação à cidade, não se tem dúvida, das oportunidades que ela trás, agora, que é um impacto preocupante em relação as vias de acesso, abastecimento de água, a questão de esgoto, de estacionamento, mas nós temos que pensar nisso. Eu não tenho dúvida que daqui a alguns anos, nós vamos ter que adotar no Centro Histórico, carro com placa pare com placar impar pra poder sair, ou então as pessoas vão ter que conscientizar o seguinte, eu vou andar um pouco mais a pé, não vou sair no meu carro, porque eu moro no Antônio Dias e vou vir a pé até aqui. Então isso fatalmente vai ocorrer e ocorreria com a expansão da Universidade ou sem a expansão da Universidade. Eu acho que com a expansão é melhor do que expansão da mineração, que tem um prazo, uma injeção de recursos muito grande para o Município, mas que também trás um impacto ambiental, impacto de pessoas que vem morar aqui muito maior, social muito grande. Então eu acho que nós temos que trabalhar pra receber isso, e a Universidade está disposta a isso, e imagino também que a Prefeitura estará disposta a negociar isso, para o bem de todos. É uma oportunidade grande, com essa questão dos cursos noturnos e de vários tipos de cursos, quantas pessoas saem daqui, mesmo de classe e poder aquisitivo maior e vão estudar em Belo Horizonte, porque não tinha aquele curso que gostaria de fazer em Ouro Preto. Agora vocês vão ter oportunidade, trinta e oito cursos de graduação, quantas pessoas, eu acho que nós vamos inverter um pouco o fluxo de gente que sai daqui e vão para Lafaiete, para Ouro Branco, para Ponte Nova, inverter o fluxo de lá pra cá. Então é só isso." Vereador Wanderley Rossi: " Obrigado ao Professor Jorge Adílio." Rubens: " Boa noite a todos, eu gostaria de cumprimentar toda Mesa, sem querer ser repetitivo para não ficar muito cansativo, mas eu queria apenas assim, pontuar, respeitar a opinião do professor Carlota, mas discordar, porque se nós pararmos para pensar se a UFOP não preocupar com esse desenvolvimento, com esse crescimento, a iniciativa privadas está pensando, está observando isso, nessas lacunas que dos cursos que a UFOP não oferece, a iniciativa privada está pensando nisso, em claro que em menor porte, mas esse impacto ao longo do tempo vai acontecer. Então é necessário um planejamento e principalmente um planejamento entre aspas, um planejamento sem vaidades pessoais. Porque eu acho que acontece muito, não pensar muito na coletividade. Infelizmente a Casa hoje está vazia, é um debate importantíssimo ao meu ver, então era só isso que eu queria mencionar, obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Obrigado Rubens." Professor Marcelo: " Eu queria começar fazendo uma brincadeira com o professor Carlota, eu acho que nós lecionamos em Universidades diferentes, porque a UFOP que eu conheço, ela teve dois cursos agora, que passaram da nota quatro para cinco, enquanto o cenário nacional outros cursos caíram de conceito, por exemplo o curso de ciências biológicas, ele disputava com oito cursos, e acabou sendo o curso que ganhou nota cinco. Por outro lado, uma outra questão, esse negócio que a Universidade faz uma pesquisa só de repetição, eu também me dou ao luxo de discordar dele considerando o seguinte, para o curso mudar de conceito, ele tem que ter publicação, a publicação equivalente ao dos mesmos grupos em outros locais do país, ou seja, os melhores grupos em outros locais do país, e a Geologia e a Ciências Biológicas conseguiram isso. Então, eu faço questão de registrar isso, para não parecer que eu não to querendo me contrapor ao professor Carlota, mas quero trazer dados aqui para que cada um possa tirar suas próprias conclusões sobre a pesquisa que fazemos, se somos uma Universidade melhor ou pior. Então com relação de ser uma Universidade melhor ou pior, nunca a escola de nutrição e eu posso falar da Escola de Farmácia e o ICEB receberam um aporte de dinheiro como foi conseguido pela administração junto à Fundação GORCEIX, na ordem de quase novecentos milhões de reais, novecentos mil, eu erro esses zeros, novecentos mil reais, vai ver que é um desejo que fosse novecentos milhões de reais, sendo que a escola de nutrição foi contemplada com trezentos mil reais. Então na verdade eu quero dizer, eu acho que essa administração ela está fazendo além, ela tem um recurso e podia gerenciar esse recurso, por outro lado, ela consegui, através dos contatos, através da credibilidade, através do seu esforço pessoal, trazer mais dinheiro para Universidade, e uma Universidade que gera um recurso, que aplica um recurso, acima daquilo que recebe, ela não pode piorar, ela pode melhorar, ela pode não melhorar da maneira que a gente espera, mas eu tenho a certeza que a UFOP está no caminho certo, e cresceu muito e melhorou muito. Uma outra informação é sobre o parque computacional, no primeiro ano, foram distribuídos quinhentos computadores, depois mais duzentos e mais duzentos, e a escola de nutrição modernizou todo o parque computacional e isso aconteceu em outras unidades também, eu tenho a certeza, muito obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Muito obrigado também ao professor Marcelo, o Carlota quer fazer uma réplica, como você tem que falar por muitos aqui Carlota, que não vieram." Professor Carlota: " Meu nobre colega Marcelo, Eu não vou entrar aqui em detalhes com respeito a qualidade de pesquisa da Universidade, que eu acho que é um fórum íntimo que nós deveríamos discutir com mais espaço, agora eu só quero colocar aqui inclusive para o William Adeodato, que a preocupação de hoje é que existe uma política do neoliberalismo, existe uma coisa chamada capitalismo selvagem. Então, dentro dessas prerrogativas que é uma realidade, nós vivemos é com isso, talvez não seria número de pessoas, mas qualidade de pessoas. Eu estou com um artigo aqui, que saiu na VEJA, chamado o microscópio sumiu. É tecnologia que é dolarizada, então seria essa a minha parte professor Marcelo, da área de análises clínicas, é que nós não investimos nada, muito menos na área de medicamentos, que é a área de saúde, uma área importantíssima, o Brasil deve ter uns duzentos anos de atraso, os Estados Unidos um país de primeiro mundo, então é por isso que eu tive esse meu impacto, de chamar a atenção de que a Universidade tem que melhorar internamente, concordo que às vezes eu fui um pouco desleal, e um pouco sem linha de chamar a atenção nessa situação que não (inaudível) especializado, que não tem condição de entender o que que a pesquisa aplicada, o que que é ciência básica, e outras coisas e tecnologia e outras coisas mais dentro da área acadêmica, obrigado." Vereador Wanderley Rossi: " Obrigado ao Professor Carlota, então encerrou essa segunda rodada, vou trazer a palavra à Mesa, antes o Vereador Flávio Andrade e vamos trazer a palavra à Mesa para os comentários finais." Vereador Flávio Andrade: " Boa noite todo mundo, companheiro Kuruzu, Vereador Leo, Reitor, Vice-Reitor, William. Ironicamente eu cheguei atrasado porque eu estava em Belo Horizonte, porque minha filha está fazendo vestibular na federal de São João Del Rei hoje, as provas foi ontem e hoje, tá fazendo psicologia lá, só acabou as quatro e meia, cinco horas, a razão deu ter chegado atrasado, me interesso muito por esse assunto. Nós vamos ter uma audiência amanha aqui para discutir um assunto que é o Plano Municipal Decenal de Educação, o Município está fazendo um plano para os próximos dez anos, e aquilo que foi falado, a qualidade hoje é terrível, a gente levantou muito bem, a cada índice que a gente vê a gente assusta, no Brasil nem se fala, no Estado e no Município também está muito ruim. Então, quem puder está aqui com a gente, há um Projeto de Lei na Casa que trata da questão do ensino infantil, da educação infantil, ensino fundamental, médio e também superior. Foi feito um trabalho grande pela Secretaria Municipal de Educação com as Câmaras, estamos discutindo esse projeto, não vai dar para votá-lo esse ano, amanhã deve ser a penúltima reunião nossa, eu mesmo vou fazer questão de jogá-lo para o ano que vem, até mesmo porque é uma questão que merece uma discussão mais aprofundada, então quem puder está aqui de vocês, se o Reitor puder designar alguém pra está representando a UFOP seria importante, amanhã às quatorze horas na Câmara. Quanto a questão da expansão da UFOP não sei se vou repetir o que foi falado aí, peço desculpas de novo por ter chegado atrasado, mas eu também fiquei assustado com esse crescimento. É sempre bom crescer e como foi falado se não crescer a UNIPAC cresce, se não for a UFOP ou o CEFET, vem UNIPAC, vem UNIBH, vem outros que vão ocupar esse espaço, o mercado está aberto. Então é fundamental que esse crescimento se dê no setor público. A gente tem uma preocupação grande, eu falei com o Barbosa e com o Adílson, a Bauxita não cabe mais, a Bauxita não cabe mais, tem que por o pé no chão, não da pra crescer mais, a Bauxita cresceu pra dentro, e nós estamos vendo isso na falta d'água, no entupimento de esgoto, no trânsito, na segurança, numa porção de coisas que faz o funcionamento daquele lugar. Nós vimos, quem é daqui de Ouro Preto sabe, tem rua na Bauxita que tinha dez casas, hoje tem cinco prédios, de cinco andares cada um, tem prédio de sete andares na Bauxita, às vezes fica ali escondido no fundo da padaria, mas tem prédio de sete andares. O abastecimento de água continua o mesmo, o cano de esgoto continua na mesma grossura, a rua do mesmo tamanho, então não cabe mais ali. Eu acho que se a gente pensa em crescer, é fundamental o crescimento, que a gente saiba escolher um outro lugar. Como o Jorge Adílio lembrou, o Município hoje tem um Plano Diretor, tem a Lei de Uso e Ocupação do Solo, tem uma Prefeitura aparelhada para acompanhar isso, o Secretário Gabriel Gobbi com a sua equipe, a primeira vez na história que o Município tem uma equipe de profissionais nessa área, sempre ficava a reboque da casa da baronesa, sempre ficava a reboque do IPHAN, o IPHAN falava não, a Prefeitura saia correndo atrás para justificar, hoje o Município fala a altura do IPHAN e tá aparelhado tanto em termo da Lei do Plano Diretor, da Lei de Uso e Ocupação do Solo, temos que discutir o código de Obras e o código de Postura, quanto da sua equipe técnica com o comando do Secretário Gabriel Gobbi. Penso sempre em Cachoeira do Campo, todos os levantamentos que a gente fez pra discutir o Plano Diretor e a Lei de Parcelamento, Cachoeira do Campo sempre se mostrou um certo oásis no meio dessa confusão toda, é servido por estrada asfaltada, você tem três loteamentos. O famoso loteamento Dom Bosco, em frente ao Dom Bosco são mil lotes, deve ter alguém que tem lote lá, e tá encroado por falta de água, mil lotes, pensa o que que é mil lotes, aqui pertinho da gente, tem o loteamento do Dionísio, antigo metalúrgico, e o por do sol, metalúrgico, por do sol (inaudível) ainda do primeiro mandato do Prefeito Angelo, e o por do sol, esses dois juntos da mais de seiscentos, setecentos lotes. Tem áreas planas, (inaudível) tem o colégio Dom Bosco que tá fechando, tá ali, com a boca aberta esperando alguma coisa, mas mexer com padre é difícil, mas está lá, então é assim, Kuruzu, eu acho que o que a gente tem que fazer é nós mesmos Kuruzu, nossa relação com o Poder Executivo não está uma das melhores, aquela placa que tá ali, aquele cartaz diz mais ou menos a indignação que eu to com o Prefeito Angelo Oswaldo, pelo orçamento participativo que ele não cumpriu, então a nossa relação política não está muito boa, mas nós temos que conversar com o Poder Executivo, o Gabriel Gobbi é a pessoa, volta a falar, tem que participar dessa conversa, não sei se ele participou de alguma, mas poucas pessoas no Município hoje tem essa noção do planejamento municipal, pra onde que pode ir, onde é que falta isso, onde é que falta aquilo, então Reitor, eu acho que é louvável a proposta da UFOP esse projeto de crescimento é fundamental, quanto mais pudermos ocupar espaços do ensino público de qualidade gratuita, esse que é o poder que é o nosso papel mesmo, eu acho que a gente podia tentar, eu vejo aqui três ou quatro exceções não são da UFOP, o resto somos quase todos da UFOP, então essa discussão (inaudível) a casa discutindo a expansão da UFOP, ninguém veio aqui pra poder, se for carnaval todo mundo vem, como nós enchemos aqui outro dia, até com a participação do André tava aqui, representando a UFOP, fica uma coisa meio fluída de mais da conta para as pessoas virem aqui, pra poderem participar da discussão mas ela tem que ser ampliada. Me informei com o professor Barbosa, já tem um grupo da UFOP discutindo isso internamente, que está tocando isso, eu acho que seria de bom (inaudível) pra todos nós cidadãos ouro-pretanos, que a gente forçasse a discussão com o Município de que que ele pode fazer. Eu tenho certeza que pode, se não fez tem que fazer. O que nós temos aí é fazer pressão política mesmo, junto ao Secretário Gabriel, junto ao Prefeito Angelo, e penso sempre em Cachoeira do Campo. Então Reitor, eu me ofereço a participar da discussão como Vereador, como funcionário da UFOP, tenho certeza que Kuruzu também, pra poder ampliar um pouquinho esse grupo da UFOP, tá discutindo isso, pra tentar ver. Repito Bauxita não cabe mais, saturou, o Plano Diretor fala que não pode mais ter prédio com mais de três andares daqui pra frente, então nem que se encher a Bauxita de prédio de três andares, vai ficar ruim de morar, água vai acabar não é só no carnaval, o cocô vai entupir o esgoto antes, não vai ter lugar pra parar carro, então, ali não tem mais jeito e a UNIPAC tá querendo construir alguma coisa atrás da Cooperouro, acho que tá conversando com a Cooperouro pra poder ocupar alguma coisa ali. Então eu acho que esse crescimento da UFOP está na hora certa, essa oferta é fundamental, cursos que tem a ver com a nossa realidade, arquitetura, museologia, que tem a ver o tal do Gorceix veio pra cá não foi a toa, ele veio porque as minas estavam aqui, todo mundo sabe da história, então, se você tem um curso de arquitetura ou museologia, é um curso que tem a ver com a nossa cidade, nossa região, então eu acho que é mais legal, então eu sugiro professor João Luís que a gente possa se envolver mais nessa UFOP, volto a bater nesse discurso, nessa discussão, me ofereço pra isso, e que a gente possa tentar fazer essa ponte com o Executivo, amanhã cedo se for o caso, pra ver se dá pra fazer alguma coisa em Cachoeira do Campo. Vejo nosso Município todo, já conheço ele todo, eu sinto que não tem lugar melhor para uma expansão com quase dois mil lotes, com o colégio Dom Bosco, com água, com uma porção de coisa que tem que ter uma estrutura melhor também, mas é mais fácil conseguir, obtê-la lá, do que na Bauxita saturada, no Centro nem se fala, então, se puder ter esse caminho, uma sugestão prática que eu faço, pra poder ter esse desenvolvimento de maneira mais adequada na região, obrigado. Parabenizo a UFOP pela iniciativa." Vereador Wanderley Rossi: " Obrigado ao Flávio, vamos então, concluir aqui com a fala das pessoas da Mesa, o Flávio, eu posso entender que sua fala já foi. Passar aqui para o William então." William Adeodato: " Eu acho que, complementando um pouco aqui a fala do Vereador Flávio Andrade, ele levantou a questão da necessidade da participação da Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, e eu me lembrei aqui que nós temos uma Agência de Desenvolvimento de Ouro Preto e consultei o Vereador Kuruzu, a agência não foi consultada, eu gostaria de sugerir que ela também se juntasse a esse grupo, que vai trabalhar esse impacto que, esse crescimento da Universidade que vai representar para o Município. Eu acho que a Agência de Desenvolvimento ela tem que ter uma participação nesse processo, não pode ficar fora disso porque foi criada com esse objetivo, então ela tem que ser chamada e convidada a participar e contribuir para esse desenvolvimento, então fica aqui a sugestão para que seja convidada a Agência de Desenvolvimento de Ouro Preto - ADOP." Vereador Wanderley Rossi: " Obrigado William, Flávio quer fazer um adendo." Vereador Flávio Andrade: " Eu queria sugerir em termos práticos, ainda que nessa semana, eu perdi a apresentação porque eu estava fora, se pudesse fazer essa apresentação a um grupo menor, a FAMOP com o Secretário Gabriel, com a ADOP com talvez duas ou três pessoas que identifique, eu tenho certeza que vou poder contribuir para achar um caminho menos complicado, talvez seja um passo concreto que possa tirar daqui hoje, então eu sugiro que a gente possa fazer essa semana uma reunião desse grupo com a UFOP, para que todo mundo possa conhecer e dividir aí esse crescimento." Vereador Wanderley Rossi: " Professor Antenor Barbosa, Vice-Reitor da UFOP." Professor Antenor Barbosa: " Vou ser breve , vou usar da palavra apenas para agradecer ao Vereador Kuruzu pela oportunidade concedida para Universidade expor a todos o nosso projeto, aliás um projeto de todos, a Universidade é pública e parabenizá-lo pela iniciativa, muito obrigado." Vereador Wanderley Rossi: "Obrigado Professor Barbosa." Professor João Luís: " Vou aproveitar para responder algumas coisas e já fazer as considerações finais. Primeiro dizer que as distorções também na Universidade estão sendo corrigidas pelo REUNI, aquele passivo, todos aqueles problemas que a gente tá vivendo, o REUNI veio também resolver esses problemas. Segundo que eu queria reafirmar que no dia quinze de fevereiro mais ou menos nessa data, nós estaremos então numa reunião do CEP definindo então a questão das cotas, seja social ou racial. A posição do Reitor já é pública, eu já estive aqui várias vezes discutindo esse assunto, e do Vice-Reitor também é pública, e favorável as cotas, tanto do Reitor quanto do Vice-Reitor, mas não são suficientes para essa decisão ser tomada no seu conjunto, porque o coletivo depende de um colegiado para que essa definição seja feita. Muito bem, no caso da outra pergunta, do Vale do Aço, queria responder rapidamente que esse Projeto continua no Ministério da Educação, muitos esforços foram feitos para que ele pudesse ser viabilizado, inclusive com a participação do Vice-Presidente da República, vários Deputados, infelizmente nesse momento não tenho a vontade política para que ele seja efetivado como um projeto importante de Universidade Pública, na região que realmente precisaria de uma Universidade Pública, pra vocês verem o quanto essas cidades por exemplo, nos procuraram recentemente com o convênio com o CEAD, a gente já tem (inaudível) lá na região. Aprovamos um pólo de Universidade Aberta do Brasil lá em Ipatinga, e agora estamos firmando um convênio provavelmente deve tá certo com Timóteo, mas o Prefeito Geraldo Nascimento teve um problema, foi impedido, só retorna provavelmente em março, então dificultou muito essa condição do processo, mas eu acredito que independente disso, esse convênio vai sair, mas na modalidade à distância. Todos os esforços foram feitos, mas não foi efetivamente desenvolvido, a Universidade não conseguiu começar, porque nós não tínhamos as condições para isso, e adotamos na equipe que a maneira de fazer a expansão é tendo as condições ideais para o funcionamento, foi assim com a medicina e é assim o nosso Projeto de expansão, é nessa direção. Então cota UFOP no Vale do Aço e Prefeitura UFOP, moradia não, moradia é o quarto ponto. Nós já temos demonstrado publicamente em relação à Prefeitura, o nosso empenho pelo diálogo. As parcerias que nós temos nos diversos eventos que acontecem e atrações da cidade com a Prefeitura, isso está claro para todos. Nós já resgatamos de dois mil e cinco para cá não só atuação e a realização de vários eventos importantes em parceria com a Prefeitura e nós fizemos questão disso. Então existe uma demonstração clara de aproximação de busca, de alternativa pro bem público e estamos dispostos e abertos para qualquer tipo de iniciativa que venha buscar o diálogo pra gente superar esses problemas tao bem colocados pelo Carlota, essa preocupação da questão colocada pelo Flávio. Então sobre isso pode ficar tranquilo nossa vontade, nós estamos desarmados, estamos dispostos para o diálogo, vamos achar solução. Bom, nada que...sobre a política estudantil, bacana porque nós estamos ampliando o número de bolsas nos mais variados programas da Universidade existente: Bolsa de Permanência, Bolsa de Iniciação Científica, Monitoria, todas essas que você conhece. Eu nem vou falar o percentual desse aumento, não financeiro porque a gente não está discutindo a questão financeira das bolsas porque a gente estabeleceu um critério de bolsas que acompanha o CNPQ, com a (inaudível ) assim por diante; então a gente já está dentro do padrão, mas o número, que ele possa ajudar a atender mais estudantes nessa direção de permanências, as bolsas acadêmicas que a gente chama. Estamos inaugurando agora, o Rafael está fazendo um estudo muito bacana sobre a questão do transporte, quem mora em Mariana, quem mora em Ouro Preto e tem que estudar nesses diversos lugares, está discutindo por um ônibus nessa discussão ou uma Bolsa ou vale transporte, a CAC já tem definido isso como política para a gente, a questão da instalação dela como núcleo em cada uma das unidades que a gente hoje tem; a questão também da Bolsa de Permanência lá em...de moradia lá em João Monlevade, eu acho que é uma coisa efetivada já; e por último eu queria dizer que, eu deixo claro, já deixei isso claro na Audiência Pública: nenhum estudante pode deixar a Universidade por falta de condições financeiras, que a gente vai tratar isso com muito cuidado para que evite esse tipo de coisa. Eu acho que esse é um grande compromisso de quem dirige uma instituição pelo menos. A segunda questão é que a moradia só vai ser possível construir, a gente só vai caminhar para construir moradias se a gente conseguir captar esses recursos; então, nós vamos buscar mas eu não vou ficar prometendo coisas que eu não posso cumprir, então vamos correr atrás para que resolva. Prazer ouvir o Hilton falando, eu já...boas as suas palavras, eu acho que reforçar realmente essa questão que você colocou em relação à importância da Universidade, ela é muito importante para todos; acho que o Rubens também colocou muito bem, sobre a sua fala eu queria registrar a questão do Denilson, que a gente costuma dar esse exemplo em toda Audiência Pública: o Denilson é um rapaz que trabalha conosco, e que ele deixa lá os seus trabalhos as cinco horas, vai para Conselheiro Lafaiete, volta uma da manhã, no outro dia tem que voltar. Então para a gente resolver definitivamente essa questão do ensino privado é que a gente está buscando alternativa de ampliar o número de vagas de uma instituição pública, contrário da política do PSDB que as universidades públicas caíram naquele período, e agora as universidades públicas estão crescendo, cada vez mais vagas e assim por diante; que é a busca de todos nós, é recurso público que está sendo feito, está sendo utilizado para isso. Bom, para finalizar eu queria dizer que não só a Educação Infantil Guido, mas a Administração Pública, as séries iniciais que nós formamos vários professores na região, o Pró-Base que continua trabalhando com outro nome mas uma política de extensão importante na formação de professores. Ainda falta muito para a gente fazer, eu acho que tem muita coisa importante que a gente pode fazer; a Universidade tem afinado mais o diálogo com a sociedade, a gente tem se aproximado mais, mas eu concordo com o Carlota, eu concordo com algumas colocações, porque nós precisamos fazer muito mais do que estamos fazendo; e esse é o compromisso de estar buscando sempre, cada vez mais essa proximidade e esse compromisso social. Eu queria agradecer demais a oportunidade viu Kuruzu, desse convite; gostaria muito que aqui estivessem mais pessoas evidentemente, e se o Colégio Dom Pedro estivesse aqui a Audiência ia ser outra porque eles estariam todo mundo defendendo essa expansão da Universidade, a própria Escola Técnica, os seus estudantes e assim por diante. E centenas e milhares aí que estão em uma Universidade Privada e que gostariam de uma vaga em uma Universidade Pública. O William também, prazer em estar com você nessa mesa, eu acho que é muito importante a sua fala também, muito bacana; o Senhor Barbosa pelas colocações, é um velho companheiro, eu não preciso nem dizer; Flávio Andrade, eu acho que todo o respeito, eu acho que realmente as suas preocupações são nossas também. E agradecer ao público assim pelas perguntas, eu acho que todo o meu respeito ao Carlota, eu sei dessa preocupação, ele já esteve em outra Audiência conosco, levantou essa questão, e quero dizer a você que nós vamos lutar para que minimize esses problemas, que a gente consiga superá-los, obrigado a todos." Vereador Wanderley Kuruzu: "Eu quero agradecer a presença de todos, de forma especial às pessoas que estão compondo a Mesa, e dizer que a Câmara, com essa Audiência, buscou assim, dar uma oportunidade para as pessoas que quisessem falar sobre isso, quisessem debater, quisessem conhecer um pouco melhor. O XP nos fez a crítica com relação a divulgação, mas eu entendo que foi bem divulgado: a gente colocou nas rádios, a Câmara colocou institucionalmente, os jornais da cidade, quase todos os jornais trouxeram a notícia e tal. Como disse o Flávio, se fosse para discutir um negócio mais quente, talvez tivesse mais gente; mas foi um...eu acho que tem uma participação importante, os Vereadores...o Vereador Léo que esteve aqui um tempo, o Vereador Flávio, nós vamos multiplicar isso, outras pessoas da comunidade aqui estiveram também; acho que foi uma boa Audiência e se acharem em algum momento necessário conversarmos mais sobre isso, a Câmara continua a disposição. Lamentamos mais uma vez a falta da Prefeitura porque era importante quem, se tivesse a oportunidade de contribuir conforme dito pelo Flávio, com as ideias, com as sugestões e tal; mas esperamos que não falte oportunidade. E a questão apresentada na qualidade do ensino que nos envergonha: Ouro Preto, ser na nossa região, acho que nos, envergonha a todos, não só aos es Prefeitos e os Governantes; e eu acho que para todos nós é um incômodo, numa cidade que é Sede da Reitoria da Universidade termos uma piora da qualidade da educação na nossa região; é um problema e acho que também estamos fazendo pouco neste Governo com relação a isso: a Secretaria de Educação está administrando transporte, está fazendo papel de gerenciar; é preciso muito mais do que isso. Uma crítica fraterna que eu faço: acho que a Secretaria de Educação precisa ser revolucionada, precisa passar por uma transformação muito grande a nossa Secretaria de Educação; não é só para administrar transporte, merenda escolar, esses trem não! É preciso haver uma mudança de mentalidade na nossa direção, educação municipal; sem o quê, eu acho que daqui há dez anos nós poderemos estar, ser duramente criticados porque fizemos menos do que poderíamos ter feito para poder recuperar o que se perdeu. E agradecer então a presença de todos, Vereador Flávio fez um convite: amanhã, as duas da tarde tem uma discussão sobre Plano Decenal de Educação; uma boa oportunidade para quem puder comparecer, as duas da tarde, aqui, amanhã. Muito obrigado mais uma vez, e boa noite a todos. Sempre que a gente fala do papel da Universidade, é só esclarecer: a gente não está propondo que a Universidade assuma o lugar público Municipal, a Prefeitura tem o seu papel, porque senão, eu já ouvi algumas vezes a crítica: - Ah, mas estão querendo que a Universidade faça o papel da Prefeitura? Não é isso! A gente acha que pode ser mais potencializado essa...é só fazer esse reparo aqui em tempo, para não ser mal entendido, obrigado." Não havendo mais nada a tratar, a audiência pública foi encerrada pelo Presidente e, para constar, Marcelo Sérgio de Oliveira Rocha, Agente Legislativo I desta Casa, lavrou esta ata em onze de março de dois mil e doze.