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ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A SITUAÇÃO DA NOVELIS EM OURO PRETO, REALIZADA NO DIA 18 DE FEVEREIRO DE 2008
Aos doze dias do mês de fevereiro de dois mil e oito, deu-se início à primeira Audiência Pública no Plenário desta Casa referente à situação da empresa Novelis em Ouro Preto, sob a presidência do Vereador Flávio Andrade. Vereador Flávio Andrade: “Sou o Vereador Flávio Andrade, represento os Vereadores nessa Audiência Pública, dou boas vindas a todos os presentes, lembrando que a Câmara tem feito sistematicamente nesse mandato, tem se utilizado desse instrumento de audiência pública. Essa é a audiência pública de número noventa e dois que a gente faz nesses três anos e dois meses de trabalho, sob os mais variados assuntos, mostra que a Câmara está sintonizada nas demandas que a sociedade apresenta e as audiências públicas têm sido uma ferramenta importante para buscar caminhos, para levantar informações, e para buscar resolver os problemas que a comunidade apresenta ao Legislativo. Nossa audiência pública é transmitida pela rádio Província FM tanto pela rádio, quanto pelo canal da rádio Província pela internet, havendo até a possibilidade das pessoas fazerem perguntas pelo telefone, quem quiser se manifestar, o telefone da rádio Província é três cinco cinco um, quatro três três zero, e quem estiver ligado na internet pode acompanhar a audiência ao vivo e a cores, www.provinciafm.com.br durante o modificações na fábrica da Novelis em Ouro Preto, alguns Vereadores se envolveram, ainda que de maneira desarticulada durante o recesso nesse assunto, e na medida em que o recesso terminou e que nós reiniciamos os trabalhos já no mês de fevereiro. Nós recebemos aqui na última reunião ordinária, que foi na quinta-feira, a visita de dirigentes da companhia Novelis, que vieram expor a visão e a preocupação da companhia. Nós já tínhamos tratado disso em outros momentos e sugerimos o Vereador Wanderley Kuruzu, Leonardo Barbosa e eu que a Câmara criasse uma Comissão Especial que pudesse acompanhar esse assunto. Também é outra ferramenta costumeiramente usada pela Câmara, que destaca desde seus dez Vereadores três que se envolvem mais com determinado assunto. A Câmara então criou a Portaria do Presidente uma Comissão Especial composta por mim, pelo Vereador Júlio Pimenta e pelo Vereador Leonardo Barbosa com a finalidade de realizar esforços junto à Prefeitura de Ouro Preto, à empresa Novelis, à Associação Comercial Industrial e Agropecuária, ao Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Preto, à Cemig e a outras entidades visando a retomada plena das atividades da Novelis no Município. Deixamos bem claro em cada momento desse que a Câmara faz o papel de articulação política de conversa, de diálogo, de levantar informações, de possibilitar o debate. A Câmara não é Poder Executivo, não é Poder Judiciário, não é iniciativa privada, é a representação do povo. Então, dada essa introdução, eu convido à Mesa, para fazer parte dos trabalhos comigo, o nosso Secretário Municipal de Governo, representando o Prefeito Angelo Oswaldo, Luciano Guimarães Pereira, por favor, Luciano. Convido Ruy Oyama, que é o Gerente de Operações da Fábrica da Novelis em Ouro Preto. Convido José Antônio de Pinho, que é o Gerente de clientes eletro-intensivos da Cemig. Por gentileza. Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da Cemig. Seja bem vindo. E convido o representante dos Sindicatos Metalúrgicos de Ouro Preto, Nelson Cunha Soares ou José de Arimatéia Firmino. Convido o Vereador Leonardo Barbosa e Wanderley Kuruzu a participar do Plenário com a gente. Registro a presença de Roberto Shaeffer, que é Gerente de Energia da Novelis. Representando o Deputado Estadual Padre João, Nilma Aparecida Silva Reis. William Adeodato, Vice-Presidente da Associação Comercial Agropecuária de Ouro Preto. Nós vamos começar o nosso trabalho. A nossa ideia inicial é termos três momentos: informação, debates e depois tentar levantar alguns encaminhamentos que juntos possamos trabalhar em cima deles. Vou pedir que abram nosso trabalho. A ideia é que cada membro da nossa mesa fale um pouquinho. Mais uma vez insisto: dando informações talvez todos nós estejamos sabendo o que que está acontecendo, mas não é todo o mundo. E a gente tem a comunidade de Ouro Preto acompanhando pela rádio. Então, vou solicitar a cada um dos membros que apresente informações sobre o que aconteceu nesse ano com a empresa Novelis dentro da visão, das informações da própria empresa, as informações da Cemig, do Sindicato e as ações que a Prefeitura já efetuou nesse sentido, para depois abrirmos o debate. Então, lembrando, um momento de informação, depois o debate e depois levantar encaminhamentos. Eu vou pedir que use a palavra em primeiro lugar o Gerente Ruy Oyama, o Gerente da Fábrica de Ouro Preto, que falará então, relatará o acontecido com a Novelis. Eu acho que dez minutos dá pra poder, de maneira bem objetiva, repassar informações para que nós todos juntos possamos trabalhar em cima do assunto e, volto a falar, buscar caminhos. Com a palavra então, Ruy Oyama da empresa Novelis.” Ruy Oyama, Gerente de Operações da Fábrica da Novelis: “Mais uma vez, obrigado pela oportunidade que a gente está recebendo aqui na Câmara Municipal de Ouro Preto. A gente está podendo podendo prestar esse esclarecimento. Muito do que a gente vai falar aqui, novamente, é, praticamente, a repetição do que foi comentado pelo Diretor de (inaudível) na quinta-feira passada. Onde transcorreu a discussão em função das perguntas, não sei se eu vou conseguir lembrar a sequência exata de como foi prestadas essas informações. Em princípio, a Novelis tomou essa decisão, agora em janeiro, de suspender essas atividades em torno de quarenta por cento das operações de produção de alumínio e essa medida se diz, mais especificamente, com o desligamento da Redução II. Nós temos duas reduções: Redução III e Redução II. E a Redução II corresponde a aproximadamente quarenta por cento da produção da fábrica. Essa medida foi tomada em função do contrato que nós possuímos do suprimento de energia, onde parte da nossa energia é suprida pela nossa geração própria, que corresponde a aproximadamente a sessenta por cento do nosso consumo. E os outros quarenta por cento nós compramos de um contrato com terceiros, mais especificamente, a Cemig. E nesse contrato, nós temos um risco, onde a partir de um determinado valor dessa energia praticada no Mercado Livre. Esse risco é da empresa e até esse valor, o risco é da concessionária. Com a redução das precipitações de chuva durante o período que normalmente é chuvoso na nossa região, no sudeste. Nós tivemos uma redução nos reservatórios e isso culminou no aumento do preço dessa energia que era adquirida do contrato chegando a patamares que era praticamente impossível de se sustentar as operações com essa energia adquirida de terceiros. E dentro desse cenário, nós decidimos pelo desligamento da Redução II. Dentro desse cenário de desligamento de linha, onde, praticamente, quarenta e seis por cento da nossa produção foi suspensa. A empresa Novelis tomou as decisões com relação à redução de efetivo em função da redução das atividades. A Novelis, com essa diminuição das atividades, da Redução II, teve aproximadamente cento e trinta pessoas sendo deslocadas...parte delas foi deslocadas para outras atividades, principalmente por desterceirização e, aproximadamente, cinquenta pessoas dentro desse contingente de cento e trinta, muito provavelmente, serão demitidas. Uma outra parte dessa ação que a Novelis tomou também foi com relação à redução dos serviços terceiros. Parte desse efetivo, como eu já comentei, foi deslocado para atividades terceiros, e grande parte do contingente dos terceiros foi desterceirizado. Aproximadamente a gente está falando do efetivo aproximado de trezentas pessoas. Felizmente, a gente já tem conhecimento hoje de praticamente setenta por cento desse contingente. Desse terceirizado, ele já está alocado em outras atividades que esses terceiros já vinham desempenhando. Parte em Ouro Preto, Ouro Branco, Mariana e até no Rio de Janeiro. E a gente espera que esse processo continue. A Novelis, dentro desse processo de demissão de algumas pessoas, tem disponibilizado para que outras empresas possam utilizar esse efetivo que está sendo demitido e tem um processo onde se prepara um minicurrículo e isso está sendo disponibilizado para outras empresas que têm interesse em contratá-los. A situação que nós estamos pensando hoje no retorno, foi adiantado nessa ocasião também que o Clóvis Carvalho comentou aqui, que nós já temos um sinal verde para a construção das usinas hidroelétricas que estavam em projeto. Aproximadamente duzentos milhões de reais já foram destinados a esse projeto. Nós estamos falando mais especificamente da usina de brito ou nova brito, porque lá já existe uma nova usina em operação, mas ela vai ser renovada com uma capacidade bem maior. A gente vai sair de três megawatts para vinte e três megawatts. Isso fica em Ponte Nova. E tem uma outra usina também já com o projeto sendo encaminhado, que é a usina de Jurumirim, que por volta de trinta megawatts, que fica no Município de Guaraciaba. Eu estou adiantando isso, mas acho que mereceria comentar antes, que o nosso problema hoje é ter energia a custo competitivo para a produção de alumínio. Então, certamente, quando nós tivermos essas duas usinas prontas, que a gente tem expectativa que isso aconteça a partir de dois mil e onze, a gente vai ter praticamente cem por cento da nossa necessidade de consumo na fábrica de Ouro Preto. Um outro aspecto, que também acho que chegou a ser discutido aqui, foi com relação ao nosso licenciamento ambiental. Nós fomos questionados a respeito da continuidade da fábrica e se o retorno na Redução II já estava sendo definido que ela não retornará. Nós fizemos um desligamento de linha, onde já prevê o seu retorno. Nesse processo de desligamento, você deixa uma determinada quantidade de metal do lado desses fornos, para facilitar esse retorno. Então, todos os fornos foram desligados dessa forma para facilitar esse retorno. Ainda com relação a esse licenciamento ambiental, nós temos uma licença ambiental que é renovado a cada quatro anos. A última renovação dessa licença ambiental nossa foi feita em fevereiro de dois mil e seis. E ela tem um prazo de validade até fevereiro de dois mil e dez. Um dos itens dessa licença ambiental é a instalação do (inaudível) da linha dois. Só para adiantar a informação a respeito disso, porque acho que tem algumas dúvidas com relação a isso. Nós devemos estar protocolando no órgão ambiental em Belo Horizonte, que é a SUPLAN, essa semana, mais especificamente, na quarta-feira, o protótipo desse (inaudível) estará sendo feito protocolado. Então, a nossa continuidade depende, hoje, de ter energia a custo competitivo. E se a gente for questionado em relação a quando teremos essa energia, nós estamos trabalhando em conversas com os fornecedores de energia para que talvez a gente possa encontrar algo que possa ser competitivo dentro desse cenário atual. Por outro lado, a garantia de que isso vai ter continuidade mais concretamente, isso deverá acontecer mais com a conclusão da construção das nossas usinas hidroelétricas, que nesse momento, com a liberação da verba para essa construção ela deverá transcorrer num período de três anos, aproximadamente. Nós comentamos aqui, também, com relação a esse período que a gente está falando com relação ao prazo de construção de uma usina hidroelétrica. Quando a gente fala nesse período, ele está considerado o processo de licenciamento ambiental, e o processo de construção da usina. A gente, tá considerando nesse prazo, que o processo de transcorra normalmente. Nada que fuja a necessidade daquilo que a obrigatoriedade legal no processo de licenciamento ambiental, mas eu acho que até foi colocado aqui também, Flávio, eu acho que essa Casa poderia nos ajudar também, em fazer com que esse processo transcorra na maior naturalidade possível, sem querer passar por cima de nada, mas, que simplesmente o processo de licenciamento aconteça dentro de um cronograma que é certamente o mais adequado para que se possa fazer. Todo processo, toda a documentação necessária, o projeto necessário, certamente será apresentado conforme as exigências dos órgãos ambientais, eu acho que era isso aí.” Vereador Flávio Andrade: “Ótimo, a gente agradece então a fala inicial do Ruy Oyama que é o Gerente de Operações da Fábrica de Ouro Preto, lembrando sempre que o nosso trabalho está sendo transmitido pela rádio provincia fm, que as pessoas que estão nos ouvindo de casa, podem encaminhar perguntas, três, cinco, cinco, um, quarenta e três, trinta e pode acompanhar também pela internet www.provinciafm.com.br registro também a presença do Vereador Sílvio Mapa, convido-o para adentrar o plenário com a gente, e passo a palavra agora ao nosso companheiro presente aqui, representando a CEMIG, Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG, para que possa falar pra gente sobre o papel da CEMIG e o ocorrido com a CEMIG. Eu já te adianto, que muita gente ficou sem entender como é que o negócio subiu tanto de uma hora pra outra, como é que o custo da energia subiu tanto, e a gente achar, já agradecemos a presença da CEMIG aqui com a gente. É um dos fatores principais desse processo, queremos ouvir então a mensagem da empresa com a palavra Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “ Boa noite, a gente, a CEMIG e a NOVELIS tem um relacionamento antigo e muito bom, e a gente sempre, desde, não foi de agora, desde de muito tempo que a gente sempre busca, alternativas para oferecer produtos de energia a preços que viabilize a produção da NOVELIS por inteiro. A gente vem fornecendo energia para NOVELIS a muitos anos, e a partir de dois mil e seis pra cá, o mercado de energia, ele vem se comportando com tendência de alta de preço, e nós, sempre junto com a NOVELIS estávamos conversando para buscar um produto que atendesse as necessidades da NOVELIS. Então, em dois mil e oito, a gente já tava em dois mil e sete e nós fizemos aí esse contrato que possibilitava a produção do alumínio a um preço competitivo, mas que ele tinha a ele, um risco associado, esse risco é função do preço de curto prazo da energia, então, o mercado de energia hoje ele é um pouco complexo, mais ou menos para o pessoal entender o seguinte, caso os reservatórios de energia e os reservatórios das usinas geradoras de energia não estivessem bem cheios, nessa época, que é uma época de chuva, a gente tem uma sinalização de alta dos preços de energia. Então a medida que não vai chovendo e os reservatórios vão sendo depressionados, o preço da energia começa a subir. E isso é feito uma operação semanal, para determinar esse preço. O que ocorreu é que nem a CEMIG, nem a NOVELIS esperava que as chuvas atrasaram muito esse ano, elas começaram de fato a partir da segunda quinze de janeiro, e aí os preços explodiram. Os preços que a gente chama de preços de curto prazo, e o nosso contrato ele tem uma sistemática que a partir de, quando esse preço de curto prazo, ele atinge um determinado nível, aí o preço do contrato ele acompanha esse preço de curto prazo. É uma coisa que nem a CEMIG imaginava, nem a NOVELIS por que quando nós, fechamos essa negociação, os reservatórios do Brasil inteiro, estão invertendo água, que era no início do ano passado. Mas como era a única forma de nós viabilizarmos um produto de energia competitivo com a NOVELIS, e a NOVELIS também entendeu assim, nós fechamos esse contrato. E aí aconteceu o que ninguém esperava, as chuvas atrasaram, aí nós tivemos essa alta do preço. Aí o contrato também tem uma possibilidade o seguinte, se o preço estiver explodindo, aí a NOVELIS tem a opção de não comprar. Então foi uma solução que a gente, quando a gente fechou a negociação a gente achou que era boa para as duas partes, mas aconteceu uma coisa que é do acaso, não choveu o tanto do esperado aí, a chuva foi muito abaixo da média histórica, e o preço subiu. Hoje em dia o preço é muito volátil em função da necessidade de geração hidráulica que o País tem e não vem construindo as usinas que ele precisa. Então acaba que os preços eles ficam muito dependentes das chuvas, e fornecimento de gás e de uma série de coisas, que, como a gente não tem muita folga hoje, qualquer coisa que acontece o preço acaba, o preço de curto prazo acaba tendo essa variação toda. E mais assim, a gente quer colocar aqui que nós estamos sempre conversando, buscando aí uma solução para a NOVELIS. A gente tem que esperar aí o mercado dar uma acalmada, torcer aí pras condições necessárias dos preços de curto prazo reduzirem, e aí a gente ter algum produto para oferecer para NOVELIS a um preço que viabilize, a gente fica muito chateado com essa situação, mas antes de ocorrer esse desligamento aí, nós conversamos exaustivamente no intuito de reduzir esse problema, não desligar, tentar arrumar algum produto que fosse viável, mas o que a gente achou que era viável foi esse fornecimento que nós fizemos e acabou que por circunstância hidrológica do país e da falta de novas usinas, a gente teve que, a NOVELIS exerceu a função que ela tinha e não era viável ela produzir e acabou desligando como todo mundo está sabendo. E nós nos colocamos aqui a disposição, quem tiver com dúvidas, acho que é depois que todo mundo falar, para outros esclarecimentos, obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “ A gente agradece a fala do Túlio Randazzo, em nome da CEMIG, lembrando sempre que nós estamos sendo transmitidos pela rádio província e contamos aqui no plenário pra quem está nos ouvindo de casa ou pela internet com representação da Associação Comercial e Agropecuária de Ouro Preto, do Deputado Estadual Padre João, das Associações de Moradores do Antônio Dias, do Morro do Cruzeiro, do Morro Santana, da Sociedade São Vicente de Paula, da Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, dos Vereadores Wanderley Kuruzu, Sílvio Mapa e Leonardo Barbosa. Vou passar a palavra agora para o nosso companheiro do Sindicato, José de Arimatéia Firmino, para sua mensagem de dez minutos, lembrando que o Túlio disse, num momento posterior, a fala da mesa dos Vereadores, nós vamos abrir para perguntas e manifestações da plateia, e quem quiser também encaminhar pela rádio, três, cinco, cinco, um, quarenta e três, trinta.” José de Arimatéia pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Preto: “Boa noite a todos, boa noite os ouvintes da rádio província, nós quanto Sindicato, nós estamos muito preocupados em manter os empregos. A gente foi, no início, passado uns três dias que foi desligado, nós tivemos uma reunião com o RH da empresa, onde a empresa propunha alguns cortes, para manter a crise, como acabar com aditivo e acabar com a turma de cinco letras do turno. Nós, enquanto Sindicato, nós não concordamos com isso, no momento a gente não concordou com isso, porque sabia que acabar com a turma de turno, com a letra do turno, seria mais demissão. E já tinha muitos companheiros que já estavam sendo demitidos e não íamos mais contribuir com demissão. Então, o quadro é grave, mas vários companheiros, por exemplo, de elétrica, alguma pessoa eletricista, passa por lá, a gente indica algumas empresas, que tem mão de obra aqui no mercado. Por exemplo, o Sine de Ouro Preto a gente orienta a fazer inscrição lá, pra ver se são absorvidos a mão de obra que está sobrando aqui em Ouro Preto. Por falar em NOVELIS, no meu caso por exemplo, eu que tenho quase trinta anos de NOVELIS, a gente vem tendo vários cortes aí ao longo dos tempos. Foi falado aqui na reunião no embate passado, sobre as perdas que nós já tivemos, por exemplo, nós perdemos a redução Um, foi gente que foi embora, nós perdemos a pró-peso, foi gente que foi embora, fábrica de cabos, foi gente que foi embora, e agora vem a redução Dois, justamente, foi bem lembrado, perdemos a refusão. Então foi muita gente que foi embora do grupo ALCAN, que foi na época e hoje é a NOVELIS. E o Sindicato em momento algum, se for possível nós buscarmos uma alternativa, nós vamos, tanto Municipal quanto Federal, como qualquer outro órgão, nós vamos buscar alternativa para manter o posto de trabalho, mas contribuir pra mandar mais gente pra rua nós não vamos contribuir. Então o nosso acordo de turno vai até agosto, a qualquer custo nós vamos segurar o nosso acordo de turno até agosto, vamos temos um aditivo que tem vários ganhos para o trabalhador, vence em setembro do ano que vem, nós vamos manter esses aditivos, se depender de nós do Sindicato nós vamos segurar isso, nós não vamos contribuir para por o trabalhador na rua de maneira alguma. Então senhor Presidente, eu não vou usar os dez minutos e na medida dos embates a gente vai esclarecendo o que for possível.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece ao José de Arimatéia, tá presente também o Nelson Soares, os dois comandantes do Sindicato, histórico Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto. E passo a palavra agora para o representante do Prefeito Municipal, ouvimos primeiro, as partes ligadas diretamente a questão, a própria empresa NOVELIS, a CEMIG e o Sindicato, vamos abrir agora, ouvir as políticas, a gente sabe que o Prefeito Angelo Oswaldo já fez gestões, algumas reuniões, alguns contatos, buscando também soluções do problema, e nos encaminhou o seu Secretário de Governo, Luciano Guimarães Pereira. Peço então a mensagem do Luciano para falar nessa assembleia, nessa audiência pública sobre a questão da NOVELIS.” Luciano Guimarães Pereira: “Quero saudar a todos, em especial aos Vereadores aqui presentes, e só reforçar as informações que já foram trazidas a esta Casa, através de ofícios do Prefeito de Ouro Preto. O Prefeito tão logo foi cientificado da intenção da NOVELIS, imediatamente conseguiu agendar uma reunião com Presidente da CEMIG e junto à direção da NOVELIS, participou de uma reunião, buscando novas alternativas, que propiciassem uma oferta de energia a preços competitivos e mantivessem a competitividade do produto da NOVELIS. E se manteve como se mantem a disposição da NOVELIS, e também da Câmara para envidar todos os esforços em que o Prefeito possa se engajar, ele está a disposição, ele está preocupado com o eventual desemprego que possa ser gerado, o SINE ficou realmente de sobre aviso da questão, para que essa mão de obra, que é uma mão de obra qualificada, caso realmente outras demissões venham a ocorrer, que ela possa ser realocada, com maior facilidade possível. Enfim, aquilo que está ao alcance do Poder Executivo, está sendo feito para minimizar, senão sanar o problema criado.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece a fala do Secretário Luciano, em nome do Prefeito Municipal Angelo Oswaldo, vamos abrir a fala aos três Vereadores presentes, que querem se manifestar, Vereador Wanderley Kuruzu, Sílvio Mapa, Leonardo Barbosa, antes de abrir a fala para plateia. Algum dos três desejam.” Vereador Sílvio Mapa com a palavra: “Boa noite a todos, eu gostaria de fazer três perguntas, uma ao Secretário Luciano, o que que o Secretário de Governo, no caso do Governo do Estado, prometeu de fazer, se teve alguma conclusão em termo de baixar, se conseguiu baixar alguma coisa. A outra pergunta para o representante da CEMIG, o que que a CEMIG conseguiu ou poderia conseguir e para o representante da NOVELIS, se caso a energia voltar aos patamares anteriores, que no caso aí, no preço que estava, em que ela estava funcionando, se ela voltaria imediatamente com os fornos ou se ela realmente só voltaria após a construção das duas usinas, obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Bom, então lembrando, eu me desculpo, eu chamei o nosso companheiro Luciano de Secretário de Governo, é Chefe de Gabinete, duas vezes eu cometi o mesmo erro, passo então ao Vereador Sílvio para Mesa, porque as perguntas respondidas mais objetivas possível, a primeira foi...”Vereador Sílvio Mapa: “O que que o Prefeito conseguiu junto ao Governo do Estado, em termo de preço, pra que a NOVELIS pudesse continuar.”Vereador Flávio Andrade: “Doutor Luciano, Chefe de Gabinete do Prefeito Angelo Oswaldo.” Luciano Guimarães Pereira: “Bom, antes de tudo o Prefeito conseguiu o acesso à CEMIG de uma forma mais rápida e uma atenção especial da CEMIG nessa situação. Agora, em relação as propostas que a CEMIG sempre deixou claro, que esse preço ele é um valor praticado pra todos, e que realmente eles teriam que aguardar uma situação de novas chuvas, realmente recompor a capacidade de produção de energia da CEMIG para que os preços possam ser oferecidos de uma forma mais acessível, basicamente isso, mas houve um empenho de tratar a questão da NOVELIS em Ouro Preto de uma forma especial, na medida do possível, desses índices aí, que é uma questão mais técnica, que talvez o representante da CEMIG possa dar maiores esclarecimentos.”Vereador Flávio Andrade: “Vereador Sílvio, a segunda pergunta foi?” Vereador Sílvio Mapa: “Para CEMIG se já há algum, em andamento dentro da discussão, consegui-se mais ou menos, tem que acompanhar o mercado de trabalho, se for acompanhar o mercado a gente já sabe que vai ter que aguardar.” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “A questão é o seguinte, desde antes de ocorrer o desligamento, o que a gente conversa diariamente com a NOVELIS pra buscar aí uma solução para esse fornecimento. Quando a gente viu que os preços tinha uma tendência de alta, a gente já estava conversando, então, logo que a gente ficou sabendo que iria ocorrer o desligamento a gente conversou, tivemos reuniões lá com a NOVELIS, quando o Prefeito nos solicitou, nós no mesmo dia tivemos uma reunião com ele e tudo, e estamos tentando buscar agora, é difícil a gente conseguir uma solução, na hora que o preço de curto prazo no mercado explodiu. Então a gente não consegui uma solução nesse momento, certo.” Vereador Sílvio Mapa: “Só uma coisa, a Paulista por exemplo, tá pagando o mesmo nível da NOVELIS, lá na Rancharia é isso?” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “A gente não pode comentar, porque os contratos tem cláusulas de sigilo, o preço que a gente vende pra um cliente ou outro, aí se vende ou se não vende. O que ocorre é o seguinte, a contratação da NOVELIS é uma contratação que a gente, é a única que poderia ser feita no momento de curto prazo. Então ela é vulnerável a essas alterações que podem ocorrer no preço da energia. Eventualmente uma outra indústria, o que que tal indústria não tá atravessando esse momento e a NOVELIS está? Porque eventualmente essa indústria fez uma compra de longo prazo e ela está imune a essas variações. A gente sempre buscou junto a NOVELIS e também sempre foi interesse da NOVELIS fazer uma compra de longo prazo. Só que isso tem que comprar a um preço que seja possível fabricar o alumínio. E não conseguimos ao longo desses anos aí, equacionar esse fornecimento para dois mil e oito, foi a solução que a gente teve. Se tivesse chovido bem e se não estivéssemos enfrentando aí algum problema de falta de gás, tá tudo resolvido e a NOVELIS estaria produzindo, não teria desligado a redução dela. Então, eu queria deixar claro aqui que a gente não parou não, a gente tá sempre correndo atrás de buscar um produto que viabiliza a produção.”Vereador Sílvio Mapa: “Você sabe informar porque o gás ainda não chegou em Ouro Preto, parece que já está em Ouro Branco.” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “Isso eu não sei dizer, isso seria da GASMIG, então a pessoa mais apropriada para resolver seria... mas eu sei que tem um plano dele chegar logo aí, não tá longe não, mas o detalhe eu não sei direito.” Vereador Flávio Andrade: “Terceira pergunta do Vereador Sílvio.” Vereador Sílvio Mapa: “É se a NOVELIS, no caso aí se abaixar (inaudível) imediatamente se ela voltaria ou se ela realmente só voltará após a construção da duas usinas.” Ruy Oyama: “Com a medida dessas que a gente tomou com relação ao desligamento de uma linha, é uma medida extremamente cara e trabalhosa. Então pra gente tomar uma decisão dessas, é porque realmente o cenário tava muito difícil. Acho que quando o Clóvis esteve aqui na semana passada, ele colocou, o que a gente tá precisando agora até a construção das usinas, é que a gente faça um contrato até essa data que seria daqui uns três anos. E como foi a colocação do Túlio, a energia nesse momento, ele tá numa flutuação bastante grande e com preços que estão variando muito acima das nossas possibilidades de utilização na indústria do alumínio. Então o retorno dessa linha, é possível desde que a gente tenha um contrato que atenda a essa possibilidade de ter a produção de forma que a gente possa ser competitivo. Então essa discussão a gente está em andamento, foi a porta aí que foi colocada pelo Secretário, que através do Prefeito Angelo Oswaldo, abriu-se essa porta pra gente iniciar um processo de conversação junto com a CEMIG, e esse processo está em andamento, a gente tem que encontrar uma forma de conseguir um contrato que dê a sustentação que a gente possa retornar, porque uma simples variação do preço (inaudível) semanal não dá essa garantia pra nós. Nós precisamos de um contrato que faça ponte até para contratação...”Vereador Sílvio Mapa: “Então quer dizer o seguinte, pra mim entender e também os ouvintes, se caso houvesse um contrato hoje, a prazo fixo, no caso um contrato que seja variação amanhã ou depois, que o preço que vocês iriam pagar durante três anos, seria aquele preço fixo e vocês voltariam imediatamente! Como os preços, esse tipo de contrato é impossível fazer agora, segundo o representante da CEMIG, o que é devido essas variações está tendo, então ela não vai fazer um contrato de risco. Então, sem a construção da usina, sem esse contrato fixo, sem risco, no caso de aumento posterior, não voltaria!” Ruy Oyama: “Não voltaria.” Vereador Sílvio Mapa: “Obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Passar a palavra aos outros Vereadores presentes que tem interesse, Wanderley Kuruzu, Kuruzu com a palavra.” Vereador Wanderley Kuruzu: “Cumprimentar a todos da Mesa, na pessoa do Presidente, Vereador Flávio Andrade, meus presentes aqui, meus colegas Vereadores. Uma pergunta, qual é o custo do investimento que precisa ser feito, qual o valor do investimento que precisa ser feito na redução dois para ela poder voltar, poder atender as exigências ambientais, acho que é para o Doutor Ruy essa, qual o investimento já que a licença vence em dois mil e dez, licença ambiental em dois mil e dez, qual seria o valor do investimento? A outra coisa é a respeito da redução do turno, se o senhor pudesse esclarecer para nós, se ainda tem chance de haver essa redução de um turno, tava proposto. Pro representante da CEMIG, o valor do megawatts tá quanto hoje? Ele tava quanto no início do ano, acho que era vinte e alguma coisa e foi para... qual o valor máximo que ele chegou, e no início do ano retrasado, passado e qual é o valor dele hoje? Seria essas três perguntas.” Vereador Flávio Andrade: “Nós vamos marcar dois minutos para cada resposta, para poder agilizar, Dr. Ruy Oyama respondendo a pergunta do Vereador Kuruzu.” Ruy Oyama: “Eu vim meio que despreparado com esses números, que foram questionados aí, eu acho que poderia passar depois esses valores. Tem uma outra pergunta que eu acho que...”Vereador Wanderley Kuruzu: “ A redução do turno, o valor do investimento que precisava fazer na redução dois para poder atender as exigências ambientais, a questão do turno, e a questão do turno.”Ruy Oyama: “Para atender as exigências ambientais, na redução três nós fizemos o mesmo projeto de lavador de gases, ele foi concluído em dois mil e seis, ele demandou vinte e quatro milhões de dólares, para esse projeto, eu acho que foi ventilado aqui na reunião passada, na quinta-feira, nós estamos estudando a possibilidade de usar a instalação que já foi feita para a linha três, que a gente tem conhecimento que ela tem uma sobre capacidade e talvez a gente possa reduzir bastante esse valor, algo em torno de cinquenta a sessenta por cento... (falha do aúdio) esse projeto ficou pronto no início, ele deve está sendo protocolado essa semana na SUPLAN, que é órgão ambiental aqui de Minas Gerais. A questão do turno...” Vereador Wanderley Kuruzu: “A redução de um turno, não é essa...”Ruy Oyama: “É uma letra, a gente... eu acho que antes disso é bom a gente fazer um...” Vereador Flávio Andrade: “Não se é todo mundo que sabe como funciona isso? Pedir o Dr. Ruy para poder explicar.” Ruy Oyama: “Antes disso eu acho que era bom a gente colocar um pequeno pano de fundo. Nós somos uma fábrica de alumínio aqui no Brasil, se não a menor delas em termos de volume de produção de alumínio, são cinquenta e duas mil ou cinquenta e uma toneladas de alumínio produzido. A segunda menor é a nossa fábrica de Aratu com cinquenta e oito, as outras são todas na faixa de cem mil a quatrocentos e sessenta mil toneladas de capacidade, que são as fábricas da ALCOA, da Vale do Rio Doce e do Grupo Votorantim. Faz-se a essa dimensão das unidades que nós temos, vocês devem entender que nós temos uma escala bastante reduzida para fazer frente aos custos indiretos que nós temos em cada unidade. Então é importante a gente frisar aqui, que quando a gente reduz a capacidade em torno de quarenta e seis por cento, os custos indiretos, se a gente não tiver um trabalho bastante razoável com eles, nós vamos colocar os custos de produção dessa unidade em uma situação insuportável. Então nós temos que fazer alguma coisa em relação à esses custos, e dentro dessas alternativas que nós estamos observando, uma delas é a discussão da redução de um turno de trabalho, que nós trabalhamos em cinco letras, e nós estamos em conversação com o Sindicato para ver essa possibilidade, que seria uma oportunidade para redução de custo e fazer frente, agora não mais uma fábrica de cinquenta e um mil toneladas, mas estão falando em fábrica de vinte e cinco mil toneladas de alumínio.” Vereador Flávio Andrade: “Vereador Wanderley, Vereador Leonardo Barbosa alguma pergunta? Me desculpa, o valor do (inaudível).” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “Os contratos de curto prazo eles são baseados em preço de liquidação e diferença, chama PEVID, que é um índice que a gente usa no mercado para um preço de curto prazo. Ele na primeira semana, eu não sei os preços de cabeça, mas para o pessoal não ficar sem resposta, eu vou dar uma noção mais ou menos. Na primeira semana de janeiro, ele foi a uns duzentos e sessenta reais, na segunda semana de janeiro, ele atingiu o valor máximo dele que é por volta de quinhentos e sessenta reais o megawatt hora, ele continua o mês todo de janeiro e em fevereiro, na primeira semana de fevereiro, ele baixou pra cento e vinte seis reais, e me parece que nessa última semana agora, ele está por volta de cento e sessenta ou cento e oitenta reais.” Vereador Flávio Andrade: “A unidade é megawatt hora, é isso?” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “É, esse preço é o preço do megawatt hora, Flávio.” Vereador Sílvio Mapa: “Isso quer dizer que, quando ele chega lá, por exemplo, quinhentos e sessenta, toda população, aquela conta de luz, no caso...” Túlio Randazzo, que é o analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG: “Não, a população está garantida, porque a população ela é atendida pela CEMIG distribuição. A CEMIG são várias empresas, então a população se for olhar sua conta de energia, na verdade ela é uma conta da CEMIG distribuição, e a CEMIG distribuição ela já comprou energia sua e de todos consumidores por longo prazo. Então, nós consumidores não estamos sujeitos a esses problemas de variações.” Vereador Sílvio Mapa: “Então se a NOVELIS comprar pra cinquenta anos estaria resolvido!” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado. Vereador Leonardo Barbosa, Vereador Leonardo Barbosa alguma fala?” Vereador Leonardo Barbosa: “Senhor Presidente Flávio Andrade, fazer uma pergunta ao Senhor Ruy e depois para o Senhor Túlio. A gente escutou aí a fala do senhor do Sindicato que eu esqueci de anotar o nome dele aqui, José de Arimatéia. O que a gente pode observar na fala do Senhor José de Arimatéia, Dr, Ruy, é que a NOVELIS está de quinze a vinte anos pra cá que ela vem semelhante a uma pessoa que tem uma hanseníase, tem um tratamento, mas não busca a cura, ai vem se deteriorando aos poucos, vai perdendo um dedo, o segundo dedo, o terceiro dedo. A gente viu, fechou a fábrica de cabos, fechou refusão um, agora está paralisado a redução dois, e outros setores lá dentro. E pelo o que a gente vem acompanhando de um tempo pra cá, quase todos esses setores de trabalho da NOVELIS que fechou, tinha aquela mesma história que iria talvez abrir um dia, como tem essa história que irá reabrir a redução dois. E nós na condição de homens públicos aqui, nós temos esse temor, se isso realmente mesmo vai acontecer, porque lá atrás, quando fechou a um, não reabriu. Eu quero saber do Senhor qual a garantia que o Senhor dá para a população de Ouro Preto ou para os funcionários da NOVELIS e qual a garantia se irá reabrir a redução dois, e também, se a NOVELIS estava acompanhando à risca essa questão de contrato com terceirizado, porque a gente viu aqui que vai quase cessar esses contratos com essa terceirização lá dentro da NOVELIS, o que alcançou mais não são os funcionários diretos da NOVELIS, são os indiretos, vai quase cessar isso aí. Se tem uma investigação interna dentro da NOVELIS, se tinha alguém la dentro da diretoria, de alguns desses setores que estavam favorecendo alguma empresa terceirizada da NOVELIS, que eram três ou quatro empresas lá, mas sempre uma ou outra que desfrutavam de outros contratos. E a outra, o Senhor entendeu minha pergunta e a outra pergunta vai para o Túlio, que veio representando a CEMIG. Qual que é a sua função lá na CEMIG Túlio? É Analista de Relacionamento com o Cliente. O que eu observei também na sua fala, que a CEMIG tá querendo jogar a culpa pra cima de São Pedro, não tem jeito da gente cobrar de São Pedro, tem jeito da gente cobrar de São Pedro? Não tem jeito. E já a mais de sete anos ou oito anos, o preço da energia elétrica vem em ascensão. Tanto tá se vendo que está se pagando um preço muito alto as empresas, quanto também os pequenos consumidores. A própria CEMIG hoje ela é omissa nessa parte, que ela não tem um sistema que identifica na casa do consumidor, ai já não é uma questão de empresa, mas não identifica na casa do consumidor, porque numa casa de dois ou três cômodos está se pagando cento e vinte reais de aluguel, não tem um trabalho social para se identificar isso, mesmo aqui no nosso Município a CEMIG não vem atuando aqui dessa maneira. Toda semana vem gente que mora em casa de dois ou três cômodos aqui, pagando cem reais de energia elétrica. Mas, se tratando, eu sei que ela pertence ao Governo, a CEMIG é uma questão de ações, mas o Governo contêm hoje quantos por cento das ações? Ele é o majoritário? E se ele é o majoritário, porque que ele não consegui controlar esse desequilíbrio que vem acontecendo nos últimos sete ou dez anos? Acaba que está se pagando o assalariado. A crise que aconteceu aí na NOVELIS, quem está se pagando mais é a pessoa que está trabalhando na empreiteira da NOVELIS. Segundo o outro moço que veio aqui na semana passada, ele falou que apenas cinquenta pessoas da NOVELIS que serão demitidos, ou foram demitidos, mas a gente não vê aqui falar que nenhum do grande escalão lá foi demitido, então sempre acaba pagando o pato o pequeno. A dimensão dessa crise ainda, toda NOVELIS não tem noção dela e nem muito menos a CEMIG. Tem se a CEMIG ela tem mais ações, e se ela é dona dessas maiores ações, porque que ela não controla isso? Só essa pergunta.” Vereador Flávio Andrade: “Primeira pergunta do Vereador Leonardo Barbosa, tá bem semelhante a pergunta que chegou pela rádio, do Sidney da Bauxita. Pergunta também para o Ruy Oyama para que o Gerente da Fábrica confirme que a produção e consequentemente os empregos, estarão garantidos em dois mil e onze. Primeira pergunta então chegado pela rádio, do Sidney da Bauxita, depois também tem uma pergunta dele para o Túlio da CEMIG. Túlio com a palavra então, para responder as perguntas do Vereador Leonardo Barbosa.” Ruy Oyama: “Gostaria de retornar aqui o que foi comentado na quinta-feira passada, com relação às atividades que foram encerradas na NOVELIS, ao longo desse, NOVELIS e anteriormente ALCAN, ao longo desse período que foi mencionado. Nós tivemos três momentos diferentes que cada um dessas ocorrências teve uma razão diferente. Eu acho que elas não são interligadas, vamos dizer assim. A primeira com relação ao desligamento da redução um, a redução um era uma linha que tinha sérios problemas ambientais, era uma linha bastante, de tamanho, de dimensões reduzidos, acho que operava com trinta e quatro quilo ampares, só para ter ideia da dimensão. Hoje, as outras linhas nossas são da ordem de sessenta e cinco quilo amperes, então era um forno que tinha uma capacidade de produção metade dessa, a produção era extremamente pequena, e para gente fazer frente a condição operacional em termos de índices ambientais, ela tinha que ter investimentos pesadíssimos. Então em cima dessa condição, tomou-se a decisão de ter o desligamento dessa linha. Em compensação, parte dessa produção ao longo desse tempo, muita coisa de tecnologia, ele se melhora, então nós tivemos a oportunidade de melhorar alguma coisa também, nas outras linhas que ficaram remanescentes. Então nesse caso da redução um, ela teve um problema específico de condição ambiental, era uma linha pequena, e que demandava investimentos muito elevado, que praticamente era impraticável fazer ela continuar com aquela dimensão. Em mil novecentos e noventa e um e noventa e dois, noventa e três e noventa e quatro, eu acho que por volta disso, tomou-se a decisão da venda da unidade de cabos, que nessa oportunidade ela passou para outro controlador, que foi a FICAP, nessa ocasião, o Brasil praticamente tinha poucos investimentos na área de geração de energia, e praticamente o produto nosso era muito voltado para transmissão de energia de alta tensão. Então não tinha mercado, então tomou-se a decisão de ter esse desligamento dessa linha. A PROPEZE foi consequência da fábrica de cabos. Uma outra questão que foi colocada aí é com relação às atividades de terceiros que foram encerrados. Nós tínhamos um efetivo, NOVELIS e terceiros, por volta de mil e duzentos funcionários, e nós estamos reduzindo esse efetivo por volta de novecentos. Nós temos que lembrar que as atividades operacionais nossa estão sendo reduzidas em quarenta e seis por cento e esse efetivo está sendo reduzido em vinte e cinco por cento. Isso aqui eu acho que colocou bastante reforço na semana passada. Quanto ao aspecto da continuidade operacional da redução dois nós temos hoje, já sinal verde para a construção das usinas, que nós comentamos aí que é um investimento por volta de duzentos milhões reais para construção dessas usinas, e mais uma vez, reforçando, nós precisamos ter a ponte que faça a gente atravessar desse momento que nós estamos hoje, até a construção das usinas. E essa ponte seria um contrato que dê as condições de competitividade pra que a gente possa produzir o alumínio, que tenha preço que o mercado possa suportar.” Vereador Leonardo Barbosa: “Bom, o Senhor não garantiu se ela volta a funcionar a redução dois não!.” Ruy Oyama: “Dentro desse cenário que a nós estamos procurando volta a funcionar certamente. A própria linha como eu já reforcei várias vezes, ela foi desligada para voltar.” Vereador Leonardo Barbosa: “Então o Senhor garante a volta!” Ruy Oyama: “Dentro disso que nós estamos comentando volta.” Vereador Flávio Andrade: “Uma pergunta do Vereador Léo ainda para o Túlio da CEMIG, Túlio por gentileza. Túlio, só aproveitando, tem uma pergunta do Sidney, você já explicou anteriormente são empresas componentes do mesmo grupo, a questão da iluminação pública ou da energia residencial é uma coisa e dos clientes corporativos e não corporativos é outra. É do Sidney só registrando uma pergunta dele, aproveitando a presença do Diretor da CEMIG para dizer que Ouro Preto está muito escura, os impostos para a classe média são altos, e pedi empenho para manter a primeira fábrica de alumínio do Brasil em funcionamento. Então eu registro a pergunta do Sidney da Bauxita e passo a palavra ao Túlio Randazzo que é o Analista de relacionamento de clientes corporativos da CEMIG.” Túlio Randazzo: “Bom, em relação a esses assuntos aí de tarifa, de preço do consumidor, eu não sou a pessoa mais indicada para esclarecer, porque eu sou analista de relacionamento, eu vim aqui para conversar sobre a NOVELIS. No entanto a gente sabe que a CEMIG é a empresa que atende o maior número de Consumidor de baixa renda, mas, eu realmente eu não tenho números aqui para debater e esclarecer a todos vocês, eu peço desculpas. Em relação ao controle acionário da CEMIG, existem dois tipos de ações, as ordinárias e as preferenciais. As ações que dão o controle de gestão da empresa, o Governo do Estado tem me parece que tem cinquenta vírgula oito por cento. Então ele é majoritário, ele tem o controle. As preferenciais eu não sei direito, isso varia porque ela está no mercado, então eu não sei direito, mas o que ocorre é o seguinte, a empresa, a CEMIG, ela é uma empresa que busca sustentabilidade, ela tem ações dela vendida na bolsa de São Paulo, de Nova York, de Madri, e ela, uma empresa desse porte, ela precisa seguir princípios de governancia corporativa. Então assim, ela é uma empresa, por ela ter, por ela disponibilizar ações reais nas bolsas de São Paulo, Nova York e Madri, ela consegui captar dinheiro em melhores condições, consegui fazer mais investimentos e tudo. Então ela tem que, no entanto, para se colocar ação na bolsa, você tem que mostrar que você é uma empresa sólida e que você vai fazer sempre os melhores negócios, você vai tratar as coisas com maior seriedade possível. Então, assim é difícil a gente vender uma energia abaixo do preço de mercado, e mostrar isso pra nosso acionista, inclusive o próprio Governo do Estado, que tem o objetivo de ter as suas empresas o mais saneadas possível. Eu peço desculpa parte da tarifa que eu não tenho os detalhes, isso é muito complexo, e quem colocar o preço da tarifa não é a CEMIG, é a ANEEL, inclusive se vocês estiverem, quiserem maiores esclarecimentos, a gente pode indicar um canal lá na CEMIG para continuar essa discussão.” Vereador Flávio Andrade: “Pois não, vou complementar a pergunta com o José Antônio de Pinho, peço que leve o microfone, José Antônio de Pinho que é o Gerente Cliente seleto intensivos da CEMIG e está na plateia e que pedi a fala para completar a resposta ao Vereador Leonardo Barbosa.” José Antônio de Pinho: “Senhor Vereador, para clarear mais o que o Túlio colocou, nós viemos aqui hoje, nossa área é uma área que trata diretamente com o relacionamento com grandes clientes da companhia, nós viemos especificamente para falar do relacionamento comercial com a NOVELIS, a dúvida do senhor pode ser esclarecida através até de uma audiência pública aqui, solicitada por vocês em que na nossa área especifica de tarifa, de composição de preço e que tem todas as informações com relação a estrutura do setor elétrico brasileiro pode clarear a dúvida do senhor, mas nós não estamos aqui preparado e nem estamos autorizados a falar de composição de tarifa regulada, então, se o senhor assim permanecer a dúvida, pode solicitar a CEMIG, pessoas especialistas na área virão aqui e esclarecerão para o público sobre a estrutura de tarifa. Nós estamos aqui direcionados para a relação comercial com a NOVELIS.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece a fala do José Antônio e Túlio, a ideia como disse o José Antônio, fizemos inclusive nesse mandato mesmo, já uma audiência pública e discutimos a questão da CEMIG, a CEMIG distribuição que trata da tarifa e do serviço de energia elétrica residencial. A gente enfrenta muitos problemas, quem não é Vereador ou não está na Câmara todo dia, cada dia, cinco, seis, oito, dez pessoas vem aqui pedir ajuda para pagar conta de luz, esse costume viciado de que o político serve é pra isso, na realidade no plano de fundo é que as pessoas estão sem condições de pagar suas contas de luz, não é o político que está aqui que tem que resolver, mas é uma discussão que tem que ser feita com a CEMIG não com esse setor da CEMIG, com a CEMIG distribuição para que possa ver caminhos que possa sanar isso. Agradeço o Túlio pela resposta, antes de abrir a palavra a comunidade presente o doutor Luciano, que é o Chefe de Gabinete do Prefeito, pediu para fazer uma pergunta também. Dr. Luciano por favor, o microfone está aí, na sequência vamos abrir a palavra a plateia.” Doutor Luciano Guimarães: “Uma pergunta para o Senhor Túlio para que a gente consiga talvez entender melhor essa questão dos contratos, quando se fala desses contratos de curto prazo, esses contratos em geral, eles são pactuados em que tempo? E essas modalidades de longo prazo em geral também em que tempo elas são pactuadas e o Senhor já adiantou que não pode tecer em questão de preços particular, mais ou menos uma variação, se é possível falar isso a respeito.” Túlio Randazzo: “A gente está agora num momento de mercado que a gente não tem nem como te dar uma noção de preço, porque como eu tinha dito no início, isso foi a quinhentos, veio para cento e vinte, já está em cento e oitenta de novo, passou por duzentos, então é assim, nós estamos num momento agora que a gente não tem como formatar um preço por longo prazo, a gente tem que esperar o mercado dar uma estabilizada. A primeira pergunta foi o prazo, a gente considera um contrato de curto prazo, um contrato de dois anos a gente ainda considera um contrato de curto prazo. Uma contratação de três, cinco, sete anos seria aí uma contratação que a gente considera de curto prazo.”Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece, o Vereador Wanderley Kuruzu tem mais uma pergunta.” Vereador Wanderley Kuruzu: “Saber se o Senhor Ruy Oyama da NOVELIS, se ele sabe nos informar, quanto que as três usinas lá que fica na região do Salto, do caboclo e do Salto, quando elas, o Senhor disse que são nove usinas ao todo.”Vereador Flávio Andrade: “Vou pedir a Beth que leve o microfone a outra pessoa da empresa, que está presente.” Vereador Wanderley Kuruzu: “Então a pergunta é, quantas usinas são e quanto significa a produção dessas três aqui do Salto.” Vereador Flávio Andrade: “Com a palavra Roberto Schaeffer que é Gerente de Energia da NOVELIS.” Roberto Schaeffer: “Nós temos oito pequenas centrais hidrelétricas chamadas PCHs e uma que é parceria com a Vale do Rio Doce.” Wanderley Kuruzu: “PCHs é pequenas centrais hidrelétricas.” Roberto Schaeffer: “É a definição dela, e outra que é feita em parceria com a VALE cinquenta por cento de cada um. As pequenas centrais, todas juntas, elas geram aproximadamente trezentos gigawatt hora ano, sendo que do Salto isso vai ser aproximadamente uns noventa, as usinas do Salto. E a metade da Usina de Candonga coincidentemente uma quantidade muito próxima, fazendo um total de quinhentos e sessenta gigawatt hora ano, a nossa produção total. A fábrica hoje, no tamanho que ela está o consumo dela é aproximadamente isso mesmo.” Vereador Flávio Andrade:“Roberto então para completar, a produção, só termo de percentual, que giga, megawatt o povo não sabe o que é. Pelo percentual a empresa hoje produz quanto de energia e quanto que é do Salto. Tem como saber isso? Sessenta por cento em geração própria hoje.”Roberto Schaeffer: “Hoje com a redução dois desligada ela é cem por cento. Dessa geração, o Salto, as usinas do Salto que não é uma usina só, aproximadamente uns noventa gigawatt/hora num total de quinhentos e sessenta.” Vereador Wanderley Kuruzu: “ Quinhentos e sessenta.” Roberto Schaeffer: “Isso.” Vereador Flávio Andrade: “Certo Kuruzu.” Vereador Wanderley Kuruzu: “A outra Flávio, é só saber se o Senhor Oyama pode nos informar, se a empresa pode nos informar quanto é que a empresa paga de Imposto Territorial Urbano, IPTU em Ouro Preto, e qual é a sua propriedade, qual é a propriedade, quanto de terra tem a empresa no nosso Município. Eu pergunto isso porque nós somos questionados frequentemente, por exemplo, a área tal de tal local, é da NOVELIS, é da ALCAN? É da Prefeitura? Dizem que a Prefeitura no Governo de fulano de tal, doou área tal para a NOVELIS, então a gente é muito perguntado sobre isso. Queria saber do Senhor se o Senhor pode informar.” Ruy Oyama: “Nesse momento aqui eu não tenho essa informação, mas não tem problema nenhum, eu posso passar a informação para o Senhor.” Vereador Wanderley Kuruzu: “A gente pode fazer isso por escrito através da Câmara, esse pedido para o Senhor?” Ruy Oyama: “Pode sim, eu acho que a própria Prefeitura dispõe dessas informações.” Vereador Flávio Andrade: “A gente pode fazer pela Comissão, aí a gente já faz isso.” Vereador Flávio Andrade: “Vou pedir então, abrindo a palavra para as pessoas da plateia, quem quiser falar se inscreva por gentileza com a Beth, anotando o nome me parece que já tem alguém inscrito, lembrando sempre, nós estamos contando com a presença aqui de representantes da Associação Comercial , Agropecuária e Industrial de Ouro Preto, do Deputado Estadual Padre João, da Associação de Moradores do Antônio Dias, do Morro do Cruzeiro, do Morro Santana, da Sociedade São Vicente de Paula, chegaram depois os nossos amigos da COOTROP, Cooperativa do Trabalho de Ouro Preto, as costureiras do Padre Faria que prestam também serviço à NOVELIS, obrigado a vocês pela presença, representante da Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano e outras pessoas. A primeira pergunta é do William Adeodato, que é Vice-Presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Ouro Preto, nós vamos estabelecer um prazo para pergunta e para resposta, para permitir que mais gente fale, um minuto para a pergunta, prorrogado para mais um e dois minutos para a resposta. William Adeodato, se você quiser ficar de pé por gentileza William, eu acho que fica mais fácil.” William Adeodato: “Boa noite a todos, parabenizar o Presidente da Mesa, Vereador Flávio Andrade pela iniciativa de está trazendo esse debate aqui para a Câmara, juntamente com o Vereador Wanderley Kuruzu e Leo Feijoada, o nosso Vereador pelo Partido dos Trabalhadores, Wanderley Rossi Júnior, Kuruzu, parabenizar também a plateia, principalmente aquelas pessoas voluntárias, Presidentes de Associação de Bairro, a Cooperativa, e que tem pessoas que tem interesse em ver solucionado os problemas que está colocado aqui com o fechamento de mais uma linha de produção da NOVELIS. Eu queria apenas fazer uma pergunta para o Gerente da NOVELIS o Senhor Ruy Oyama, que é o seguinte, a gente que a fábrica de Ouro Preto, a primeira fábrica do Brasil em produção de alumínio, tem mais de cinquenta anos que ela está funcionando, como já se colocou ai que algumas linhas foram desativadas por questões ambientais que não compensava investimentos para que elas continuassem funcionando, o Senhor colocou aqui muito bem que ela é das usinas de produção de alumínio a segunda menor do Brasil, então eu queria que o Senhor explicasse se compensa ainda para a NOVELIS manter uma estrutura tão antiga funcionando, ou por quanto tempo ainda essa usina ainda continua a funcionar, com o equipamento que está lá, ela pode continuar funcionando, por exemplo, por vinte, trinta, cinquenta anos, porque o fato da NOVELIS está investindo em mais usinas hidrelétricas pra chegar a cem por cento, é claro que ela sai do mercado metalúrgico, que é produção de alumínio e vai para o mercado de vender energia elétrica que a gente está vendo aí que está muito bom, preços altíssimos, então eu queria um esclarecimento em relação a essa questão, quantos anos mais a estrutura da NOVELIS hoje, a gente consegui produzir lucrativamente para a empresa, muito obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Dois minutos por favor pra responder por favor Ruy.” Ruy Oyama: “Ao longo desses últimos mais especificamente, depois de dois mil e quatro a NOVELIS, antes anteriormente ALCAN, passou por uma série de mudanças acionárias, nós éramos ALCAN até janeiro de dois mil e cinco, passamos a ser NOVELIS e fomos adquiridos agora em maio de dois mil e seis, e em dois mil e sete pelo grupo Indiano Aditya Birla. Um período de grande dificuldade eu acho que nós passamos foi esse período de dois mil e cinco até a aquisição pelo Grupo Aditya Birla, porque esse comentário? Quando nós passamos a ser NOVELIS, NOVELIS era uma empresa tipicamente de produção de produtos laminados, ela poderia comprar alumínio de terceiros e fazer a produção da chapa e produzir os produtos ai, os produtos laminados. A partir da aquisição nossa pelo Grupo Aditya Birla, realmente mudou um pouco esse cenário, porque esse grupo Aditya Birla tem uma subsidiária que se chama Hindalco, que ela produz alumínio primário, algo em torno de quatrocentos e cinquenta mil toneladas na Índia. Então o grupo de primários, ele tomou bastante força e tornou-se uma área de interesse para esse Grupo Hindalco que é afiliada da Aditya Birla. Então esse ponto é dos aspectos bastante importantes que a gente deve considerar nessa continuidade operacional nossa. O aspecto em termos de tecnologia, fábrica pequena, ao longo desse período todo que nós passamos, a fábrica foi construída em mil novecentos e trinta e quatro, mas naquela ocasião eu acho que a gente não produzia alumínio, era ácido sulfúrico e sulfato de alumínio, ela passou a produz alumínio mais especificamente na época da segunda guerra que foi em mil novecentos e quarenta e cinco, e a ALCAN adquiriu esses (inaudível) em mil novecentos e cinquenta. Então essa redução um, que a gente diz que foi desligada, ela foi construída por volta desse período. Então ela era realmente uma daquelas fábricas de tecnologia um pouco antiga, vamos dizer assim. A redução dois e a redução três foram construídas na década de sessenta e a redução três em mil novecentos e setenta e nove, parece que foi o início de operação. São fábricas pequenas, são fábricas pequenas, mas a gente tem acompanhado o desenvolvimento de tecnologia e a gente tem feito investimentos ao longo desse período, controle de processo, melhoria do consumo de energia, coisas dessa natureza. Então nós temos ainda boas condições de competitividade dentro desse cenário da indústria de alumínio dentro do Brasil. Um outro aspecto bastante importante que a gente tem que colocar é, a fábrica de alumínio funciona principalmente em cima de dois pilares básicos, bauxita e energia elétrica. Bauxita nós temos aqui, eu acho que o Clóvis comentou aqui, pra mais de cinquenta anos, considerando as reservas dessa região nossa e alguma coisa que tem na Zona da Mata, Carangola, Cataguases, essa região. E energia elétrica é que nós temos parte dela dentro dessa necessidade nossa, que agora a gente está construindo a ponte para ter essa autossuficiência em energia, não sei se respondeu a pergunta. Bauxita é cinquenta anos aí se tiver energia é consequência da continuidade operacional do processo.” Vereador Flávio Andrade: “Dando sequência as perguntas, temos quatro pessoas inscritas, a Nilma Aparecida, o Geraldo Evangelista, o Geraldo Santa Rita, o Eduardo Evangelista Ferreira e Wilson Jorge Moreira. Pela ordem com a palavra Nilma Aparecida que é assessora do Deputado Estadual Padre João.” Nilma Aparecida: “Boa noite a todos, boa noite a Mesa, essa questão desses contratos CEMIG Indústria eu acho que me parece um senso comum que as pessoas que as pessoas desconheçam essa relação, mas mesmo assim eu gostaria de fazer algumas colocações. A gente sabe que Minas é a energia mais cara do país, isso foi debatido nos órgãos de imprensa, todos nós aqui devemos ter acompanhado essa discussão. Então a questão da sustentabilidade da CEMIG eu penso que está garantida, porque se os outros Estados fornecem energia a um preço mais baixo, e tem a sua sustentabilidade. Não teria porque a CEMIG está correndo o risco de não ter o seu serviço pagos pelo custo que ela cobra. Eu penso que seria interessante que a CEMIG tivesse um plano B, para contemporizar essas questões ambientais, porque elas são previsíveis, inclusive em nível de planeta. O que eu penso é que hoje a energia elétrica não possa ser um fator de fechamento de empresas e desemprego, acho que a CEMIG precisa ter um plano b. Eu vejo também uma coisa no mínimo curiosa, porque a gente não tem no país um problema de energia elétrica, o Brasil está bem nessa questão de energia elétrica, Minas é um dos Estado que tem grandes usinas hidrelétricas, então me parece incoerente que a gente esteja passando e sofrendo tanto assim com essa questão da estiagem que é inclusive um fator previsível. Uma outra ponderação que eu gostaria de fazer e não a faço com conhecimentos técnicos em economia, mas a gente sabe que de uma forma, dentro de um senso comum, que custo inclui risco, uma empresa, quando ela vai fazer o seu custo, ela considera as variantes, as questões todas. Ai eu faria uma pergunta para o Senhor Ruy Oyama, se a NOVELIS dessa forma não teria se preparado pra esse risco, pra essa oscilação dessa energia, porque nós vimos aqui, uma energia custou quinhentos e sessenta, duzentos e sessenta, cento e sessenta, cento e vinte e seis, então tem um preço lá em cima, mas também tem um preço lá em baixo. E ai a gente fica pensando se na hora de calcular esse custo de produção, se isso não é considerado pra que um determinado caminhar dessa empresa, que hoje a gente sabe, que é uma empresa séria e importante para a cidade de Ouro Preto, que gente esteja passando agora por uma questão de um possível desemprego. Eu gostaria de registrar também o que Deputado Padre João, de quem eu sou representante aqui hoje, fez um requerimento à Comissão de Trabalho, Previdência e Ação Social visando Senhor Oyama, apoiar essa discussão entre a empresa NOVELIS e Companhia de Energia Elétrica CEMIG, tá bem? Obrigada.” Vereador Flávio Andrade: “ A Mesa agradece a fala da Nilma, pedimos então a resposta do Ruy Oyama quanto ao custo.” Ruy Oyama: “Naturalmente essa questão do risco ela é suportável dentro de certos limites, e falando mais especificamente desse momento que nós passamos nesse ano, isso foi uma surpresa para nós. A gente não esperava que isso acontecesse, acho que o próprio depoimento do Túlio aqui também, eu acho que ele chegou a direcionar algo nessa direção. Ele mesmo, a própria (inaudível) que convive com esse processo, eu acho que quase ninguém esperava algo que chegasse (inaudível).” Vereador Flávio Andrade: “Passamos a palavra agora para Geraldo Evangelista Mendes, Geraldo Santa Rita.” Geraldo Evangelista Mendes: “Boa noite a todos e a todas, eu comecei minha vida profissional trabalhando na ALCAN, aos quatorze anos de idade. Trabalhei até por volta de dezessete anos e meio, sai, fui pra usina esperança, trabalhei um tempo lá e voltei aos vinte e um anos de idade pra trabalhar então na ALCAN. Trabalhei por volta de vinte dois anos na ALCAN. Tive a felicidade de trabalhar na redução um, redução dois e redução três, também fui dirigente sindical por um certo período, e fui (inaudível) alguns mandatos dentro da fábrica. Então eu tenho conhecimento, estabilidade para falar alguma coisa aqui com relação à ALCAN. Foi dito por várias pessoas ai, ALCAN desde oitenta e cinco pra cá, ela vem decaindo no mercado aqui em Ouro Preto, no mercado de trabalho. Reduzindo alguns postos de trabalho individualmente, encerrando atividades de produção em algumas linhas de produção, como foi dito ai. E nesse período nós não, eu principalmente não consegui ver, apesar do absoluto lucro que a empresa vinha a anos e anos acumulando e a gente sabia disso ai, mas não vieram investindo, principalmente em energia que deveria ter investido. Em reforma da quadra, conforme estamos falando aqui da linha dois. O Vereador Bartola que também foi meu colega de trabalho, também deveria está ai pra poder esclarecer mais pra gente, ele foi um cara que trabalhou lá diretamente como encarregado de setor, encarregado de linha., mas na situação que está hoje, eu garanti, mas estou quase a dizer que a linha dois é impossível, é incapaz que ela volte a operacionalização devido a vários fatores, desde ambiental até mesmo a estrutura da linha em si. Não ofereci mais capacidade de operar com competitividade no mercado. Eu só queria deixar aqui o meu alerta com relação a redução do quinto turno, eu não entendo qual o significado dessa redução do quinto turno, pois para ter uma operação ininterrupta de vinte e quatro horas, os cinco turnos é justamente para operar nas vinte e quatro horas. Vai reduzir o turno, e como a fábrica vai ser operada vinte e quatro horas? Vai aumentar a carga horária dos trabalhadores? Como que vai ser isso? Os trabalhadores vão trabalhar diuturnamente sem folga? Então isso, com sinceridade é uma coisa que eu quero esclarecimento do Dr. Ruy e também o Sindicato para esclarecer mais para comunidade por que isso está um bicho de sete cabeças, porque está todo mundo perguntando na rua isso ai, e a gente não tem como falar disso não, porque o quinto turno é justamente para (inaudível). Já reduziu o quadro de funcionários, mas o turno não tem como reduzir não, vai reduzir um turno e fabrica vai parar um horário? Então é isso que eu queria esclarecer e dizer que estou aqui hoje, aposentei, estou aposentado mas estou de braços abertos para ajudar meus companheiros ai na luta do dia a dia, inclusive para que a fábrica volte a operar porque é uma grande fonte de lucro para nossa região aqui do Município de Ouro Preto.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece a fala do Geraldo Santa Rita e alguma manifestação do Ruy Oyama pela empresa, quanto a dúvida do quinto turno e a possibilidade de retomar ou não a redução.” Ruy Oyama: “Quanto a primeira pergunta a respeito do retorno da redução dois eu acho que a gente já comentou bastante a respeito disso, a nossa intenção é retornar. Quanto a questão do quinto turno, nós estamos discutindo com o Sindicato, é uma questão de competitividade. Nada disso vai ser feito sem discussão em conjunto com o Sindicato e nós estamos encaminhando essas discussões ao longo desse processo.” Vereador Flávio Andrade: “Passamos a próxima pergunta, é do Eduardo Evangelista Ferreira, mais dois inscritos que é o Wilson Jorge e o Gílson Moutinho, quem quiser fazer pergunta se inscreva com a Beth da Secretaria, e lembrando que as pessoas podem participar pela rádio província fm, três, cinco, cinco, um quarenta e três, trinta. Eduardo Evangelista Ferreira com a palavra.” Eduardo Evangelista Ferreira: “Boa noite a todos, eu tenho uma pergunta para o representante da NOVELIS, e uma para o representante da CEMIG. A primeira é para o representante da CEMIG que é o seguinte, quando teve aquele problema de apagão alguns anos atrás, a gente foi sobretaxado com uma taxa ai, justamente para poder prever esses momentos de crise no regime hídrico e coisas desse tipo. Então eu gostaria de saber da CEMIG, qual foi as ações que ela tomou já sabendo dessas possíveis crises na quantidade de chuva. E outra é para a NOVELIS, sabendo sim que nenhuma empresa trabalha com filantropia pura, ela visa lucro, porque está dentro do mercado capitalista, se ela pensa no momento em que ela vai deixar a cidade, se ela já tem um trabalho de prevenir para poder minimizar esse impacto social que ela criar, fechando portas de trabalho da forma que vem sendo feita. E também já estendendo um pouco já, ao representante do Governo, se a Prefeitura também já pensa alguma coisa nesse sentido de tentar precaver nesses momentos de crise, aonde que demissões em massa e Ouro Preto não consegui absorver essa mão de obra que é dispensada. E aí a gente tem um problema social grande, obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Três perguntas, primeiro Dr. Ruy Oyama, CEMIG desculpa,Túlio.” Túlio Randazzo: “Bom, no caso que você disse na época do apagão, do racionamento que foi criado um encargo pra repor as perdas, o que ocorre é igual ao que eu estava explicando ai. Os nossos consumidores, que não somos consumidores livres, nós somos atendidos pela CEMIG distribuição, então nós não tivemos nenhum aumento em nossa conta, por causa desse, dessa explosão de preço que ocorreu. Eu não sou a pessoa mais indicada, mas só pra você não ficar sem resposta e, quer falar alguma coisa? Tá! Então a energia da NOVELIS, ela é fornecida pela CEMIG geração tá, que é outra empresa, apenas vendi energia para a NOVELIS. Então são negócios distintos e um não tem relação com o outro. Essa coisa do setor elétrico a gente chama o nosso pessoal, que é especialista nisso, inclusive que já está mais acostumado para explicar pra população e para o público em geral, inclusive para ficar com um esclarecimento melhor, na verdade são negócios distintos. A CEMIG geração vendi energia para os consumidores livres, para os distribuidores e tudo e a distribuição atende aos consumidores que a gente chama de cativos, então são coisas distintas.” José Antônio de Pinho: “Só clareando mais um pouco a palavra do Túlio, esse, essa taxa emergencial no apagão, ela foi constituída no início do apagão para garantir a disponibilidade de algumas térmicas, caso a situação se prevalecesse e continuasse e assim foi feito até um determinado período após o racionamento em que foi esse encargo tirado da tarifa de toda sociedade. Essa tarifa, esse encargo emergencial, ele não foi um encargo emergencial só da distribuidora CEMIG, foram de todas as distribuidoras do país, e era exatamente para garantir o custo de disponibilidade de algumas outras usinas térmicas para manter o sistema elétrico em funcionamento. Então foi uma conta que foi paga para cobrir o racionamento de dois mil e um que começou em maio e terminou em fevereiro de dois mil e dois. Esse encargo foi um encargo pontual não foi um encargo que prevaleceu na conta dos consumidores a partir do final do racionamento.” Vereador Flávio Andrade: “Eduardo, a segunda pergunta era para?” Ruy Oyama: “Nós estamos passando agora por uma crise, é um momento bastante específico, onde a razão principal dessa crise é o preço da energia onde nós temos um contrato que tornou inviável a produção de alumínio. Quanto a questão ai de deixar a cidade nós não estamos pensando nisso não.” Vereador Flávio Andrade: “Luciano, Chefe de Gabinete do Prefeito.” Dr. Luciano Guimarães: “Bom, a Prefeitura antes de mais nada ela espera que a NOVELIS não deixe as nossas terras, mas obviamente ela colabora para uma diversificação da economia de Ouro Preto, tem que ser entendida de uma forma global. Nós temos que em Ouro Preto uma série de potenciais, o potencial industrial é um deles, nós temos um potencial turístico que vem crescendo muito, inclusive foi diagnosticado recentemente pelo estudo, um diagnóstico feito pela Vale do Rio Doce mostrando como o que crescimento do turismo na nossa região, vem criando novas oportunidades de emprego. A universidade com a expansão dos cursos da nossa região, ela também vai propiciar uma mão de obra mais qualificada e mais diversificada, que vai propiciar inclusive a possibilidade de novos serviços a serem oferecidos pela população local, pra isso a Prefeitura vem discutindo com a Universidade e cidades vizinhas, investimentos na área de infraestrutura não apenas aqui na sede, para absorver essa expansão da UFOP que já é uma realidade. E enfim, o serviço da Prefeitura de Ouro Preto que tem se mostrado de muita presteza não só para resolver o problema das pessoas desempregadas, mas para nos dar um diagnóstico da situação do desemprego no Município, que é o SINE, porque o SINE não só facilita com que a pessoa possa a vir a ser contratada, como ela mostra aquelas áreas em que há carência do profissional. Muitas vezes o desemprego ele ocorre porque você precisa de uma determinada mão de obra, e essa mão de obra não existe no local. E esse diagnóstico feito pelo SINE ele orienta a própria Prefeitura, ele dá subsídio as empresas e a outros serviços. Um preparo de treinamento que aquelas vagas em aberto possa ser preenchidas com mão de obra local.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece a fala do Secretário, do Chefe de Gabinete e passamos a palavra a Wilson Jorge Moreira, ex-funcionário da ALCAN, ex-membro da diretoria do Sindicato e hoje ocupa a presidência da Associação de Moradores do Morro do Cruzeiro, com a palavra Wilson Moreira.” Wilson Moreira: “Boa noite as pessoas que se fizerem presentes aqui nessa assembleia, as pessoas que estão acompanhando através da rádio província. Quero fazer uma indagação para o Senhor Ruy a respeito da NOVELIS, se ela não se preocupa a momento algum em ter a produção de produtos acabados, que na época, eu trabalhei na fábrica de cabos, então era um produto acabado e pelo o que a gente vê aqui na unidade de Saramenha, não tem produto nenhum acabado, se ela não se preocupa com isso, porque? Se ela tem um galpão muito nobre ali na ex fábrica de cabos, que está localizada a beira da BR ali, a rodovia, a fácil acesso e tudo mais, se ela não se preocupa de alguma maneira, botar algum produto acabado aqui, aproveitar a mão de obra e também aproveitar algum tipo de mercado. A outra indagação é que o Senhor Ruy fala de outros fornecedores, quais são eles, além da CEMIG, existem outros fornecedores de energia para NOVELIS? E se há, quais são eles? E se algum momento a NOVELIS deu mais preferência pra esses fornecedores, e agora a CEMIG está boicotando esse negócio com a NOVELIS, uma coisa paira no ar nesse sentido, para esclarecer quais são esses outros fornecedores. Para a CEMIG eu gostaria de indagar o seguinte, salvo engano, no ano passado eu tive acompanhando através do jornal que a CEMIG teve um lucro e o número eu não guardei, um lucro bom, milhões. Então, se a CEMIG acomoda igual a esse caso da NOVELIS, se ela não está tão necessitada de dispor dessa energia e se essa energia sobra, como é que fica essa sobra? Esclarecer isso mais nesse sentido. E também com a relação a compra e venda de energia. Se a NOVELIS amanhã vir a produzir além dos cem por cento que ela necessita ou se tiver sobras, se ela pode vender, como é que ela vende isso ou outra empresa qualquer que venha produzir energia, como é que funciona esse sistema de venda de energia, gostaria dessas informações.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece a fala do Wilson, um histórico combatente ai da questão sindical e comunitária de Ouro Preto, só citamos uma pergunta do Dr. Ruy Oyama que é o Gerente de Operação da Fábrica de Ouro Preto.” Ruy Oyama: “Em relação aos produtos eu não diria só os produtos acabados, a gente as vezes pensa só que nos só produzimos alumínio, mas nós temos uma produção também de químicos que é ligado a alumínios especiais, e isso é feito na fábrica de Ouro Preto. Além disso, quando a gente comenta em novas oportunidades de negócio, acho que foi comentado aqui também na quinta-feira passada pelo Clóvis, nós estamos planejando um investimento aqui na refusão de Ouro Preto, deve acontecer no ano que vem, relacionado a uma produção de chapa com duas ligas diferentes para a indústria automobilística, isto está sendo encaminhado. Então é algo que se agrega dentro desse sistema NOVELIS, mas que está alinhado com a linha de negócios que ela tem. Então ela determina os negócios, mas dentro da linha de atividade que ela opera dentro do Brasil. Então existe um certo critério com relação a isso, mas não está descartado as oportunidades de investimento como eu comentei a respeito desse investimento na refusão. Com relação as oportunidades em ter o fornecedor de energia, o mercado em que a gente opera é um mercado que você tem diversos fornecedores de energia e você faz o contrato a depender da melhor oportunidade que você encontra, e nós firmamos esse contrato dessa forma. Tem outros fornecedores e eu acho que até o ano passado, até o final do ano passado a gente tinha outro fornecedor, que não era CEMIG. Hoje o mercado, eu acho que isso aí até seria um assunto que era melhor a CEMIG comentar sobre isso, porque eles tem mais domínio disso.” Vereador Flávio Andrade: “ Passo a palavra então ao Túlio que é o Gerente da CEMIG para responder as perguntas do Wilson Moreira.” Túlio Randazzo: “Em primeiro lugar, o Senhor perguntou se a gente tinha algum tipo de retalhação. A CEMIG e a NOVELIS tem um relacionamento de longo prazo, e a gente valoriza muito isso, e preza esse relacionamento. Tudo o que está acontecendo em relação a essa contratação de energia foi negociado entre as partes, não tem nenhum tipo de retalhação. A NOVELIS como consumidor livre ela pode comprar energia de qualquer gerador, qualquer gerador do Brasil. Se o gerador estiver localizado aqui no Sudeste ou no Centro-Oeste ela não faz a mínima diferença se ela compra energia da CEMIG, ou da SESP ou da CFL ou de quem seja o gerador, certo. Então é o seguinte, nós temos um relacionamento de muito tempo com a NOVELIS, em geral ela comprou da gente. Não é porque ela em um não comprou que a gente faria alguma coisa diferente, então é assim, isso não existe, a própria NOVELIS pode reforçar isso, com certeza isso nunca existiu. O que ocorreu é o seguinte, essa venda foi introduzida um risco nela, por isso a gente vendia até a um preço um pouco mais barato, então é circunstância da contratação mesmo, tá!. Você perguntou também se a NOVELIS pode vender, assim como a CEMIG ela é geradora, a NOVELIS também é geradora. Então, assim como a CEMIG pode vender para NOVELIS, a NOVELIS também pode vender a energia que ela gera, para qualquer um consumidor livre que esteja no Brasil, parece que meu colega quer complementar mais alguma coisa!.” José Antônio de Pinho: “Só complementar a questão do relacionamento ou seja, isso é o modelo do setor atual, não é só a NOVELIS que se enquadra nessa condição de ter opção de compra de energia de qualquer fornecedor do Brasil. Todo grande cliente que tem dentro da legislação a condição de ser livre, e a Lei de noventa e cinco pra cá vem regulamentando isso, tem a opção de comprar em qualquer lugar do Brasil. A CEMIG geração e transmissão que é fornecedora de energia para a NOVELIS, ela vende energia também no estado de São Paulo, no estado do Rio de Janeiro, no Paraná, nós estamos no mercado nacional. Então essa questão da CEMIG, de ser a CEMIG como se fosse a única empresa fornecedora não existe mais. A NOVELIS é um cliente livre, tem a opção de comprar da CEMIG, como a CEMIG também tem a opção de venda pra ela, caso os negócios sejam viáveis do ponto de vista empresarial. Não existe mais nenhuma relação de negócios que possam gerar algum tipo de valor que as empresas acham que não sejam convenientes. É um negócio como um outro qualquer e as duas empresas enxergam dessa forma, e reforçando o que o Túlio colocou, nosso relacionamento com a NOVELIS é de extrema maturidade, e a questão é pontual também, porque nós temos um contrato que se enquadrou nessa condição, mas a NOVELIS também poderia ter esse contrato que ela tem hoje com a CEMIG, com outro fornecedor e está inserida nessa mesma condição de hoje. Não é se a CEMIG ou não que esse contrato trás essa condição, poderia ser qualquer outro fornecedor.” Vereador Flávio Andrade: “Pois não, o Wilson quer completar a pergunta.” Wilson Moreira: “Só para complementar aqui, para, pelo menos o meu caso eu acredito que deva ter alguém também que tenha essa dúvida, porque pra gente leigo assim, a CEMIG está aqui próxima de nós, eu sou consumidor da CEMIG igual a ALCAN, a NOVELIS é ali. Como se dá isso então da CEMIG, da NOVELIS comprar de outros fornecedores. É através de linhas, como é que é isso? Só pra gente entender, a gente fica meio no ar com essa situação.” José Antônio de Pinho: “O assunto é complexo, nós vamos tentar ser rápido na situação o seguinte, o suprimento da NOVELIS hoje se dá por dois insumos de energia elétrica, um é energia propriamente dita que são vendidas pelos geradores, o outro é pelo o transporte de energia. O transporte de energia que é através dessas linhas que aí estão, ele é um transporte regulado, ele é um transporte que dentro da legislação é garantido a todos os consumidores, porém, ele passa por uma estrutura tarifária, que é também, regulada pela ANEEL que é o órgão que cuida do assunto. Então nós estamos falando aqui do produto que é energia elétrica e não do transporte de energia. O transporte de energia continua com a CEMIG distribuição, é compulsório, nenhuma outra distribuidora de energia poderia está fazendo, tá dentro da nossa área de concessão, mas com a nova regulamentação do setor, as empresas que detinham geração, transmissão e distribuição foram compulsoriamente obrigado a desverticalizar e cada um seguir seu negócio, então são duas coisas distintas. O transporte continua com a CEMIG distribuição regulada dentro do preço, vamos dizer assim, tarifa da ANEEL, e o quesito energia elétrica é que é objeto dessa conversa nossa aqui, que é um outro insumo, que a NOVELIS é livre pra comprar de qualquer outro fornecedor. O transporte compulsoriamente passa pelos fios da distribuidora CEMIG.” Vereador Flávio Andrade: “Satisfeito Wilson? Nós temos inscritos ainda o Gílson Moutinho, José de Arimatéia, Efigênia dos Santos e uma pergunta que chegou pela rádio, passar a palavra para o Gílson Moutinho, solicitar aqui, pra gente poder partir pra última fase do nosso trabalho, quem quiser se inscrever pra fazer alguma pergunta, que o faça durante a fala do Gílson Moutinho, nós encerraremos as inscrições para as falas, e vamos tentar interver alguns encaminhamentos que a gente possa levantar em conjunto, pra se envolver nessa questão.” Gílson Moutinho com a palavra: “Boa noite a todos e a todas aqui presentes, ouvintes da rádio província, meu nome é Gílson, eu moro na Bauxita a vinte e cinco anos, e venho sempre acompanhando as transformações aí ocorridas na NOVELIS, e uma das questões que eu sempre levanto, envio sempre e-mails para a NOVELIS. A respeito da responsabilidade social, tanto a NOVELIS quanto a CEMIG faz uma campanha muito grande em cima disso, da responsabilidade social. E através da fala dos representantes o que eu vi que tanto a NOVELIS quanto a CEMIG fizeram um acordo entre as duas corporações para atender interesses particulares, colocando em segundo plano a sociedade, a população e os trabalhadores. A minha pergunta é o seguinte, a partir do momento que a NOVELIS sacrifica parte dos seus funcionários em benefício da própria empresa para que ela possa se manter competitiva no mercado, estaria colocando em cheque a própria política de responsabilidade social. Outra questão aqui, aproveitando a presença do Poder Público eu espero que o Poder Público acompanhe a atuação dessas empresas, não só em momentos de crise, eu acho que o Poder Público já tinha que ir acompanhando a atuação das empresas a um bom tempo, porque eu to falando isso? O Eduardo já foi até embora, quanto ele falou ai da questão mais econômica, se você pegar as riquezas produzidas hoje em Ouro Preto e distribuir ela por habitante, teríamos aí um arrimo em torno de mil a mil e cem per capita. Isso é uma especulação, mas aí em torno disso. Se você pegar os dados hoje do NEASPOC que é o núcleo de pesquisa de opinião da UFOP, em torno de quarenta e cinco a quarenta e oito por cento da população de Ouro Preto, recebe até dois salários mínimos e se você distribuir isso e dividir pelo número de pessoas, composta na residência, seria um número de quatro pessoas por família, teríamos aí uma renda de cinquenta a cento e noventa reais, não condiz com a realidade de Ouro Preto, com o que é produzido aqui, então eu acho interessante o Poder Público acompanhar a atuação dessas corporações que atua em Ouro Preto, tanto em Ouro Preto quanto Mariana, teve a pergunta mais direcionada ai pro Ruy e também para o Poder Público.” Vereador Flávio Andrade: “Com a palavra então, Ruy Oyama.” Ruy Oyama: “Essa medida que nós tomamos foi uma medida pra gente continuar operando. Nenhuma empresa toma uma decisão de reduzir uma produção nesses níveis que foi tomado, a não ser pela necessidade da continuidade que ela quer permanecer com suas atividades. Dentro desse cenário que foi desenhado, a atividade que foi mais discutida ai que foi mais razoável foi a redução dessa produção nesse nível com a redução do contingente muito menos que o proporcional a redução dessa produção. A nossa intenção é claro, é retornar essas operações nos níveis anteriores que a gente vinha operando.” Vereador Flávio Andrade: “Bom, durante a fala do Gílson, a gente teve mais uma pergunta pelo rádio e mais uma inscrição aqui na plateia, então encerramos as perguntas e vou passar a palavra a José de Arimatéia, membro da Mesa, tinha solicitado uma pergunta.” José de Arimatéia: “Eu quero só responder ao companheiro Santa Rita sobre a (inaudível) de turno Santa Rita. Hoje com o esquema de turno que tem, o pessoal trabalha cinco dois, cinco dois e cinco seis e no período de férias é quatro turno, eles trabalham cinco um, cinco um, cinco dois. Então quando eles estão nesse período cinco um e cinco dois, eles recebem O.3 e quando eles estão no período cinco dois, cinco dois, cinco seis, se nessa é o ponto (inaudível). Se caso acabar com a quinta turma, (inaudível). Então é muito perigoso falar que vai acabar a quinta turma, porque seguramente é mais companheiros que vai ser demitido. E como nós temos um acordo até setembro, acordo assinado e acordo assinado pra nós é força de Lei, e nós não vamos passar em cima de Lei. Então vamos deixar rodar o acordo, na hora que chegar lá na frente é outra conversa, mas agora no momento, Eu como membro do Sindicato, eu acharia que não deveria mexer no acordo assinado, acordo assinado é Lei e Lei tem que ser cumprida. E tem outro acordo também, o aditivo, tem várias coisas lá no aditivo, que é um benefício para o trabalhador e acabando com isso sobra-se só a convenção, e para a empresa é muito mais viável seguir a convenção porque ela é muito enxuta, e esse acordo de turno, todo mundo sabe que em oitenta e oito nós conseguimos isso, através de uma greve, tem trabalhadores que deu o sangue por causa disso, vários trabalhadores. Então isso (inaudível) então no momento a gente não via concordar com isso. Obrigado Senhor Presidente.” Vereador Flávio Andrade: “Na fala do Gílson ele fez uma referência ao Poder Público, o Luciano quer comentar a respeito disso.” Dr. Luciano Guimarães: “Só dizer que o Gílson está correto, e o Poder Público ele procura está monitorando toda atividade econômica do Município constantemente. Pra isso existe uma Secretaria, que é conhecida mais como Secretaria de Cultura e Turismo, mas é uma Secretaria de Comércio e Indústria e que tem uma interface em outras ações, por exemplo a regulamentação na área de Meio Ambiente, hoje todas as empresas elas passam, em todos os seus projetos de expansão, elas passam por exemplo pelo CODEMA, elas tem um, qualquer atuação, o CODEMA hoje, o Vereador Flávio Andrade é atuante nisso, até pela sua vocação partidária, é de fiscalização, de acompanhamento, de busca de novos investimentos, vê ai o trabalho que foi feito pelo Município junto a Associação dos Municípios Mineradores, para a busca dos recursos oriundos do CFEM, é uma briga antiga e agora tem trazido resultados, eu queria destacar o trabalho desta Casa por exemplo, na questão da produção mineral, do trabalho do Vereador Kuruzu, de todos os membros desta Casa, na região de Santa Rita, a busca por novas atividades que promovam a questão do emprego, a questão da renda. Infelizmente tem determinados problemas, os problemas de distribuição de renda, ele é um problema nacional e que exige medidas que atinge toda nação. Nós vimos no decorrer dos últimos anos, uma melhora nesses índices, mas ainda está a quem. Acredito que instrumentos como uma reforma tributária mais forte, a questão tributária é um dos maiores instrumentos de distribuição de renda do mundo. Todos os países que conseguiram avançar nisso, eles avançaram numa questão tributária no ponto de vista de nação, embora nós vejamos um norte do Governo Federal nesse sentido, ainda a muito a ser caminhado.” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado Luciano, próximo pergunta é Efigênia, bem rapidinho por gentileza Gílson.” Gílson Moutinho falou fora do microfone. Dr. Luciano Guimarães: “Sim, um dos exemplos de preocupação do Município nisso são os pre – vestibulares humanistas que existem em Ouro Preto e que são feitos através dos alunos da Universidade, com estrutura que é fornecida pela Prefeitura. E que se nós acompanharmos os dados, nós vemos que todos esses alunos da rede pública, em geral pessoas de baixa renda, conseguiram passar no vestibular e hoje cursam uma universidade pública gratuita.” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado Luciano, temos apenas mais quatro perguntas, a próxima é Efigênia dos Santos Gomes, por gentileza o microfone pra ela.” Efigênia dos Santos Gomes: “Boa noite eu gostaria de fazer uma pergunta para o Chefe da ALCAN, senhor Ruy que ele chama. A ALCAN Alumínio do Brasil, agora NOVELIS foi um sonho quando chegou em Ouro Preto, foi um sonho dos ouro-pretanos e deu muitos empregos aquelas pessoas que residiam em Ouro Preto e mesmo em outros lugares. Eu cumprimento aqui o Sindicato da antiga ALCAN e digo o seguinte, eu aprendi, cresci na minha cidade amando e respeitando a ALCAN Alumínio do Brasil, que hoje é NOVELIS que deixou muitos trabalhadores da cidade, que ao invés de saírem daqui para trabalhar fora, trabalhar dentro da nossa cidade. E agora a minha preocupação como Presidente do Movimento Negro que sou da cidade, a minha preocupação quando a gente ouvi pessoas dizerem que a NOVELIS está fechando as portas, a minha preocupação que Ouro Preto hoje, nossa renda em Ouro Preto é a Universidade Federal de Ouro Preto e a NOVELIS, porque nós não temos mais empresas. Gostaríamos sim que Ouro Preto estivesse igual Itabirito, igual Mariana, que viessem empresas para Ouro Preto, que dessem mais empregos, mas os nossos filhos ouro-pretanos tem que sair daqui para ir pra longe, trabalhar longe porque aqui não tem mais opção. A antiga ALCAN tinha na base de dez mil funcionários num passado bem recente, eu me lembro do Doutor Machado dizendo que esperava que a antiga ALCAN crescesse e multiplicasse, então agora a gente fica triste quando vê que ao invés de multiplicar está diminuindo. Eu gostaria também de dizer para CEMIG que a gente não entendi muito dessa Lei de vocês junto com a NOVELIS, mas como moradora a gente gostaria que tivesse um intercâmbio entre vocês mais sadio para que essa empresa não se acabasse como se acabou a fábrica de tecidos, que era uma potência, que trabalhava várias pessoas e hoje nossa família ouro pretana está se mudando da cidade, porque não tem como trabalhar dentro dessa cidade. Eu vejo o Luciano dizer que aqui existe empregos através daquele setor que emprega as pessoas, que procura mão de obras, mas olha, minha neta, eu fiz a inscrição e eu não consegui o emprego nem que fosse de varredeira de rua pra minha neta. Minha filha saiu de Ouro Preto e meus filhos foram embora, porque eles não tiveram oportunidade, não é porque não tem diploma não, eles estudaram, inclusive na famosa Escola Técnica, são formados na Escola Técnica e tiveram que ir embora daqui. Então eu gostaria muito de pedir que a NOVELIS repensasse a forma de fechar às vezes a redução um, a redução dois, e que olhasse para o lado do trabalhador, porque a gente sabe que as pessoas que trabalham, elas lutam durante o dia, chegam em casa cansadas, mas tem o dinheiro no fim do mês para poder tratar da sua família. Eu fico muito triste quando eu visito a cadeia pública de Ouro Preto e eu vejo tanto jovens presos, sem uma oportunidade de trabalho na minha cidade. Mas eu acredito que Ouro Preto como cidade Monumento Mundial, que é conhecida pelo mundo inteiro, que a NOVELIS já pertenceu aos canadenses e hoje pertence a Índia, aos Indianos, que repense e que veja que Ouro Preto tem um potencial sim. Nós temos o nosso minério que está indo embora, nós temos várias coisas que estão indo embora para o exterior, mas a gente ainda respeita vocês do exterior e sabe que vocês tem o potencial de fazer de Ouro Preto realmente uma cidade Monumento Mundial, só isso que eu queria dizer.” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado Efigênia, uma pergunta que chegou de uma funcionária da NOVELIS via rádio, não quis se identificar. Porque só está despedindo os de menores salários e conservando os encarregados, só está despedindo assalariados, porque essa discriminação? Ruy uma fala para essa servidora que não quis se identificar, ela pergunta pela rádio.” Ruy Oyama: “Isso não é verdade não! Tem de todos os níveis aí.” Vereador Flávio Andrade: “(inaudível). A próxima pergunta é a penúltima, de novo o nosso Wilson Jorge Moreira, com a palavra.” Wilson Jorge Moreira: “A indagação que eu vou fazer agora, ela não tem muito a ver com o momento, mas é mais de início do nascimento da ALCAN, hoje com nova nomenclatura, isso foi lá no...igual o Senhor citou aí, nos anos quarenta e alguma coisa, inclusive eu tive um tio-avô que trabalhou aqui na antiga ALCAN por volta dos anos quarenta por aí assim, sofreu um acidente e tal, e depois veio a falecer. Mas a indagação, mais para reflexão que eu quero ponderar aqui, vou ser até breve, que nós temos aqui também inclusive a representante do Deputado (inaudível), que eu admiro muito. A ALCAN na época estimulou muito aí, não tinha outra maneira de ser, o desmatamento; e na região de onde eu nasci, na região de Piranga vizinha aqui de Ouro Preto, mais conhecida como Manja Léguas, e nas redondezas, Bacalhau onde tem um santuário do Bom Jesus, que esse ano vai se comemorar o centésimo vigésimo terceiro ano de festa jubilosa, e onde eu fiz os meus primeiros anos de escola, e na região de Bandeiras aqui já no Município de Ouro Preto, Salto e também lá a ALCAN fez as usinas geradoras de energia; também de uma certa forma vou até fazer uma crítica aqui, parece que naquela época conseguiu fazer com toda a dificuldade, mas parece que se acomodou nas três usinas que tinham lá, fez mais algumas poucas mas não sei, não vou entrar muito nesse mérito. Mas aí agora hoje chegou nesse problema que está aí: ela foi expandindo, mas não procurou se expandir também na geração de energia e outras coisas. Mas a questão mais assim, que eu quero enfatizar é a questão do desmatamento da região: foi muito desmatado e o povo ficou, vamos dizer assim, acomodado, não foi instruído para ter outras atividades e tal, e tal. Hoje não se produz praticamente nada na região, pode ir lá averiguar a região toda, a gente não acha uma roça de milho, de feijão, de outras. E também se a NOVELIS, a antiga ALCAN hoje NOVELIS, se ela estaria preocupada como o Vereador colocou e outras pessoas, com o lado social de restaurar isso, recuperar. Eu vou até fazer uma colocação aqui que essa questão da ALCAN na época era tão assim interessante, que até quando se abriu a estrada para carro, porque até então era tudo feito através de lombo de burro, tinha uns locais que chamava (inaudível), onde se acumulava carvões, tem uma região que se chamava, aqui na região do Salto, eu não sei bem o nome, depois lá na região mais de Bandeiras mais lá aproximando de Piranga, se chamava Iaia, e já depois lá na região de Piranga, dentro de Bacalhau mesmo, quando eu entrei para a escola, que eu lembro muito disso, com bastante lembrança, tinha um local que chamava (inaudível) onde se acumulava o carvão, media e tal, e depois dali transportava. Estou colocando assim para entender...” Vereador Flávio Andrade: “Wilson, dá uma concluída para nós por gentileza.” Wilson Jorge Moreira: “...heim?” Vereador Flávio Andrade: “Conclua sua fala e sua pergunta.” Wilson Jorge Moreira: “Eu vou concluir mas eu estou aproveitando assim um tempinho de muita gente que não usou os dez minutos e tal, você até me desculpa. Mas é interessante essa história, porque Ouro Preto vive de história: então nessa época, a ALCAN tinha até porteira fechada de cadeado...não é nada anormal não, é da época, para se passar tem até pessoas, ainda filhos dessas pessoas que tomavam conta da porteira. Então é uma história até que deveria ser resgatada lá nessa região que eu estou falando. Se...eu não diria de coronelismo, era o sistema da época; mas então eu gostaria de saber do Doutor Ruy aí e o outro companheiro lá da ALCAN, se a NOVELIS pensa assim em resgatar isso, de alguma maneira, por exemplo: que eu sugiro na região uma coisa muito necessária é estrada; o meio de comunicação para interligar hoje são quarenta e cinco quilômetros de estrada de terra ainda, interligar Santa Rita a Piranga, estaria beneficiando, retratando, restaurando alguma coisa nesse sentido, porque inclusive a ALCAN na época absorveu muita mão de obra oriunda da área rural, e a área rural ficou muito assim, esfacelada, muito esquecida. Não estou culpando não, vou até dar um depoimento rapidinho: o meu lar, o meu lar hoje eu tenho advindo do meu trabalho na ALCAN; claro que meu mérito mas foi de um processo lá que eu fui contemplado com uma moradia, onde o companheiro ali colocou, que a gente mora há vinte e cinco anos; então eu tenho essa gratidão, também do meu mérito né! Só para não ficar assim, como que eu estou só acusando e coisa, mas levantando uma história. Obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado Wilson, Ruy, algum comentário?” Ruy Oyama: “É, eu acho que o processo histórico aí é bastante extenso. Essa questão do lado ambiental, eu acho que a gente continua, é claro que tem as oportunidades que são primordiais, que tem uma prioridade na hora de fazer determinadas melhorias nesse processo; mas normalmente a gente tem um programa que é discutido anualmente e que segue o processo, agora é difícil você pegar tudo isso, ainda mais com esse histórico que você fez aí eu acho que poucas pessoas conhecem isso. Então eu acho que todo ano nós temos uma relação de projetos que são desenvolvidos junto com a comunidade, acho que tem representantes na comunidade que participam na eleição desses projetos, seleção de projetos que são desenvolvidos em conjunto com as comunidades que nós temos atuação, que são Ouro Preto aonde tem as usinas, anualmente é feito isso.” Vereador Flávio Andrade: “A última pergunta é do Walter dirigido à CEMIG. É fato que a CEMIG comprou a LIGHT do Rio de Janeiro, e lá o preço caiu para o consumidor?” Túlio Randazzo: “Novamente não é um assunto da NOVELIS, a LIGHT foi comprada por um consórcio de empresas do qual a CEMIG faz parte mas ela não é maioritária nesse consórcio não. Em relação à tarifa lá da LIGHT eu também não tenho informação não.” Vereador Flávio Andrade: “Obrigado. Gente, a última parte do nosso trabalho, a gente pensa sempre em não perder esse momento tão rico, em dar sequência a ele, por parte da Câmara como eu informei no começo, nós já temos essa Comissão Especial montada, foi criada na última reunião, o requerimento dessa Audiência foi proposto pelo Vereador Kuruzu, Leonardo Barbosa e por mim, o Presidente compôs a Comissão composta por mim como Presidente, Vereador Leonardo Barbosa e Vereador Júlio Pimenta, e a nossa ideia é dar sequência a essa nossa conversa. Como eu falei no início, nós, o nosso esforço é político, é de articulação, é de divulgação, é de conversa, é de diálogo. Então entendo que a gente podia pensar, vejo três pontos que eu acho mais importantes que podem ser destacados desse processo todo: primeiro, uma questão mais emergencial, de assistência aos demitidos; a empresa (inaudível), já tem feito alguma coisa, pensarmos juntos se pode ser feito mais. Segunda questão: a questão das alternativas que estão colocadas hoje, o que pode se fazer, pensou-se em novos produtos, pensou-se se a empresa tem outras ideias. E o terceiro ponto seria a questão da energia em si, que estaria atrelada aí a esse acompanhamento ou licenciamento ambiental, que é onde eu acho que nós da classe política podemos agir com mais desenvoltura, pressionar mais. Sabemos que são processos complexos, complicados, difíceis, às vezes muito demorados, dois, três, quatro, cinco anos, acompanhamos há pouco tempo a discussão nacional do licenciamento daquelas usinas do Rio Madeira no Amazonas, é um embate até muito grande entre a área mais desenvolvimentista do Governo e a área ambiental; então são processos complicados mas entendo que nós aqui da Câmara de Ouro Preto com Deputados, com Sindicatos, com outros atores, nós podemos trabalhar para que isso seja agilizado. Eu queria sugerir que o nosso trabalho, que a sequência dele, Ruy, CEMIG, Sindicato e Prefeitura seja uma reunião dessa nossa Comissão com a empresa, com a NOVELIS, com alguém da CEMIG, alguém do Sindicato e da Prefeitura, para que a gente possa pensar nisso: o quê que dá para se fazer agora no tocante energia? Já está se fazendo, a Prefeitura já está fazendo? A NOVELIS também, o Sindicato também? O quê podemos fazer juntos no tocante energia, assistência aos demitidos, a agilização do processo ambiental. Então eu entendo que poderia ser um desdobramento prático da nossa Audiência Pública de hoje, que a gente marque ainda essa semana um encontro dessa Comissão nossa da Câmara com a empresa, com a CEMIG, a NOVELIS, o Sindicato e a Prefeitura, para que a gente possa demarcar um plano de trabalho nosso, e correr atrás dessas questões. Sugestão que coloco aos meus companheiros Vereadores e aos nossos convidados, para que tenha uma sequência concreta desse trabalho; eu gostaria de ouvir o Vereador Kuruzu, o Vereador Léo se eles estariam de acordo com esse encaminhamento. Tudo bem, Vereador Léo, tudo bem? NOVELIS, CEMIG, Sindicato e Prefeitura estariam de acordo que a gente desse sequência numa reunião ainda essa semana, que a gente agendaria logo na sequência aqui, pode ser? Então eu acho que temos e tínhamos plena consciência que não ia ser resolvido nada hoje, o quê nós queremos, sempre fazemos e a Câmara, ressaltando, é a nonagésima segunda Audiência Pública desse mandato. Então por noventa e duas vezes nós tivemos reunidos aqui com esse espírito, com esse esforço, com essa riqueza, com essa polêmica, para poder achar caminhos para os mais variados assuntos; tenho certeza que a gente está cumprindo o nosso papel de representante de Ouro Preto. Mais uma vez destaco a presença das entidades e queria uma palavra de dois minutos de cada membro da mesa, para que a gente possa ter a sua mensagem final e o encerramento. Luciano, chefe de Gabinete do Prefeito, Vereador Kuruzu com a palavra.” Vereador Wanderley Kuruzu: “Eu serei breve aqui, reiterar o seu agradecimento aí ao Doutor Luciano, ao Doutor Ruy, também ao Túlio e ao Arimatéia representantes aqui compondo a mesa, também a Associação Comercial representada aqui pelo William Adeodato, o Deputado Padre João que enviou o representante para essa Audiência, o Padre João tem sempre acompanhado as questões de Ouro Preto. Eu queria destacar viu Flávio, as palavras do Gílson Moutinho: não são muitas pessoas em Ouro Preto que fazem essa...que estudam e que refletem sobre isso; Ouro Preto é uma cidade, um Município relativamente alto, o PIB per capita, o Produto Interno Bruto per capita, mas ao mesmo tempo de uma carência social muito grande, então é um Município com grande concentração de riqueza nas mãos de poucas pessoas. O Gílson foi feliz em abordar esse assunto nesta reunião; o quê a gente percebe é que nossa classe política se preocupou pouco com as questões da economia local por muito tempo. O Doutor Luciano já disse a respeito da mineração, muitas informações que eu obtive esses dias visitando a portaria da ALCAN, conversando sobre esse assunto, eu não tinha antes; então eu percebo que a gente está despertando da necessidade dos políticos preocuparem com as coisas maiores da Cidade, não só do poste, no quebra mola, no bueiro entupido que são importantes também, mas preocupar com as questões maiores, e eu vejo que essa Casa tem dado demonstração de interesse em conhecer melhor e intervir na medida do possível nessas questões. Foi dito aí uma questão também que eu queria sublinhar, é o fato de a mineração, a gente tem, tudo aquilo que depende da mineração, todos empregos que adi vem da atividade mineradora deve ter sempre a preocupação, porque um dia acaba, é bem finito, e o Município, as empresas, dentro das suas responsabilidades sociais, tem que está preocupados com isso. Quando a NOVELIS fechar definitivamente, quando a Vale do Rio Doce não for mais economicamente interessante, extração do ferro, Samarco e etc, o que será? Vamos viver uma nova crise de um ciclo de outro mineral, antes foi do ouro e agora vamos viver outra crise? O que vai se por no lugar? O turismo absorve uma parte, mas não absorve tudo. A gente sabe que Ouro Preto não é muito atrativo para a instalação de uma indústria, devido ao relevo, infraestrutura precária e etc. Mas a região de Cachoeira do Campo, Amarantina, a gente vê nos jornais que Itabirito tem recebido novas empresas, tenho visto propagandas, notícias da Prefeitura de lá. Seria importante, eu acho, a gente pensar nisso. Se vem para, instala novas empresas, novas indústrias, gera-se emprego em Itabirito. Não seria possível isso ser feito em Cachoeira do Campo, em Amarantina, que ali é muito próximo. Então em Cachoeira do Campo é preciso pensar talvez lá, num polo industrial. É preciso conversar também com a comunidade lá pra ver o que ela acha disso, mas penso que seria uma saída. Outra coisa que eu queria dizer ao Senhor Oyama, especialmente, eu, uma questão mais localizada, mas eu frequento muito o Salto, o distrito de Santo Antônio do Salto. O Salto chegou a ter duzentos e tanto, segundo o depoimento de pessoas lá mais idosas, chegou a ter duzentos e tantos pessoas trabalhando na antiga ALCAN, hoje são vinte e oito, salvo engano. E aquele lugar é um lugar que produz uma riqueza muito grande para a NOVELIS, que são as três, resultados do funcionamento das três usinas. E é um lugar que ficou muito abandonado, então eu acho que a empresa NOVELIS se pudesse ter um pouquinho mais de atenção lá com a comunidade do Salto, e um trauma do povo do Salto é aquela estrada na margem do canal. Foi feito um canal e a estrada ficou estreitinha ali do lado. Nem uma pavimentação tem, vira e mexe cai carros, ônibus naqueles buracos, então se a NOVELIS pudesse dentro do seu compromisso social, olhar um pouco mais para a localidade do Salto, o povo do Salto a gente sabe que muitas coisas são de responsabilidade do Município, mas a gente sabe também da responsabilidade social que a empresa NOVELIS tem. Alternativa de geração de trabalho e renda para aquela população e a gente vê assim, fixando as pessoas no distrito é uma forma também da gente preservar o nosso patrimônio tão falado, patrimônio cultural, não é! Porque diminui a pressão nesse chamado Centro Histórico. Então, pedir a NOVELIS ter uma política diferenciada para a localidade do Salto. Esses dias eu me surpreendi ao ver a população do Salto solicitar da NOVELIS equipamentos para uma banda de música, eles tão criando lá. É um dos poucos distritos de Ouro Preto que não tem uma banda de música é o Salto, e a NOVELIS disse que não poderia dar esses instrumentos. Então, aproveitando essa oportunidade de conversar com o Senhor, não é sempre que a gente tem essa possibilidade, trazer aqui esse pedido, essa atenção para a comunidade de Santo Antônio do Salto, inclusive, repito, nesse momento está tentando montar uma banda, não consegui, porque não tem instrumentos, e a empresa que disse que pra eles conseguirem, já registraram a entidade, já está tudo ok, para conseguirem eles teriam que entrar na mesma fila, na fila comum, do patrocínio NOVELIS, não é! A NOVELIS tem um programa lá, que faria, que daria esse tipo de benefício, mas queria pedir ao Senhor que tivesse uma atenção especial com aquele povo, em função dessa grande riqueza, em função de toda história, e de grande parte, e boa parte da riqueza da NOVELIS está sendo produzida até hoje ali na região do Santo Antônio do Salto, obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “Queria aproveitar, antes de passar a Mesa para as mensagens finais, uma mensagem que chegou ao telefone que a transmissão não está boa não, parece que está com soluço e que a voz do Kuruzu tinha sumido agora com o final da fala dele. Pedir a mensagem então para os nossos convidados da Mesa primeira fala do Luciano representando a Prefeitura.” Luciano Guimarães: “Quero parabenizar os signatários do requerimento da audiência pública, esta Casa vem mantendo essa vocação, um debate franco, aberto, e uma participação muito forte dos Vereadores, eu acho que é o que as pessoas esperam do Poder Legislativo, e dizer que a Prefeitura, ela pretende colaborar nesse debate na melhor maneira possível, boa noite.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece e passo a palavra para a mensagem final para o Ruy Oyama, que é o Gerente de Operação da fábrica de Ouro Preto.” Ruy Oyama: “Obrigado por essa oportunidade de está esclarecendo esse assunto, e obrigado também a todos os participantes que proporcionaram esse debate bastante esclarecedor. Eu acho que como mensagem principal, eu acho que nós vamos continuar nesse processo de encontrar uma alternativa para essa solução, nunca foi intenção nossa em encerrar negócio, atividade aqui em Ouro Preto e a gente espera que construa essa ponte, até a construção das nossas usinas e como breve que a gente gostaria que fosse, mas é claro que isso só não depende só da gente, eu acho que tem que ser construído em conjunto com as partes interessadas, todas que estão nesse processo, muito obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece e passamos a palavra ao Túlio Randazzo, que é o Analista de Relacionamento Corporativo da CEMIG para sua mensagem final.” Túlio Randazzo: “Nós também agradecemos a presença e a oportunidade de participar aqui, o convite da Câmara e queria deixar registrado aqui, que a nossa busca por uma solução não terminou, com esse desligamento, que nós estamos atentos a oportunidades do mercado, e tão logo a gente encontre uma solução, a gente vai conversar com a NOVELIS e vamos tentar reverter essa situação, obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece e a mensagem final do nosso amigo José de Arimatéia do Sindicato dos Metalúrgicos.” José de Arimatéia: “ Eu quero agradecer a plenária, a Mesa, os ouvintes da rádio província, agradecer a Mesa o debate, a discussão, muito respeito, e a gente vai continuar aí buscando as alternativas, vamos continuar negociando tá! O que for bom para o trabalhador vamos negociar, claro que o Sindicato que não quer negociar tem que fechar as portas, e isso nós não vamos fazer. Então o que for alternativa para o trabalhador, nós vamos buscar, muito obrigado.” Vereador Flávio Andrade: “A Mesa agradece então a presença de todos aqui, especialmente aos nossos convidados da Mesa, o Luciano, O Ruy, o Túlio, o José de Arimatéia, a Associação Comercial, a Nilma representando o Padre João, a Sociedade São Vicente de Paula, a Associação de Moradores do Antônio Dias, do Morro do Cruzeiro e do Morro Santana, a COOTROP, tivemos também a presença do Movimento Familiar Cristão. Temos certeza que a Câmara deu um passo na prática da cidadania, muito obrigado e boa noite a todos.” Não havendo mais nada a tratar, a Audiência Pública foi encerrada pelo Presidente e, para constar, Marcelo Sérgio de Oliveira Rocha, Agente Legislativo I desta Casa, lavrou esta ata em dezessete de setembro de dois mil e doze.