ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO, REALIZADA EM 01 DE JULHO DE 2010.

 

Ao primeiro dia do mês de julho de dois mil e dez, realizou-se a Audiência Pública Supracitada realizada na Câmara Municipal de Ouro Preto, presidida pelo Vereador Flávio Andrade. Vereador Flávio Andrade: "Numa dessas reuniões anteriores da semana passada nós recebemos na Tribuna Livre da Câmara, a visita dos companheiros Teteco e Rominho da Brigada Um, que vieram falar sobre o trabalho de Combate ao Incêndio, e eu sugeri então que a gente pudesse fazer essa Audiência Pública e a ideia era conhecer o trabalho que nós temos hoje, seja por parte da Brigada Um, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Corpo de Bombeiros, das Empresas, e tentar articular as nossas ações, nossos trabalhos daqui para frente. Vou quebrar um pouquinho o protocolo de nossas Audiências Públicas e pedir que cada um se apresente para poder falar quem é, e quem está representando. Começando pelo Roninho aqui na frente, Roninho, pega o microfone para a voz bonita sair para todo mundo." Roninho: "Pronto? Ronald Guerra, Roninho, eu coordeno a Secretaria de Meio Ambiente em ouro Preto aqui." Rogéria Trindade: "Boa noite, Rogéria Trindade, Diretora de Meio Ambiente da Secretaria de Meio ambiente de Ouro Preto." Juarez: "Boa noite, Juarez, Gerente do Parque Estadual do Itacolomi, IEF." Gilciana: "Boa noite, Gilciana, Analista de Meio Ambiente, Samarco." Rodrigo: "Rodrigo, Gerente do Meio Ambiente da Samarco." Sidnéia: "Sidnéia, Diretora de Promoção Cultural da Prefeitura e Brigadista." Edenir: "Edenir, conhecido como Teteco, Coordenador da Brigada Um, Ouro Preto." Alessandra: "Boa noite, Alessandra, eu vim representando o José Miguel da Secretaria do Meio Ambiente." Yan: "Yan, morador da Comunidade de Lavras Novas e membro da Brigada Um." Rafael: "Rafael, sou Brigadista da B1." Juscelino Gonçalves: "Boa noite, Juscelino Gonçalves, Sargento do Corpo de Bombeiro de Ouro Preto." Dora: "Dora, da Brigada Um." Rômulo: "Eu sou o Rômulo, sou Coordenador da Brigada Um de Ouro Preto." Raquel: "Meu nome é Raquel da Floresta Estadual do AMI E IEF." Vereador Flávio Andrade: "Levi, você é o último, passa para o Levi lá senão ele vai ficar triste" Levi: "Levi, eu sou do Jornal o Tempo dos Inconfidentes." Vereador Flávio Andrade: "Sejam todos bem vindos, a Câmara agradece a presença de todos, não vou compor mesa não para nós podermos fazer de maneira meio informal; eu queria pedir então que os membros da Brigada Um apresentassem o trabalho que foi apresentado aqui na Câmara, e depois nós vamos conversar sobre cada instituição presente. Agradeço a presença de todos, é muito importante, depois a gente conversa sobre o quê que cada uma pode fazer ou já faz no tocante a Combate, Prevenção e Combate de Incêndio. Teteco e Rominho quem vem cantar para nós aqui hoje? Rômulo Reis Pereira e o Teteco, com a palavra. Você está bom? Já que você chegou apaga a luz de cá para nós fazendo um favor, é só essa do canto aqui, não me pergunta qual botão que é não porque eu não sei, é outro.. aí...beleza, obrigado." Rômulo Pereira: "Bom gente, boa noite a todos, conforme o Flávio falou, essa Audiência, ela surgiu de uma reunião que teve aqui na Câmara, que a gente apresentou nosso trabalho, então eu vou fazer a mesma apresentação que foi feita da outra vez; a gente apresenta aqui um pouco do trabalho, o surgimento da Brigada, um pouco do histórico e dos trabalhos que a gente desenvolve. Bom, então, como que surgiu a Brigada Um? Ela surgiu inicialmente por uma Brigada que se chamou, a gente denominou Brigada Ouro Preto, que foi a primeira Brigada de Prevenção e Combate ao Incêndio do Município, ela foi formada a partir dos cursos realizados em dois mil e seis e dois mil e sete, diversas pessoas fizeram; então um grupo de pessoas se juntou e resolveu montar essa Brigada em Ouro Preto, Brigada Ouro Preto em dois mil e sete. Então no próprio ano de dois mil e sete foram realizados cerca de cinquenta e cinco combates, em apoio, o apoio que a gente recebia na época da Secretaria de Meio Ambiente principalmente, para a execução dos trabalhos, e diversos desses trabalhos a gente deparou, a gente teve a oportunidade de trabalhar junto com a Brigada Um de Belo Horizonte. Então a gente conversou bastante, pode passar Teteco... e pensamos também na possibilidade de se criar uma ONG em Ouro Preto para Prevenção e Combate ao Incêndio, assim como era a B1 em Belo Horizonte, só que depois dessas conversas todas para criação,a gente fez algumas reuniões com a equipe de BH para ver qual que era a possibilidade de se criar essa Brigada, como é que foi lá em BH essa criação; então eles sugeriram que ao invés da gente criar uma nova ONG, a gente filiasse, criasse um núcleo da ONG Brigada Um de BH, criasse um núcleo aqui em Ouro Preto. Então foram feitas adequações no Estatuto da Brigada Um, e se criou então no ano de dois mil e oito a Brigada Um Ouro Preto; então a partir de dois mil e oito deixou de existir a Brigada Ouro Preto que era a Brigada Voluntária, e passou a ser de Brigada Voluntária para Brigada Um Ouro Preto. Então um pouco da Brigada Um foi fundada em BH que é a que a gente faz parte hoje, ela foi criada em dois mil e um, por um grupo de jipeiros, que durante as suas atividades lá na mata, se deparavam com diversos incêndios florestais e não tinham condições de combatê-los, não tinha recursos e a única forma que eles tinham de ajudar nos combates seria através, auxiliando no transporte; então eles resolveram criar uma ONG em dois mil e três para fazer essas atividades; fizeram treinamento, então criou-se então a Brigada Um, e os principais trabalhos, eles ocorreram na região Metropolitana de Belo Horizonte, e hoje a Brigada, ela conta com aproximadamente com oitenta voluntários, isso lá em Belo Horizonte. Ele, desde dois mil e seis então, constantemente são feitos cursos de formação de novos Brigadistas. A própria equipe da Brigada de BH, ela tem instrutores para isso, então foram criados, treinados, instrutores para poder fazer essa formação, inclusive daqui a pouco um deles vai estar chegando aí, me ligou já está vindo. Além disso, são feitas campanhas educativas, Blitz ecológicas, campanhas preventivas de Combate a Incêndio, e tem diversas participações e Conselhos, pode passar. Essa é uma foto da equipe lá da Brigada no Parque do Rola Moça, equipe num combate que teve no Itacolomi, Juarez, lembra desse fogo, veio o pessoal de BH para dar suporte, é um incêndio noturno lá no Rola Moça em BH, e esse mesmo incêndio que durou a noite inteira, no outro dia o combate. Bom, e o quê que é a Brigada Um Ouro Preto? A Brigada, ela como eu já falei, ela foi criada em dois mil e oito, e hoje é a única equipe voluntária no Município que desenvolve tais atividades, existem outras Brigadas a gente sabe, mas as outras Brigadas que existem, elas não são voluntárias, são Brigadas de Parque, são pagas para isso, são Brigadas de Empresas, que também fazem combate a incêndio, mas Brigada Voluntária mesmo a nossa é a única. E durante as nossas atividades, a gente está sempre dando suporte às Unidades de Conservação da região: nos incêndios que ocorrem, em atividades gerais que precisam da gente, suporte ao Corpo de Bombeiros, que é uma coisa importante que, o Juscelino está aí, ele sabe bem disso, que infelizmente a demanda de atividades para o Corpo de Bombeiro não é suficiente, a quantidade de efetivos lá não é suficiente para grande demanda, então muitas vezes quando tem uma informação do incêndio florestal, que a própria população avisa ao Corpo de Bombeiro, que é uma coisa automática, a população pensa em fogo, já pensa em Corpo de Bombeiro. Então acontece o fogo, a população liga para o Corpo de Bombeiro, eles quando não tem condições de ir por estarem atendendo às outras ocorrências, repassam as informações do incêndio para a gente, e a gente na medida do possível faz esse combate; então está uma relação bem próxima aí da Brigada Um com o Corpo de Bombeiro, está uma coisa bem interessante. Campanhas educativas também que a gente vem fazendo, campanhas preventivas com a população, nas escolas; então eu coloquei aqui uma série, uma lista de atividades, que a gente vem desenvolvendo, o número de combates desde nossa criação. Então em dois mil e sete, cerca de cinquenta e cinco, como eu já tinha falado pela Brigada Ouro Preto ainda, a partir de dois mil e oito já era Brigada Um, então cerca de quarenta, em dois mil e nove cerca de trinta e cinco, e agora em dois mil e dez, essa apresentação, ela está aqui desde a outra vez, então ainda está a seis, mas hoje já são quinze combates, só esse ano quinze combates e outras atividades que nós fizemos; auxiliamos o Corpo de Bombeiro num resgate no Parque do Itacolomi, outro dia, semana passada, que uns jovens ficaram perdidos, então a foto da equipe em alguns combates, podem passar. Essa foto é de um combate em Acauã, nós vamos falar um pouquinho mas dele também no final da apresentação. Então além dos combates, o quê mais que a Brigada desenvolve? Convívios, já foi realizado um no Parque do Itacolomi e um no Parque das Andorinhas, o que que é esse convívio? É uma forma de interação dos Brigadistas porque tem a equipe de Ouro Preto e tem a equipe de BH, então a gente faz uma união dessas duas equipes, é uma forma da gente se interagir, de trocar figurinha ali, de conversar, de saber como é que está a situação, e de manter a Brigada unida, porque como atividade voluntaria às vezes acaba um com suas responsabilidades, fica longe da Brigada, fica afastado um pouco das atividades, então esse convívio é uma forma de juntar a equipe, os laços ficarem mais próximos. Plantio de mudas: a gente já fez diversos plantios de mudas aqui na região; doação de alimentos: essas atividades que a gente faz convívio sempre que a gente faz, solicita arrecadação de alimentos, a gente doa para instituições de caridade, nós doamos lá Juscelino, para o pessoal do Lírios do Campo já duas vezes, eu não sei se você ficou sabendo; entrevistas, pode passar. Então essa imagem é uma foto lá do primeiro convívio que aconteceu no Parque do Itacolomi, com a presença do Corpo de Bombeiro Ambiental de Belo Horizonte, esse rapaz é o vice Presidente da ANDA, é uma ONG ambientalista lá de Belo Horizonte. Bom, outras atividades, caminhadas: a gente já fez diversas caminhadas no Parque, na Serra do Cipó, do Parque do Rola Moça diversas lá, no Parque do Itacolomi, na Serrinha, inclusive essas duas com apoio do Parque do Itacolomi, Juarez deu uma força muito grande para gente; para São Bartolomeu em parceria com a FAOP, acompanhamento de trilhas ecológicas e temáticas, por exemplo: o CEFET fez atividades desse tipo, solicitou a gente porque a gente, a equipe é toda treinada com resgate, tem o equipamento, já está acostumado a lidar com o mato, então solicitou para a gente fazer o acompanhamento, de fazer segurança para as pessoas que estavam participando da trilha. Então é essa aí, essa mesma caminhada que eu falei com o pessoal do CEFET; uma caminhada no Parque do Itacolomi, essa mesma caminhada ao Parque do Itacolomi, exposições: depois vai ter uma foto aqui, a equipe de BH fazendo exposições dos trabalhos lá no (inaudível), Blitz Educativas nos Parques, nas Rodovias, das Unidades de Conservação; por quê que está separado Parque e a Unidade de Conservação? Porque a gente colocou as Unidades de Conservação como sendo Unidades de Conservação Estadual, e Parques, Parques no geral, independente se é Estadual ou Municipal. Então essa foi a imagem da exposição lá em Belo Horizonte no (inaudível) mais uma... as Blitz Educativa no trânsito. Bom, a participação em conselhos que eu já havia falado: hoje a Brigada tem assento no Conselho do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, no Parque da Serra Verde, na Reserva do Biosfera da Serra do Espinhaço, e aqui a possibilidade de participação nos Conselhos Ambientais de Ouro Preto, agora a gente está pleiteando uma vaga no Conselho do (inaudível): a gente já mandou a documentação toda para participação nos Conselhos; então a gente tem um abrangência de trabalho bem ampla, além de simplesmente Combate a Incêndio, pode passar. Então algumas palestras que a gente tem feito educativas: foram feitas palestras em Lafaiete, Lavras Novas, para a equipe do PROLAE que a gente inclusive está com um trabalho junto com a Secretaria de Meio Ambiente para o PROLAE, no (inaudível), no Parque do Rola Moça, no Parque das Mangabeiras, Praça da Liberdade, Parque Municipal, APA das Andorinhas, Parque das Andorinhas; então assim, sempre que a gente recebe um convite para essas atividades a gente está fazendo exposição do trabalho, e ali a gente está batendo papo, ou então dá uma palestra, fala um pouquinho sobre as atividades. Então isso aí, veio uma equipe, uma escola de BH, que veio para conhecer o Parque das Andorinhas, e a gente fez um acompanhamento com eles lá, levamos eles para conhecer o Parque; e os cursos que a gente já desenvolveu, já realizou esses cursos que eu coloquei são os cursos específicos que tiveram para Ouro Preto, tiveram vários cursos mas também para o pessoal de Belo Horizonte, foi feito o curso de formação que foram aqueles cursos que formou equipe que hoje está na Brigada: Especialização, Reciclagem, que foram, todos esses cursos são ministrados pelo o IEF, a gente só participa do curso; Heli ataque que utiliza o helicóptero para o auxílio no combate, Resgate e Primeiros Socorros, e o curso de GPS. Então essa é uma foto lá em São Bartolomeu, do curso de Heli ataque, essa é desse mesmo curso mais uma foto, e cursos a se realizar: a gente, como eu falei tem parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, vai acontecer o curso agora para a equipe do PROLAE porque a equipe lá, como é que chama Teteco? PROLAE, o quê que significa? Programa de Liberdade e Assistência ao Encarcerado; o curso agora de Ouro Preto inclusive a gente, vai acontecer o curso, é esse final de semana agora, depois de amanhã começa o curso nosso e vai ser, a equipe de BH vai vir para dar o curso para a formação de novos Brigadistas, então vai ser, está ali junho e julho, só que a gente teve que mudar a data. Em Belo Horizonte aconteceu, acabou na semana passada; e cursos para empresas: se as empresas tem interesse em formar a equipe de Brigadistas, de funcionários lá para Brigadistas, para uso de Brigadas, a Brigada Um tem instrutores, e a Brigada Um faz esse tipo de trabalho. Então essa aí é uma foto lá do curso de resgate, aconteceu lá no Itacolomi, que a gente também participou. Bom, e a vida do Brigadista não é só maravilhas: a gente tem nossos problemas e pelo contrário, a gente tem é muito problema, não é só maravilha não, é muito problema mesmo! Então assim, hoje a gente passa por uma série de dificuldades, que eu até coloquei esse slide aqui justamente para falar isso, que o número de Brigadistas que a gente tem atuando para a Brigada hoje, infelizmente ainda é baixo; eu espero que com esses cursos agora mais pessoas se juntem à nossa equipe, porque já tiveram mais de cem pessoas treinadas, e hoje que a gente pode contar aí, um incêndio é meia duzia, no máximo dez pessoas; então a gente está com esse probleminha ainda. Os equipamentos, que é um problema que a gente tem também, que os equipamentos que a gente tem, a gente utiliza basicamente bomba postal e chicote para combate; os chicotes a gente mesmo que confeccionou, e as bombas postais foram doação, que a FAOP fez um Projeto e arrecadou recurso e fez a doação com essas bombas postais para a Brigada; e os acionamentos que é um outro problema a gente recebe, concentram as informações do incêndio em mim e no Teteco, e a gente tem que distribuir essas chamadas, então isso acaba que demora muito até a gente conseguir contactar todo mundo, juntar todo mundo no local já se passaram aí quarenta minutos, meia hora, que são importantíssimos para o desenrolar do fogo. Uniformes, que é um problema assim gravíssimo porque é equipamento de proteção individual no geral, que a gente, infelizmente a gente não tem, a gente vai com a roupa que a gente tiver, alguns, nós conseguimos através da equipe lá de BH cerca aí de uns seis ou sete conjuntos de uniformes Gandola e a calça, que são os que vocês veem o Teteco usando, a Sidnéia está usando, eu também tenho. Então assim, mas nem todo mundo tem, o Yan por exemplo está aí e não tem, o Fabiano está aí também não tem; então o problema é nosso porque a gente tem que, do jeito que tiver na hora do fogo a gente ligou, veste a roupa que estiver no jeito ali e vai. E os deslocamento que é o problema assim, que eu digo mais crítico porque até o vencimento do convênio a gente, que existia entre a Prefeitura e o Parque das Andorinhas a APA, a gente utilizava como veículo suporte o Troller, que ficava à disposição do Parque, a gente utilizava para auxílio a esses combates mas infelizmente esse convênio venceu, a gente não sabe quando vai ser renovado, se vai ser renovado, como é que está essa situação desses convênios a gente não sabe, e enquanto a gente não tem esse veículo, e não temos outro veículo, a gente vai com o que a gente tem: é um veículo próprio mesmo, ou então liga para um setor ou outro da Prefeitura para conseguir esse carro, ou às vezes, já deixamos de ir várias vezes em fogo por não ter o veículo a disposição, não necessariamente a disposição, mas pelo menos o veículo ser disponibilizado naquela hora para a gente fazer esse deslocamento. Então gente, colocar esse incêndio em Acauã aqui, eu fiz questão de abordar ele, não para falar que a Brigada passeou foi longe para fazer o combate não: o objetivo dessa parte aqui da apresentação é mostrar a organização da equipe nossa, porque para a gente chegar a receber um convite desse, para fazer uma atividade dessa, mostra que a gente tem importância, que o IEF está valorizando o trabalho nosso, e que o trabalho que a gente desenvolve está sendo valorizado e enxergado. Então essa equipe que, parte da equipe da Brigada aí, temos a equipe de BH e da de Ouro Preto juntas, isso lá em Acauã, isso é um combate realizado lá, são uma série de fotos só para, vai passando as fotos Teteco enquanto eu vou falando. Esse trator foi utilizado para fazer uma (inaudível) lá de cerca de sete quilômetros mato a dentro; então assim, foi uma coisa absurda, não tinha outra solução para ser feita naquele fogo a não ser isso, abrir um (inaudível) que destruiu a mata assim, sete quilômetros, uma estrada mesmo que esse trator fez, a gente olhava assim a gente quase chorava de dó de ver as árvores sendo derrubadas, mas não tinha outra solução. Então assim, foi um fogo enorme, que durou vários dias, então teve uma mobilização do IEF assim, enorme para esse fogo; então disponibilizou avião para levar a gente, a equipe de BH estava junto que foi, o primeiro contato foi feito lá com a Brigada Um de BH, então assim, mostra organização que a Brigada tem, tanto a Brigada Um Ouro Preto quanto a Brigada Um BH que nem se fala, que era espelho nosso para o início do trabalho, tanto é que a gente começou através deles. Para encerrar eu coloquei essa imagem porque a gente olha assim, a gente fica, eu pelo menos fico triste de ver uma coisa dessa, então esse tipo de coisa tem que acabar, a gente tem que minimizar esse tipo de foto; eu queria colocar uma foto aqui que tivesse passarinhos, só flor, coisa bonita aqui para ver, não fogo! Então assim, com a união de esforços de todo mundo que está aqui: a Brigada Um, o IEF, os Parques, as Empresas da região, todo mundo, a população, a Prefeitura, a Câmara, todo mundo que está aqui, cada um fizer a sua parte, eu acredito que imagens como aquelas que estavam aí, a gente, vai ser mais difícil da gente ver. Então é um pouco do, eu peço assim que, cada um faça sua parte, colabore, ajude, vamos ver o que que a gente vai conseguir decidir aqui hoje porque não é fácil não! Então gente, tem os contatos nosso aqui, e só para encerrar: eu enfatizei muito a questão dos combates, uma coisa que eu deixei de falar é que assim, quando a gente vai auxiliar num combate, um incêndio numa área que é do IEF, um Parque Estadual ou qualquer Unidade de Conservação do IEF, a gente recebe todo o apoio, é assim, carro leva a gente, dá apoio, dá alimentação, busca a gente em casa se precisar, a gente junta a equipe; então eles dão todo o apoio, a gente não tem o quê queixar não, mas o problema maior nosso, que a gente enfrenta hoje é nos incêndios que acontecem nas áreas urbanas em geral, que não é cobertura de Parque, e que a gente não tem, igual eu já falei, a gente tem que deslocar com nossas próprias pernas vamos dizer assim, se virar ontem mesmo teve num grande incêndio lá na região de Lavras Novas, os meninos tiveram que colocar o carro dele a disposição, o carro agarrou no buraco lá, quase correu o risco de estragar o carro. Então assim, é um problema que a gente tem, que a gente precisa minimizar ou reduzir esse...o maior problema nosso com relação aos incêndios que não acontecem nos Parques. Então é isso! Flávio, eu não sei como é que você vai fazer agora, mas se alguém quiser fazer alguma pergunta, estou a disposição, obrigado." Vereador Flávio Andrade: "Obrigado Teteco! Bom, a ideia como nós falamos, como eu falei antes é exatamente conhecer o que está sendo feito, conhecer as dificuldades e ver o quê que nós juntos, o Poder Público, iniciativa privada, ONGs, o quê que podemos fazer para encontrar caminhos. Eu vi o Comandante Dutra chegando ali, está aí fora, do Corpo de Bombeiro? Eu queria pedir que ele falasse, nós combinamos que quem ia chegar depois paga o jantar de todo mundo, então o Comandante Dutra ficou aí com medo! Queria convidar o Comandante do Corpo de Bombeiro, o sub Tenente Dutra para poder falar com a gente; nós ouvimos primeiro a Brigada Voluntária, e a ideia é como eu falei antes Dutra, vermos o quê que cada entidade presente aqui tem feito na questão de Combates e Prevenção a incêndios, para depois acharmos caminhos em comum. A Brigada procurou a Câmara pra poder apresentar, e essa Audiência é em função dela, mas queria pedir uma fala do Corpo de Bombeiro sobre a questão de Prevenção e Combate a incêndios florestais. Eu sempre erro as patentes, é sub Tenente? Eu sempre erro as patentes, fico sem saber, chamar de Comandante é melhor, Comandante Dutra seja bem vindo, obrigado pela sua presença, podia falar um pouquinho para a gente então sobre a questão Prevenção e Combate a incêndio na ótica do Corpo de Bombeiro Militar, por favor." Comandante Dutra: " Eu vou apoiar ao lado aqui do Flávio Andrade com toda a certeza do mundo, e eu quero ser bastante realista naquilo que eu vou dizer porque eu tenho quarenta e oito anos de idade, estou na era "Mick Jagger", já estou entrando na era de cinquenta anos, e a máxima aqui para mim é a verdade! Não tem como eu esconder que a Brigada tem dificuldade, o Meio Ambiente tem dificuldade, Corpos de Bombeiros tem dificuldade, o Município por sua vez tem dificuldade, o Estado tem dificuldade, a Federação também acompanha também de várias dificuldades. Mas o quê que o Bombeiro tem a fazer? Bom, a verdade tem três faces: primeiramente ela é altamente combatida, assim como as Brigadas, como os Corpos de Bombeiros; segundo, ela pode ser automaticamente ridicularizada; em terceiro, se ela é verdade ela é auto evidente. Então eu quero parabenizar primeiro a Casa na pessoa do Flávio Andrade por ter essa coragem, essa ousadia de chamar aqui as instituições que realmente estão à frente para fazer o combate, mas ao mesmo tempo também eu quero colocar aqui o meu dessabor e a minha indignação porque quando a gente começa a combater em demasio os incêndios, quando a gente tem o campo operacional a nosso favor, seja profissionalmente ou seja na área do leigo, na área do do auxílio, nós começamos a entender que nós estamos fracassando no começo que é o campo da prevenção. Muito se fala de meio ambiente, biodiversidade, que tem pessoas aí que poderiam explicar até melhor que nós, mas o que acontece na verdade é que a gente não tem a cultura da prevenção, e isso não advém para nós esse conceito; é doloroso ouvir Flávio, que você tenha que fazer aqui uma reunião para falar de algo que já era necessário: educar as nossas crianças nos colégios. Eu não vejo nada sobre a área de prevenção, que me perdoem as Brigadas, eu não estou falando por vocês está ok? Mas o que fazemos ainda pelo Corpo de Bombeiros é muito pouco, está muito aquém daquilo que é necessário! Às vezes nós costumamos a ter uma composição e brigar de anunciar que nós fazemos: nós não estamos fazendo ainda o quanto necessário é! Por exemplo, falta-nos a educação de levar essa cultura às escolas; salve engano, eu li no jornal Hoje em Dia que... onde que eles fazem aquelas réplicas aqui, Cachoeira? E parece que agora é cronograma de estudos, né? Eu li essa reportagem, me perdoe se eu estiver errado; aquilo ali vai ser inserido nas classes, para que as pessoas tenham cultura do pertencimento que já é deles, se eles conseguem fazer, se lá praticamente num contexto particular conseguir colocar isso à frente quiçá nós Flávio Andrade! Falta sim, vergonha na cara em primeiro lugar, eu começo a falar de mim, e participação ativa de cada instituição porque se o Flávio Andrade amanhã sai daqui, eu temo Flávio, cair e cair no esquecimento! O quê que é esquecimento? É deixar de fazer aquilo que você semeou, aquilo que você plantou; e essa semente, ela tem nome: meio ambiente; não tem nome do Flávio Andrade, nem a Prefeitura, nem a Câmara, ela tem que ter o nome e a responsabilidade de todos nós, principalmente quando se fala em meio ambiente, e eu olho para essas cadeiras aqui, eu fico temendo que as pessoas não estão levando a sério aquilo que você pregou, aquilo que você solicitou, porque foi nos enviado ofício, isso já é antigo, essa ideia sua já é antiga! E olha como nós estamos aqui? As cadeiras vazias, elas estão vencendo o público mais uma vez, quer dizer, não levamos a sério a cultura da prevenção! E o quê que eu quero dizer, para encerrar, para passar para o Sargento Juscelino que ele falará da estatística; muitas vezes a Brigada não conhece a equipe do (inaudível), muitas vezes a Brigada não conhece o Corpo de Bombeiros, nós não conhecemos o meio ambiente, e assim, os nossos grupos, aqueles que deveriam agir, ter atitude, ter ação, ter participação; não consegue se ajuntar e trabalhar a favor de uma causa que são os incêndios florestais. Outro detalhe, não me leve a mal, mas o que vou falar aqui é mais sério ainda: eu morei na favela dezessete anos Flávio, eu tive o privilégio de morar na favela dezessete anos, e eu vi meninos sendo recrutados com sete anos, oito anos de idade para o crime organizado; e quando falo de crime organizado é porque eu conheço, eu sei, eu vi mortes de Oficiais, Policiais Militares e Civis tombarem e muitos garotos lá tombarem; mas eles tem uma missão: eles organizam seu crime, a sua atitude, a sua ação, a sua vontade de vender a droga, ou de traficar, e eles se organizam; o crime organizado se organiza, ele faz diferença. Agora é preciso que a gente se organize e faça a diferença porque nós poderíamos de maneira alguma ser chamado de crime desorganizado? Não, eu não posso aceitar isso para mim porque eu me organizo naquilo que eu faço, eu procuro fazer dentro da medida do possível tudo aquilo que me é dado, e eu tenho uma cultura de fazer além daquilo que me é colocado ou imputado, eu não trabalho pela função do ser só profissional, eu trabalho porque quero, gosto daquilo que faço e faço aquilo que amo. Então eu acho que deve se unir forças, deve ter participação da comunidade, do público, dos colégios, dos estudantes, para que tenha essa participação ativa e que não fique só na teoria, no teórico; eu acho que eu vou fazer, achologia é um problema muito grave, nós temos que ter atitude, a ação gera responsabilidade, a responsabilidade precisa de educação, a educação de informação, a informação de conhecimento, e o conhecimento de ação: se eu não agir a favor daquilo que nós pregamos, que nós falamos às vezes até(inaudível), nós estaríamos fadados ao sucesso, ou esbarramos muitas vezes aqui no fracasso. Deixo até a palavra para o Juscelino, e quero deixar a você Flávio, você não é um sinal de desrespeito, é porque quando eu dirijo-me a ele, é a questão de ser amigo, não do Vereador Flávio Andrade, mas do amigo que clama também por socorro! Ele já pediu "help", agora basta a gente tentar fazer alguma coisa; então a benevolência da minha palavra tem uma atitude: o respeito a ele e a todos vocês, eu acredito, se nós não fizermos agora, com certeza nós não vamos ter meio ambiente não, nós vamos ter um quarto de ambiente! Então a responsabilidade é minha, é sua, é de todos aqui que estão nos ouvindo, e pela estatística e pela participação que o Corpo de Bombeiros tem, eu vou passar a palavra para o Juscelino que também falará do mesmo tom que eu, porque a realidade somos nós quem fazemos, a Brigada com falta de apoio, com apoio ou não, eu já encontrei muitas vezes com esse pessoal, e quero agradecer a participação de todos com toda certeza, agradeço ao convite, me desculpe por eu chegar atrasado, estava lá em Itabirito também vamos dizer em uma Audiência Pública, porque o Corpo de Bombeiros, o universo do Corpo de Bombeiros não é só o combate a incêndio florestal e nem só a prevenção, mas é cultura de todo atendimento que a gente tem, está ok? Flávio, obrigado, felicidades para você." Juscelino: É sempre um desafio falar após o Comandante Dutra, dou testemunho de que na minha, nos meus vinte e um anos de Bombeiro aprendi muito com esse homem que vos falou aqui, eu aproveito publicamente para deixar meu apresso, minha admiração pelo grande homem que é; todos os Corpos de Bombeiros de Minas Gerais onde vocês forem, se perguntarem: quem é o Dutra? Vocês ouvirão falar bem dele, ele é o cara! Meu querido Flávio, meus amigos, é bom ver tantos amigos reunidos aqui em função de um tema tão delicado e tão complicado para nós, delicado no sentido de que nós temos um desafio, um grande desafio. O bem que essas Audiências Públicas faz não é outro senão colocar à mesa os atores envolvidos de determinados assunto, para que esses autores conversando, se questionando até mesmo duvidando da palavra dos outros, até mesmo cobrando uns dos outros, para que assim a gente consiga criar uma rede: esse é o grande desafio do meio ambiente, porque nós falamos uma linguagem a nível de Poder Público, de Administração Pública, as empresas falam outra linguagem, e a comunidade organizada, a população fala uma outra linguagem; e aí fica-se, sobra o grande conceito de meio ambiente, mas efetivamente faz-se muito pouco na prática. Mas nós viemos aqui constatar isso, todo mundo já sabe, mas é bom que nós falemos porque talvez a gente assim acorde para criar essa rede. Eu me lembro Juarez, do grande vínculo que o Parque Itacolomi tinha com o Corpo de Bombeiro, era uma amizade muito mais organizacional, institucional, não era? Muito mais! Onde anda isso, onde anda isso? Nós corremos o risco nas organizações, de deixar ao longo dos anos, a medida que os anos vão passando, nós corremos o risco de viver de ícones; nós temos um desafio tão grande no Corpo de Bombeiro e eu aproveito a oportunidade para abrir isso, é um temor que nós temos que a nossa geração né sub Tenente, um temor que nossa geração tem de que passada nossa geração, o que será, o quê que vem aí, o quê que vai ser? Porque os que chegam já não tem a mesma preocupação, já não tem o mesmo comprometimento, já não tem o mesmo compromisso; se isso é assim em uma organização que é Corpo, imagina em outras organizações, imagina na sociedade civil, isso é sintomático de uma sociedade complexada e complexa; deixa eu mudar o trocadilho: complexa e complexada. Agora quero dizer para os senhores o seguinte: efetivamente o Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais, desde o ano de dois mil e cinco tem trabalhado com sua divisão ambiental em formações de Brigadas por todo o Estado de Minas Gerais e fora do Estado de Minas Gerais, além dos combates, além das campanhas, além do convênio do trabalho junto ao IEF, junto ao IBAMA, o Corpo de Bombeiro formou desde dois mil e cinco, cinco mil e duzentos Brigadistas; isso é um número irrisório, pequeno mas foi o que nós conseguimos, com os recursos que nós conseguimos. Além de formar esses cinco mil e duzentos Brigadistas, o Corpo de Bombeiro tem a partir de dois mil e nove efetivamente... perdão, a partir de dois mil, mil novecentos e noventa e nove, em que o Bombeiro passou a ter um orçamento próprio, o Bombeiro começou a equipar os pelotões e companhias do Corpo de Bombeiro espalhados por todo o Estado, com equipamentos de combate a incêndio, de Prevenção e Combate à Incêndio; esses equipamentos não são os equipamentos de última geração, nós temos uma dificuldade e todas as organizações militares, nós temos uma dificuldade no sistema da Defesa Social, em implementar as novas tecnologias: às vezes nós conhecemos o produto, nós temos dinheiro para comprar o produto mas a implementação desse produto, desse equipamento, ela é lenta, ela é gradual! Para se ter uma ideia, só há seis anos né sub Tenente? Nós temos um combate, o combate através de aeronave, só há cinco, seis anos, para um Corpo de Bombeiro que tem a idade de... que é mais, que é sexagenário para um Corpo de Bombeiro que é centenário...perdão, que é centenário começaram a usar aeronave só há cinco anos, é triste, mas é o que nós temos conseguido e o pouco que nós temos conseguido tem feito muita diferença! Aqui no ano passado, nós, em função do aumento do nível pluviométrico, nós tivemos muita chuva ano passado, por conta disso nós tivemos poucas ocorrências relacionadas a incêndio florestal em Parques e em Reservas, tivemos apenas dezenove incêndios florestais de julho a dezembro de dois mil e nove; esse ano, infelizmente esse número aumentou e nós tivemos só até agora, e nós estamos em junho, nós já tivemos vinte e três ocorrências, isso só da Companhia de Ouro Preto que atende hoje à vinte e três cidades; atendia à trinta e duas cidades, com inauguração do Corpo de Bombeiro de Lafaiete nós cedemos, passamos para Lafaiete algum número de cidades, e passamos a atender então apenas vinte e três cidades. Se eu me enganar sub Tenente, por favor sub Tenente me corrige, meu colega Brandão também por favor me corrige; então passamos a atender vinte e três cidades. Nós estamos, essa Companhia de Ouro Preto, ela está inserida estrategicamente dentro de um mosaico de Parques Florestais, de Reservas Florestais senhores conhecem mais do que eu, mas ainda nós temos uma obrigação extra que é pouco conhecida pelos senhores, que é parte do Parque da Serra do Brigadeiro que funciona em Sericita, e Sericita pertence à Companhia de Ouro Preto. Então vez ou outra nós temos também de ajudar: eu ajudei bastante, eu ajudei a fazer isso como ajudei aqui nos Parques mais próximos a criar o Plano de Prevenção e Combate ao Incêndio do Parque Serra do Brigadeiro, que inclusive foi um pioneiro e foi o modelo, eu e a Laudicena, nós pegamos esse modelo, esse modelo foi de certa maneira copiado para os outros Parques. Então Serra do Brigadeiro é pioneira nesse trabalho de Sericita, Pedra Bonita são então cidades que pertencem à Companhia de Ouro Preto e que nós também damos suporte e atendemos, o trabalho é esse." Vereador Flávio Andrade: "Julho a dezembro de dois mil e nove foram quantos?" Juscelino: "Dezenove." Vereador Flávio Andrade: "E esse ano?" Juscelino: "Vinte e três. Então minha palavra é rápida, é breve: queria cumprimentar a Casa, cumprimentar aos amigos que aqui vieram, essa é uma causa realmente de muito propaganda mas que poucas pessoas efetivamente assumem o compromisso por isso tantas cadeiras vazias, mas eu prefiro ver poucas cadeiras mas muito bem ocupadas e representadas, do que o plenário cheio, fazendo barulho e falando besteira, muito obrigado e boa noite." Vereador Flávio Andrade: "A ideia da Câmara gente, é durante as falas já irmos desenhando algumas coisas que a gente possa pensar juntos: já temos de maneira concreta as dificuldades da Brigada, já temos a lembrança do sub Tenente Dutra de Prevenção e Combate, não dá para fazer só um e esquecer o outro; e esses números dos quais o Juscelino se referiu aqui, que já são preocupantes. Acho que nós podemos começar a pensar em ter uma articulação, um comitê de Combate a Incêndio, uma coisa que a gente possa sem muita formalização mas que baseado em interesses das entidades presentes, a gente possa sair desa Audiência com esse encaminhamento. Eu dei a palavra primeiro às Entidades que trabalham no Combate a Incêndio, e eu queria ouvir uma manifestação mais objetiva, mais curta agora das outras entidades presentes, sempre tendo como viés a questão de Preservação e Combate a Incêndio Florestal. Pedir então a fala do Roninho Secretário Municipal de Meio Ambiente, para podermos falar sobre a ótica da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, o quê já foi feito ou está sendo pensado nessa linha, pode ser cinco minutos Roninho? Pedir a compreensão dos que vão falar agora porque a gente deu mais tempo para as duas entidades que realmente trabalham ao Combate a Incêndio, e um tempo menor agora para a gente poder partir para segunda etapa de pensar em desdobramentos concretos. Cinco minutos então Ronald Guerra, Secretário Municipal de Meio ambiente." Ronald Guerra: "Boa noite Flávio, boa noite a todos. Quando o Rominho fez apresentação colocando o que ele falou dos treinamentos que começaram em dois mil e seis, dois mil e sete, dois mil e oito, são treinamentos que foram realizados pelo IEF, treinamentos de Brigadistas, e de vários treinamentos daquele, eu participei, acho que esse grupo de Brigadistas, da Brigada Voluntária aqui, foram treinamentos que envolviam mais diretamente a APA das Andorinhas; naquela época eu estava como gerente da APA das Andorinhas. O que eu via muito naquela época que tinha assim uma descrença muito grande de que os Brigadistas, eles não operavam, que era difícil ter Brigadista Voluntário, que isso não funcionava; então eu vejo de uma outra maneira: eu vejo que dá certo, eu acho que nós estamos conseguindo construir agora uma grupo pequeno, mais um grupo mais sólido de Brigadistas, o que não era, o que não tinha no passado; muitos movimentos foram feitos para isso, esses treinamentos de Brigadistas já são dados há bastante tempo, eu não sei quanto tempo mas assim, eu acredito que é mais, deve ter uns dez anos que é dado o treinamento aqui na região, depois o Juarez pode falar um pouco disso; mas eu acho que agora avançou porque começou nuclear um grupo, então isso é muito importante, pelo menos a gente pode contar com esse grupo. Então eu vejo que tem avanços nesse sentido. Ouro Preto, nós temos um conjunto de Unidades de Conservações Estaduais, eu não vou listar todos, não há necessidade, mas hoje até assim diretamente ligados, chegam a ser sete Unidades de Conservação entre: Monumento Natural, Área de Proteção Ambiental, Parques; então assim, isso aumenta também a nossa responsabilidade (defeito na gravação:47:26 até 52:38), apagar um incêndio que está acontecendo no dia a dia aqui, é a forma mais educativa que se tem, porque na hora que se está combatendo começa a parecer que não é algo normal, antigamente era normal pegar fogo: ninguém liga, o fogo continua; hoje não, começou um foco de incêndio rapidinho, eu dou o exemplo de ontem da Vila Parecida: a rotina no passado queimava aquele pedaço de Serra todinha, tinha ninguém lá apagando não, só tinha dois Brigadistas Voluntários e eu lá! Então assim, mas muda: tinha criança. tinha uma... eu lembro que quando nós chegamos lá tinha uma menininha que estava vendo o fogo sofrendo com isso: - Nossa que coisa boa, que coisa boa! Então na cultura dela, ela sabe a importância disso. Então nós estamos mudando um pouco essa questão cultural, e reforçando aí, eu acho mais importante aqui, que a gente precisa estar mais integrado; essa integração realmente precisa, talvez... já fizemos outras iniciativas mas conversar melhor, não é aqui falar: um faz menos outro faz mais, é como vamos fazer juntos mais." Vereador Flávio Andrade: "Beleza Roninho obrigado. Vamos ouvir agora a Samarco; Rodrigo, você pode falar para a gente um pouquinho como é que a empresa vê essa questão de Combate a incêndios florestais? Nós estamos com essa tribuna montada aqui mas sintam-se todos numa grande mesa redonda, o nosso espaço não permite tudo isso. Rodrigo vai representar a Samarco por gentileza, cinco minutos." Rodrigo: "Boa noite, boa noite a todos. Então, a Samarco, a gente tem um Programa de Prevenção e Combate a Incêndio Industrial e Incêndio Florestal: o Incêndio Industrial tem uma equipe já treinada e que se ocupa nessa questão, e no Incêndio Florestal a gente tem uma equipe de trinta e cinco Brigadistas, a gente conta aí com a parceria do Corpo de Bombeiro, dos treinamentos, que realmente ajudam bastante a gente lá; todo ano a gente traz o Corpo de Bombeiro para ajudar a gente no treinamento. Essa equipe tem um Coordenador de Incêndio, tem um Coordenador de Campo, tem alguns equipamentos: caminhão pipa, e dois caminhões pipa e uma caminhonete também para atender. A Samarco no Município de ouro Preto, a gente tem uma área de mil e setecentos hectares e o restante de nossa areá está no Município de Mariana; então para gente combater incêndio naquela região ali é bem complicado em questão da topografia, quem já combateu incêndio aí na canga sabe a dificuldade que é, o incêndio pula e tá,l é muito difícil! E a gente está trabalhando também bastante com a questão da prevenção principalmente de aceiros antes da época de seca do ano, na época de seca abrimos os aceiros, e trabalhando também com nossos contratados para essa questão, para não ter incêndio saindo de dentro da Samarco; agora tem uma rodovia que liga aí Cata Altas, Santa Bárbara à Ouro Preto e Mariana, e há três anos atrás um incêndio muito forte veio, surgiu ali na área da rodovia, que dizer: uma pessoa passou de carro, colocou fogo e queimou acho que quase cinquenta por cento da areá de Reserva Legal da nossa propriedade, foi um aperto muito grande que passamos. Esse ano Flávio, o que a gente está pensando em fazer além de ter essa turma já treinada, a gente está pensando em contratar uma empresa que tenha Brigadistas formados em Mariana, Ouro Preto e tal, e que a gente vai ter um contrato que se precisar esses Brigadistas vem para ajudar no combate; então a turma não vai ficar lá dentro, pode, e aí é até uma oportunidade para Mariana e Ouro Preto, quem... para os empresários, é isso, quer dizer: a gente tem uma empresa que fique Mariana, Ouro Preto, que não fique lá dentro mas se a gente precisar, a gente tendo um contrato estabelecido, a responsabilidade, e a gente poder chamar essa turma para trabalhar, para ajudar os nossos trinta e cinco Brigadistas porque realmente, não é uma equipe grande." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, obrigado Rodrigo. Está anotado aqui a fala do Rodrigo, a ideia é quem sabe, não podia ser um contrato com a Brigada Um de Ouro Preto, mesmo que não seja profissionalizada mas vamos continuar a ouvir as pessoas; nós ouvimos a Prefeitura de Ouro Preto, vamos ouvir a Prefeitura de Mariana, como é que é seu nome? Desculpa, Alessandra fala um pouquinho pra gente se tem alguma ação lá da Secretaria de Meio Ambiente no tocante à Prevenção e Combate de Incêndios Florestais. Fala pra gente aqui...não, não tem problema não, vocês tem alguma ação, algum trabalho de Prevenção? Mas fala aqui no microfone pra todo mundo ouvir porque nós estamos gravando; sua voz é tão bonita...todos esses homens feios falam no microfone, você não vai falar? Por favor, desculpa eu esqueci seu nome mas uma vez, Alessandra, seja bem-vinda, obrigado por você ter vindo, é importante, nós temos Áreas, Unidades de Conservação em comum, empresas em comum, Ouro Preto, Mariana então é importante ter, que essa integração que não seja só aqui, seja estendida em Mariana então sua presença é muito importante pra gente." Alessandra: "Obrigada, boa noite. Eu estou morrendo de vergonha, desculpe mas o que eu tenho que falar eu acho é que, eu acho que o que falta é a conscientização, que eu acho muito pouca na cidade de Mariana; a gente está trabalhando agora com a educação, começando a Educação Ambiental, porque as pessoas acham bonito colocar um fogo, ver o fogo se alastrando, não tem conscientização do mal que está trazendo para a gente mesmo, aí o que que está, tem projetos em andamentos que a gente está criando agora, Rogério me ajuda por favor, não me mata de vergonha não! Rogério trabalhou na Secretaria há mais tempo, e eu estou chegando agora e não sei. Que vergonha, me desculpe tá!" Vereador Flávio Andrade: "Nada, o importante é você estar com a gente aqui, obrigado Alessandra, pode deixar que nós vamos pensar coisa aqui, vamos pensar coisas para fazermos em conjunto aí! Vamos ouvir agora o Carlos da Vale, o Carlos por gentileza, Carlos Vieira da Vale, depois a gente ouve as Unidades de Conservação e aí vamos passar para outra etapa para tentar achar caminhos em comum. Bem vindo Carlos, obrigado pela sua presença." Carlos Vieira: "Bom, boa noite pessoal. Bom, a Vale, desde dois mil e cinco, ela desenvolve atividade de prevenção de combate a incêndio; normalmente essa época do ano, junho e julho, a gente inicia um contrato, esse contrato, o objeto dele é construção de cerca, manutenção e construção de acervos; para esse ano agora de dois mil e dez nós estamos previstos lá quinze hectares de manutenção e acervo, e nós estamos aí com mais oito de manutenção. Já para dois mil e onze nós estamos com vinte e três hectares de manutenção e quinze de implantação, além de construção e manutenção de cerca. Bom, além desse trabalho a gente também desenvolve junto às escolas, dentro do nosso Programa de Educação Ambiental, contrata empresas até através do Corpo de Bombeiros também: Juiz de Fora ano passado apresentou umas peças de teatro muito bacanas nas escolas, foi um trabalho fantástico e que a gente sente os bons resultados que isso aí tem dado para gente nas comunidades onde a gente vem atuando. Agora uma boa notícia que dá para trazer aqui hoje, não sei, achei até que Roninho tivesse sabendo dessa informação: a gente acabou de firmar um convênio através do Instituto Terra Brasílis, um Convênio Vale IEF na região de Carvalhatur, Itabira, Barão, aqui em Ouro Preto, Mariana, a contratação de Brigadistas. Não sei se vocês estavam sabendo disso, já está em fase de mobilização e normalmente deve contar aqui a região com trinta e cinco, quarenta Brigadistas; obviamente vai ficar aí sob a tutela do IEF na gestão desse contrato, mas acho que..." Vereador Flávio Andrade: "Para agora já de uma vez?" Carlos Vieira: "...já, já! Já está em fase de mobilização, eu acho que isso aí é, juntamente com o IEF, dá para fazer um excelente trabalho e reforçar aí tudo isso que a gente já ouviu desses Brigadistas, do próprio Corpo de Bombeiros, a tendência é mais uma força para aumentar aí essa força tarefa que já está se tendo aí, nessa tarefa difícil aí que é de combate a incêndio florestal, está ok?" Vereador Flávio Andrade: "Beleza, joia, obrigado Carlos. Vamos ouvir o AIMI, Raquel e depois o Itacolomi; seja bem vinda." Raquel: "Bom gente, boa noite. Não é muito diferente do que já foi colocado aqui, o IEF juntamente com o Prévio Incêndio, a gente tem um Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, e nós pensamos da mesma forma que já foi dito: é necessário iniciar com sensibilização, com a mobilização, com a conscientização das pessoas para prevenção contra os incêndios; a gente já, no programa desse ano a gente já, nós já colocamos em função da campanha educativa que já havia acontecendo juntamente com a parceria da Prefeitura, que foram em praticamente todos os distritos de Ouro Preto, no entorno da nossa unidade falando sobre a campanha, distribuindo os panfletos, cedendo as pessoas para fazerem as palestras, e contamos também com os Brigadistas Voluntários tanto a Brigada Um de Ouro Preto, tantos Brigadistas de Ouro Preto, antes Brigada Ouro Preto, que já combateram, fizeram um combate na Floresta Estadual do AIMI, e enfim, a gente está também a disposição, sabem como foi dito, o IEF dá o apoio necessário quando é preciso, quando tem os combates dentro das unidades e no mais é isso. O Flávio pediu para eu ser breve, a gente está aqui de mãos dadas, eu penso que é um objetivo comum para um bem maior, que é a preservação do meio ambiente. Então estamos aí a disposição." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, obrigado Raquel. Juarez fala um pouquinho pra gente Juarez, do Itacolomi? Depois da fala do Juarez a gente vai abrir a palavra para quem quiser se manifestar, mas já dentro da ideia de deferirmos alguns encaminhamentos que possam ajudar a dar sequencia à nossa noite hoje. Pois não Teteco? Ah, beleza, tranquilo, daqui a pouco a gente passa para você. Seja bem vindo, obrigado pela sua presença, Juarez." Juarez: "Bom pessoal, com relação a incêndio Florestal, eu acredito muito na sensibilização, na conscientização, no trabalho que hoje vem crescendo e implementando as nossas ações, que é da Brigada Um, e assim como todos os outros envolvidos nessa ação, sendo eles direto ou indireto, mas que está envolvido, preocupado porque apagar fogo não é uma coisa fácil, não é simples e não é simplesmente só chegar e apagar; a partir do momento que você vem, encara o incêndio e simplesmente apaga, porque você está apagando um fogo, agora apagar um fogo com consciência é trabalhar planejamento, e dentro de um planejamento sim você delega as diretrizes para uma ação, e aí nós iremos conseguir minimizar essa ação, que é uma ação de grande risco, envolve mesmo risco de vida e, então é coisa séria; e esse trabalho nada mais do que justo estar montando uma reunião onde tem presença de pessoas com experiências diferentes, e nós temos que trabalhar assim porque do mesmo jeito que o fogo vem, ele vem com um somatório de ação; se é com somatório de ação para exaurir, também nós temos que ter um somatório de experiências diferentes, parar com espírito de competição e sim, unir essas experiências diferentes ninguém sabe mais que não pode dar ouvido ao que se acha que sabe menos, e assim como aquele que acha que sabe menos que fique calado porque acha que o pouco que ele sabe não venha contribuir. A partir do momento que tiver essa conscientização nós estaremos aptos e prontos para combater incêndio, aí sim partiremos de um planejamento, onde o planejamento soma todo o êxito da nossa missão. O Parque Estadual do Itacolomi foi construído, criado em sessenta e sete, em mil novecentos e oitenta e quatro ouve um grande incêndio e até então nessa época, incêndio, qual era a visão? Chamar Corpo de Bombeiro e entrar de peito aberto, de camisa de malha, de poliéster, do que fosse porque a missão era apagar o fogo, não existia aquele estudo, aquela coisa bacana, programada, porque ninguém dava aquele devido valor. Eu acho que hoje assim com aquela preocupação de água, do próprio oxigênio quando começar a faltar, aí sim a sala vai estar cheia, e não só de pessoas que estão ocupando mas sim de somatória de esforços de pessoas que realmente dão valor à vida. Outro passo é o seguinte: em noventa e sete ouve um grande incêndio e aí sim, nós começamos a somar as ações, e criar em Ouro Preto o Bombeiro Voluntário, e aí eu volto lembrando o que o Juscelino disse: aquela ligação bacana que existia, porque veio junto com a formação de bombeiro voluntário, onde o Corpo de bombeiro e a instituição, nós criamos uma patrulha em noventa e oito, demos início à essa ação, e o trabalho era bem junto, bem unido porque nós estávamos construindo, estercando aquela raiz para criar hoje até então, a estrutura que nós encontramos. Então as coisas vão acontecendo, e nem eu sei justificar o porquê dessa distância, eu assim, eu nem enxergo a distância, somos profissionais, estamos aptos a somar experiências e aí sim, pronto também para contribuir e dar um norte aí para esta questão da Brigada aqui em Ouro Preto, que é mais do que justo, e sim eu vejo o esforço, sinto também essa deficiência apesar da instituição estar bastante avançada, mas falta essa união e estruturar melhor. Então o Parque tem a Brigada, atua, eu enxergo que avançou porque nós temos um planejamento, tem um estudo de reincidências de incêndio, nós temos grupos que vem para fazer a capacitação dos Brigadistas, o próprio treinamento de TEACIF que é com uso de aeronave; então são investimentos caríssimos que até então eu acho que eles tem que começar a investir também no Brigadista. Então se investe em horas em horas de voos, cinco ertrecto, central do estado de Minas Gerais; se economizar um pouquinho nas horas de voos eu consigo um caminhão auto bomba para a Brigada do Parque, e a Brigada do Parque, ela atua sim não só no Parque mas nas áreas do entorno, atua também em qualquer que seja no Sistema do Mosaico, mas a nossa dificuldade é em estruturar; então eu vejo que esse é um grande passo e que saia daqui um documento, que chegue em grandes patentes para que eles olhem um pouco para esse grupo de jovens que tem esse espírito e essa consciência, consciência de grande glamour. Então essa é a minha visão...mais trinta segundinhos rapidinho, só para concluir...e nós, com relação a essa contratação da Brigada, já há vinte e cinco dias nós iniciamos uma mobilização, onde conseguimos registrar cento e noventa e dois interessados da nossa região, de Ouro Preto e de Mariana, nós expomos essas pessoas interessadas num processo de seleção, esse processo de seleção durou aí doze dias, e dos cento e noventa e dois nós selecionamos trinta e cinco: o peso maior era exatamente nos Brigadistas Voluntários. Então os Brigadistas Voluntários, a maioria foram selecionados, já dia cinco de julho a Terra Brasilis já deu um aval de estar iniciando a contratação; então a base do Itacolomi vai ter um apoio de trinta e cinco Brigadistas mais os Brigadistas do Parque, e aí nós iremos estudar a estratégia de ação dentro de um planejamento, por que? Porque já de início eu já falo que nós não temos transporte para estar disponibilizando para esse trinta e cinco Brigadistas; e isso é uma coisa que eu também tenho que levar ao conhecimento da Instituição, porque é início, tem que começar, iremos fazer sim, mas já com a consciência de que se eu precisar de um transporte, de uma van para mobilizar um grupo de dez, para um reforço de um outro local, eu já não vou ter esse transporte. Então eu acho que nós evoluímos bastante e iremos muito mais, iremos além; a partir do momento que começar a somar as experiências diferentes, e assim como também potencialidades, muito obrigado." Vereador Flávio Andrade: "Beleza Juarez, a mesa aqui te agradece Juarez. Vamos convidar então o nosso amigo da Brigada Mãe, da Brigada Mãe...como é que você chama? Rodrigo, por favor Rodrigo vem cá para dar um recado para a gente. Prazer conhecê-lo, seja bem vindo, muito bom você ter vindo na nossa Audiência, por favor." Rodrigo: "Bom, microfone nunca é muito bom né gente! Boa noite, meu nome é Rodrigo, sou da Brigada Um de Belo Horizonte, tive a honra de ser um dos fundadores dessa ONG lá. O que eu queria dizer assim, é no sentido de reforçar, acho que muita coisa foi dita, e o caminho é esse mesmo, inclusive eu queria até uma coisa que eu acho que é um ponto muito importante da gente bater, que é essa questão do apoio ao Voluntário, não é a toa que a gente está lendo ali: Brigada Um, Combate Voluntário a incêndios florestais. É claro que existe contratação, existe o Corpo de Bombeiros, tem os Brigadistas das Unidades, fundamentais, só que o quê nós estamos discutindo e eu acho muito fundamental para a Brigada de Ouro Preto hoje, como é para a Brigada Um em Belo Horizonte ou qualquer outra Instituição Voluntária é o suporte a essa causa, isso é o difícil! Para vocês terem uma ideia às vezes a gente passa por umas questões que são quase insanas assim; para vocês terem ideia, os Brigadistas para um combate mas só vão cinco porque os outros cinco não tem uma bota apropriada, então isso é uma questão grave assim! Eu sei, o IEF dá o apoio, o Juarez falou muito bem assim: às vezes se tem trinta mil reais para se investir em um curso de TEACIF mas você não tem dois mil para pagar em um equipamento de proteção para Brigadista. Então eu acho que essa parte, e aí eu acho que entra o setor privado para a gente fazer essa grande costura aí é o quê? É poder estar equipando esses Brigadistas. Eu fico muito feliz de ver que vão ter trinta e cinco Brigadistas contratados, e ao mesmo tempo eu fico pensando assim: com dois meses de salário de trinta e cinco Brigadistas a gente equipa oitenta Brigadistas na Brigada Um a um custo zero de contratação, então assim, eu acho que a gente pode começar a dialogar, no intuito exatamente de fortalecer isso; a gente tem um potencial enorme, e a gente, eu digo enquanto cidadão mesmo, e acho que às vezes no Brasil a gente ainda, essa coisa do voluntariado, ela não é nova mas ela ainda é um pouco incipiente assim perto do que a gente vê às vezes, e acho que a gente tem que começar a potencializar isso. Eu acho que é muito diferente: quando a gente fala em voluntário, a gente está falando em uma pessoa que automaticamente vai se dedicar àquilo, por uma causa que ela tem amor; então assim, a gente não tem que se preocupar; - Ah, voluntário esse ano está, ano que vem não está! Ele está ali por uma questão de incentivo próprio, não tem recurso financeiro ali motivando a causa dele; e isso é uma coisa que precisa ser potencializada, eu acho que a gente precisa aproveitar isso, a gente tem um grande trunfo na mão, às vezes a gente não percebe assim. Eu sou suspeito para falar porque eu acho que eu já nasci voluntário em uma série de coisas mas é uma atividade que realmente se há o compromisso e nessa condição de voluntário, eu acho que a gente tem que explorar isso. Eu tive o prazer de combater com quase todos que estão aqui, e até queria dizer assim, tem pouca gente na sala, o Juscelino falou isso mesmo só que assim, todo o ouro que saiu daqui não paga essa sala, a gente tem que ter isso em mente assim, tem muita gente de muito valor e isso não quer dizer que, são poucas pessoas mas elas tem um potencial enorme, e a gente vai com essas pessoas seguir. Seguimos até aqui hoje e eu acho que é só crescer com isso aí. Queria pedir mais uma vez só esse fortalecimento e essa costura, principalmente no setor privado aí, eu acho que tem muito a apoiar essa Brigada aí, obrigado." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, obrigado Rodrigo. O Rodrigo não é só Brigadista, é poeta também: 'todo o ouro que que saiu daqui, tenho certeza também que não paga essas salas'; as pessoas que estão aqui são especiais. Vamos partir para a nossa última etapa então gente, tentar ver o quê que dessa conversa nossa pode ser feito para não acabar a conversa aqui nessa noite; inscrições Rominho depois Sidnéia...pode falar aí mesmo né? Está gravando? Então, vamos à tecnologia." Roninho: "Flávio, é porque tem um, eu acabei esquecendo de falar uma coisa, mas que eu acho que é fundamental e entra como proposição também, são duas questões: uma, é que teve um período que nós fizemos um treinamento da Guarda Municipal toda praticamente, um grande treinamento, quarenta, quarenta e cinco Brigadistas, da Guarda Municipal de Ouro Preto; em Mariana isso também já ocorreu. Nós tivemos, eu tive o empenho na época, estava se discutindo na Lei de criação da Guarda Municipal, ficou colocado na Lei que ela também tinha como função o apoia à prevenção e o combate ao incêndio florestal, e isso não está muito efetivo, assim, já cheguei a conversar um pouco, porque acaba que sempre os problemas estão ligados assim: nós temos outras prioridades, não damos conta, então a gente seleciona um pouco e vai fazendo aquilo que é possível. Então, mas eu acho que é fundamental, eu acho que a Câmara mesmo poderia exercer um pouco esse trabalho de provocar essa participação; eu acho que a Secretaria de Meio Ambiente poderia ajudar inclusive a Guarda Municipal em projeto para ela se equipar, ela ter condição, mas ela tem veículo, tem condição e tem Brigadista, quer dizer, tem plena condição der apoiar o combate aqui no entorno da cidade de Ouro Preto, isso é uma coisa. A outra coisa que entra também como proposição, eu estou na fase das proposições, mas eu acho fundamental também melhorar e ampliar o diálogo institucional do Município com o IEF, por que? O Carlos Vieira mesmo colocou: está se formando uma Brigada, nós temos Unidades de Conservação Municipais, áreas também que precisam de ter esse trabalho, que essas empresas, estão no entorno das empresas que estão fazendo isso, e aí eu fiquei pensando: quando for apagar incêndio, a gente vai separar? A Brigada vai para as Unidades do IEF, não vai para as Unidades do Município? Como é que nós vamos trabalhar isso? E eu acho que o erro está lá na origem: quando começou a se discutir esse projeto a Prefeitura precisava também estar participando, envolvida com o processo; isso é um erro, as Instituições se fecham em si próprias. Então eu fiquei surpreso, eu tinha comentários, então assim, eu posso falar que eu fiquei surpreso porque já está se efetivando algo, e a gente não pode nem manifestar em relação a isso. Eu acho que tem Unidades aqui importantíssimas para Ouro Preto, e que são entorno das Unidades do próprio IEF; vou dar um exemplo o Jardim Botânico: o Jardim Botânico é uma área especial, nós temos um trabalho grande inclusive com a própria Vale, e não estamos articulados dessa forma; então são essas duas aí." Vereador Flávio Andrade: "Anotado Roninho, obrigado. Sidnéia...passa o microfone para a Sidnéia de uma vez que aí você já vem e já...A gente está anotando para depois conversar mais sobre cada proposta tá gente? Sidnéia." Sidnéia: "Bom, na verdade eu queria só..." Vereador Flávio Andrade: "Seu uniforme é novo? Você não combateu incêndio com ele ainda não né?" Sidnéia: "...vou explicar hoje está bonitinho, está limpinho mas noventa por cento das vezes nós estamos irreconhecíveis. Mas eu queria só reiterar mesmo muito do que foi falado aqui pelo Comandante Dutra, pelo Roninho e pelo Juarez, Juscelino também fez uma parte, que eu acho que falta a gente começar a pensar essa questão da conscientização, não só do jovem e do adulto, mas principalmente da criança, e aí entra uma parte que eu acho que a Secretaria de Educação às vezes poderia colaborar com a gente, porque a gente mora numa cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade e a gente fala muito no Patrimônio Edificado: nos prédios maravilhosos, nos templos religiosos; há cerca de cinco anos a gente tem tido um outro trabalho que é o de valorização do Patrimônio Imaterial, que até então também estava esquecido. Com a chegada do Prefeito Angelo a gente teve de novo essa chance de trabalhar com isso e mostrar para o Município como um todo a importância disso. Mas eu acho que falta agora e o que é vital é essa questão da conscientização do Patrimônio Ambiental: das pessoas entenderem que meio ambiente é vida! Eu participo do Oitavo Grupo de Escoteiros de Ouro Preto e de várias outras entidades, e uma delas é o Projeto que a gente tem da Serra de Ouro Preto que é de caminhada: cada vez que a gente vai fazer caminhada, a gente volta assim triste, com um saco de lixo na mão e pensando: - Como é que as pessoas acham que vão fazer um piquenique no Parque e tem que deixar lá o saco de biscoito, a garrafa pet, copo plástico! Na hora que pega fogo, isso rende um incêndio em horas, e horas e horas! É difícil para a gente combater! Então assim, eu acho que falta essa questão de trabalhar junto, não só Educação Patrimonial dos Patrimônios Edificados e do Imaterial, mas de juntar essa coisa que é do Patrimônio Ambiental, porque se a gente não cuidar disso, que mundo é esse que a gente vai viver daqui há um tempo? Não vai ter água, não vai ter vida, não vai ter nada! Então é só isso, obrigada." Vereador Flávio Andrade: "Obrigado Sidnéia. Alguém mais se inscreve para alguma ideia? Só enquanto alguém está pensando, eu queria consultar...Rodrigo, não tem jeito desse contrato de Brigadista da Samarco ser com a Brigada por exemplo não, tem que ser com profissionais independentes? Como é que seria Rodrigo, algum mecanismo que possa permitir? Como nosso companheiro falou, da Brigada Mãe lá?" Rodrigo fala fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Isso, isso...está aqui anotado aqui..." Rodrigo fala fora do microfone. Rodrigo: "Eu estou repetindo então: o Roninho fez exatamente, quando eu saí dali o Roninho fez o mesmo comentário, eu não tenho a resposta porque eu tenho que consultar para ver como é que é essa questão; mas de qualquer forma, o que eu ia sugerir era assim: já que, você está sugerindo uma Comissão talvez com poucas pessoas, e fazer uma proposta de trabalho que pode passar por uma questão de conscientização, uma questão de apoio às entidades que já estão instaladas, a Brigada Um, uma Entidade que tem apoio, o Juarez agora com a Vale, vai ter uma Brigada lá mas também vai precisar de um determinado apoio. Então a minha sugestão é essa: talvez a gente tentar formar uma Comissão, um representante aí da Sociedade Civil, das empresas, do Poder Público e elaborar um plano de trabalho para Mariana e Ouro Preto, conjunto, para essa questão do incêndio." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, Roninho...já pega o microfone para você gravar." Roninho: "Só uma coisa aqui em relação: eu acho que a gente tem que distinguir um pouco também; existe uma contratação de Brigadistas que é para atender muita demanda de segurança da própria empresa também. Então a gente tem que enxergar isso, como o Itacolomi tem seus Brigadistas, o Parque das Andorinhas também tem que ter lá uma equipe para isso e cada Unidade tem que ter, e a Vale também...isso é uma coisa, a outra é justamente fomentar aí os Brigadistas Voluntários, seria um outro contrato no meu entendimento." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, o Carlos por gentileza." Raquel: "Deixa eu falar só um pouquinho para poder não entrar muda e sair calada, mas é informar que lá no Município de Mariana enquanto eu estava na Secretaria foram feitas capacitações para Guarda Municipal, em torno de quarenta guardas que receberam todos os equipamentos devidos para poder combater; e que no momento em que aconteciam os incêndios, eram os primeiros assim, a correr, não tinha essa articulação do...não tinha uma articulação nem com a Brigada Voluntária, nem com o Corpo de Bombeiros. Então assim, aconteciam os incêndios lá no próprio Município, Unidades de Conservação do Município, as próprias pessoas da Prefeitura, da Secretaria de Obras que iam para o combate. A outra sugestão é que como está faltando um pouco de articulação entre Brigada, Corpo de Bombeiros, tem uma articulação mas eu acho que precisaria ser criado número de telefone de repente, que no momento em que as pessoas fizessem uma denúncia no Corpo de Bombeiros, esse telefone acionasse também a própria Brigada Voluntária, para que...sei lá, para poder articular...eles estão informando aqui que isso já acontece..." Roninho: "Para informar também, a Secretaria de Meio Ambiente, ele recebe...a Secretaria, tanto no cartaz que a gente divulga, a gente recebe as informações de ocorrência também, e quando também leva, sempre informa também, o Corpo de Bombeiros também quando é incêndio que tem maior necessidade." Raquel: ...e a última coisa é ressaltar o trabalho que a Polícia Militar de Meio Ambiente lá no Município, lá em Mariana também fazem: eles tem um trabalho de educação ambiental, de conscientização ambiental que junto com a Secretaria de Meio Ambiente e lá iam até as escolas, faziam campanhas de combate, e tudo bacana." Vereador Flávio Andrade: "Beleza, Carlos da Vale por gentileza...passa o microfone para trás." Carlos Vieira: "Só para dar uma esclarecida a respeito da, nós temos essa Brigada que é contratada, nós temos a Brigada de incêndios industriais e temos a florestal que é esta contratada; e esse treinamento na maioria das vezes, ele é feito pelo próprio IEF: quando a gente contrata trinta, trinta e cinco pessoas aí em média para (inaudível) e combate a incêndio. Isso eventualmente, todo ano tem esse contrato, agora, é muito assim, no aspecto de atender praticamente uma demanda legal: pegou fogo, eu sou o superficiário, obviamente que eu tenho que estar atento e fazer combate; então a finalidade deste grupo é exatamente fazer esse trabalho. Esporadicamente a gente atende algumas áreas externas, dá algum apoio ao IEF esporadicamente, mas o objetivo maior dele é muito atender às nossas áreas onde se tem foco florestal." Vereador Flávio Andrade: "Beleza. Eu estava pensando também aqui, uma coisa seria, a gente tem visto o Município sempre, a questão da subvenção, hoje não está sendo muito utilizada Roninho e Teteco. Só para a gente ver, o apoio da Brigada, subvenção não é uma figura muito utilizada hoje não; subvenção é aquela coisa que dava para as entidades, hoje uma figura mais usada é o contrato mesmo. Por exemplo: a Prefeitura hoje contrata a Fundação Sorria para que execute o trabalho de saúde bucal, a Prefeitura contrata a Santa Casa para poder se conveniar ao SUS e ter o trabalho de saúde. A gente podia pensar em sugerir pela Câmara, eu faço essa Indicação, de um contrato da Prefeitura com a Brigada para poder pelo menos permitir a compra de equipamentos, e em contrapartida a Brigada prestaria, como já presta esse serviço voluntário; seria também um caminho. Roque...Roque Fina, nosso amigo da Rádio Província já tem uma experiência anterior de um programa que trabalhava nessa questão de prevenção de incêndio; eu queria que ele falasse para a gente, até colocando a Rádio Província a disposição para ajudar nesse trabalho de informação, de divulgação, Roque. Comendo empada, já acabou de comer a empada, pode falar agora." Roque Fina: "Boa noite, muito obrigado, para quem não me conhece meu nome é Roque Fina, sou coordenador da Rádio Província que é uma Rádio Comunitária, já tem mais de dez anos que ela funciona: primeiro ela funcionou como pirata, depois conseguiu a concessão, toda Rádio Comunitária é assim; e hoje a gente já tem utilidade pública, está bem colocado, está bem colocada a Rádio, tem dois sites que divulgam diariamente ao vivo o áudio também; então quer dizer que ela pega no planeta inteiro apesar de ser uma Rádio local. E tínhamos no princípio programa com ação, "Bombeiros em Ação", não sei se os nobres companheiros do Bombeiros aí lembram disso, mas era outro Batalhão, parece que era outra turma e..." Vereador Flávio Andrade: "Quando é que foi mais ou menos Roque, você lembra em que período, quando é que foi?" Roque: "...ah, foi dois mil e um por aí...uma média de dois mil, dois mil e um. Então era um programa que despertava muita curiosidade nas crianças principalmente, porque toda criança quer ser Bombeiro, gosta né? Bombeiro é um amado pelas crianças; então a gente aproveita e oferece espaço novamente para o Corpo de Bombeiros fazer um programinha lá, semanal, quinzenal, de prevenção porque é muito importante. A Rádio hoje, desde o seu nascedouro ela roda diariamente uma média de...eu estava fazendo as contas ali, uma média de quarenta vinhetas de prevenção ao meio ambiente. Na época das chuvas a gente fala sobre desmoronamento, na época da seca a gente fala que as pessoas tem que evitar de usar água em demasia, e também do fogo nos lugares, a gente tem matérias já que ficam rodando nessa época. Fora disso tem as vinhetas normais de prevenção; então a minha proposição, eu estava até falando com Flávio, é exatamente de abrir o espaço através dessa Audiência Pública novamente, porque a Rádio, ela não tem fins lucrativos, ter o espaço aberto, se tiver uma Comissão que queira usar uma vez por semana , para fazer prevenção e fazer um programa; e esse programa pode ser gravado após e pode ser enviado para outras emissoras, para onde achar que deva enviar, certo? Além da internet, está a disposição também." Vereador Flávio Andrade: "Maravilha, muito obrigado Roque. Gente, são oito horas e quarenta e nove minutos, vamos tentar então definir nossos encaminhamentos...pois não?" Alguém falou algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "...ainda mais com essa voz do sub Tenente, ele tem uma voz forte heim! Maravilha, muito bom, já deu um resultado concreto! Mas eu acho que em termos de encaminhamento, o encaminhamento principal seria essa ideia mesmo de ter um Comitê contra incêndios florestais, que pudesse sair com ele articulado daqui, e como o Rodrigo disse, esse Comitê com as ideias, já tivemos aqui outras que surgirão, trabalharia isso, procurar articulação; eu coloco meu gabinete do meu mandato a disposição do Comitê, xerox, material impresso, telefone, computador, alguma coisa de combustível que precisar está oferecido à Brigada para poder fazer o trabalho. Não tem carro mas gasolina, a gente pode conseguir alguma coisa; então fica essa oferta também aí. Vamos pensar então nesse grupo de trabalho, esse Comitê, como é que seria? Eu acho que seria importante ter a presença da Brigada, do Corpo de Bombeiros, as duas entidades prioritariamente ligadas a isso, a Secretaria de Meio Ambiente representando a Prefeitura, as empresas Vale e Samarco, as Unidades de Conservação, que pudesse ver entre vocês um entendimento; um grupo pequeno que possa pegar a tocha daqui para frente: falar em incêndio florestal é ruim, falar de tocha, mas pegar a peteca daqui para frente. E a gente manter esse grupo, todo mundo se conhece aqui: a gente manter o esquema de informação a esse grupo, o quê que esse grupo de trabalho está fazendo, o quê que esse comitê está fazendo? Se for necessário uma outra Audiência Pública ainda nesse mês de julho para poder apresentar esse plano de trabalho; convidar o Prefeito, o vice Prefeito, todo mundo para que possa estar aqui. Então eu acho que a ideia maior seria essa: de nós conseguirmos sair com esse grupo daqui, com esse Comitê já seria um passo importante. O quê que vocês acham, Roninho? Alguém fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Sugiro que a Secretaria coordene esse grupo de trabalho, Brigada, Corpo de Bombeiros, pode ser? Empresa...IEF? Vamos pensar então aí? A Brigada, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Rodrigo e Carlos pelas empresas, uma das duas, como é que vocês pensam aí? Vocês tem uma articulação boa, como é que poderia ser? Tá, Samarco e Vale, vamos tentar fazer uma coisa sem formalização: fica a nossa intenção, o nosso esforço para trabalhar; as Unidades de Conservação IEF, o AIMI e Itacolomi presentes aqui; eu queria sugerir então que a gente já marcasse o encontro desse grupo aí, que pudesse...uma data já para poder...segunda feira por exemplo?Alessandra, isso...eu acho que aí, sugestão: esse grupo pequeno já tem tarefa, por exemplo: ver a questão da Guarda Municipal, ver o contrato dos Brigadistas, ver o programa da Rádio, então esse Comitê já sai daqui com algumas tarefas aí; na medida que for precisando a gente vai ampliando ele, eu acho que seria importante isso. Pega um calendário para nós...um calendário...temos um feriado essa semana para nós aqui que é o dia oito, quinta feira...segunda feira dia cinco, dá para conversar? Caldo quente, farinha nele? Na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, pode ser? Comandante Dutra, tudo bem? Carlos, Rodrigo...não? Terça? Terça feira de manhã? Quarta feira dia sete? Como diz Teteco, o fogo está queimando, não pode esperar muito não! Quarta feira...sub Tenente Dutra, quarta feira, dez da manhã, pode ser, na Secretaria de Meio Ambiente? Então quarta feira, as dez da manhã, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, sob a coordenação da Secretaria, a reunião desse Comitê contra Incêndios Florestais. Lembrando as ideias que apareceram: treinar a Guarda Municipal; eu vou propor essa subvenção, esse contrato à Prefeitura; o Roninho ressaltou a questão de melhorar o diálogo entre o Município e o IEF, os Municípios e o IEF; o Roque já se colocou, já colocou a Rádio Província a disposição. Mais alguma ideia que eu não tenha anotado?" Roninho fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Alessandra, essa reunião de quarta feira, você poderia participar, na Secretaria? Beleza! Então quarta feira, dia sete, as dez horas na Secretaria de Meio Ambiente, mais alguma questão? Eu acho que demos um bom passo, entendo que a Câmara cumpriu mais uma vez o seu papel de discutir as questões que são de interesse da comunidade, agradeço a presença de todos, não vou falar o nome de cada um..." Tino Ansaloni fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Maravilha, obrigado Tino, muito obrigado...o sub Tenente Dutra já tem um concorrente na voz aí, você viu né, que o Tino já vai tomar o seu lugar lá, não vai ser tão fácil não! Gente, mais alguma questão, Rominho?" O Rominho fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Beleza...senão parece que é, queimar mais né?" Alguém fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Beleza, Rominho?" Alguém fala algo fora do microfone. Vereador Flávio Andrade: "Isso, Rominho, eu vou pedir à Brigada que prepare para mim um dimensionamento das demandas que vocês tem: questão de uniforme, equipamento, para que eu possa apresentar à Prefeitura essa sugestão...isso...porque é o que eu falei: a gente não tem poder, a Câmara não tem orçamento para isso; não é papel da Câmara dar apoio à Brigada de Incêndio, isso aí, os orçamentos são muito limitados e nós temos que preocupar com isso porque senão depois o Tribunal de Contas cria problema. Não adianta querer ajudar a Brigada, dar alguma coisa e depois...então o papel da Câmara não é esse: o papel da Câmara, o orçamento dela é para manter a Câmara funcionando e fazer o papel de legislação, e de representação. Então a gente vai sugerir à Prefeitura que possa pensar na subvenção ou no contrato, e eu preciso então do dimensionamento de vocês, do quê que seria, para ver como é que a gente pode sugerir à Prefeitura isso, está bom? O que saiu daqui Roninho, eu dou uma resumida e passo para você por e-mail, para já ser subsídio para a reunião de quarta feira, está bom? Tá, beleza...beleza. A gente não tem alguns e-mails, a Alessandra podia seu e-mail por gentileza, pedir Lolita para pegar...pega para mim o e-mail da Alessandra que eu não tenho...meu bloquinho está aqui. O Rodrigo, eu também não tenho seu e-mail Rodrigo, da Brigada Mãe lá Rodrigo, desculpe...mas põe o e-mail seu para a gente, que a Câmara se comunica com você. Rodrigo eu tenho, Carlos Vieira tem, mais alguém que eu não tenha? Raquel eu acho que tenho também...que não estiver no nosso e-mail, põe por favor para a gente aí...Yan eu já tenho o seu também aí né, Yan? Levi, Dutra...já tenho o e-mail seu Dutra? Não sei se...passa, anota por favor nesse papel porque aí esse resumozinho aqui que fizer a gente já passa para todo mundo, e a gente vai acompanhando então o trabalho desse Comitê. Tudo bem, mas alguma questão gente? Queria pedir então que as pessoas anotem seu e-mail ali, e todo mundo é muito importante, agradeço a presença de todo mundo; volto a falar: a Câmara cumpriu mais uma vez o seu papel, eu queria pedir licença a todo mundo para agradecer ao Rodrigo, por ser da Brigada Mãe, por ser esse exemplo, te conheci agora, mas a gente vê que você tem compromisso pela fala, pela referência que os meninos de Ouro Preto tem à Brigada Um de Belo Horizonte. Agradecer a todos mas principalmente a você, que veio de Belo Horizonte para cá." Nada mais havendo a se tratar, foi encerrada a presente Audiência Pública. Para constar, Cláudia Guerra Fernandes, Agente Legislativo I dessa Casa, lavrou esta ata em dezesseis de março de dois mil e dez.