A Câmara Municipal de Ouro Preto decreta:
Art. 1º - Fica concedido Título de "CIDADANIA HONORÁRIA" ao Sr. Álvaro José de Lima (in memoriam) pelos relevantes serviços prestados à Prefeitura de Ouro Preto e à atividades beneficentes neste Município.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Álvaro José de Lima, nascido em 23 de julho de 1926, no distrito de Grocotó em Barbacena, Minas Gerais, foi muito cedo para Belo Horizonte em busca de trabalho, em sua profissão de eletricista trabalhou na Cemig e na Manesman. Na capital, também conheceu Geraldina, com quem se casou e tiveram 6 filhos. Em busca de melhores condições de trabalho e de vida, veio para Ouro Preto na década de 1960 trabalhar na Alcan e aqui se estabeleceu. Nesta empresa, trabalhou por aproximadamente 35 anos e após isso, trabalhou na Prefeitura Municipal de Ouro Preto por mais 13 anos, sempre na mesma profissão, sendo reconhecido pelo seu profissionalismo e dedicação. Ao adquirir sua casa no bairro Bauxita, mudou-se e passou a fazer parte desta comunidade. Contribuiu ativamente na construção do Pró Melhoramentos, no Salão Paroquial e na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes. Sempre animado, ajudava nas barraquinhas de festa junina e em todo e qualquer evento que fosse solicitado. Religioso fervoroso, participou da Irmandade do Santíssimo, contribuindo com todos os movimentos da igreja, principalmente os da Semana Santa. Mas gostava também de brincar Carnaval, sendo sócio fundador da Escola Sinhá Olimpia e participante do bloco “gatões e gatões”. Não se pode esquecer das atividades esportivas que ele participava no Grupo da Terceira Idade -UFOP e do coral do bairro. Sempre pensando nos mais necessitados, era membro da Sociedade São Vicente de Paula buscando colaborar na arrecadação de cestas básicas dentro do projeto da Campanha do Quilo. Era apaixonado pelo Cruzeiro. Gostava de uma boa prosa, de cantar e dançar. Era uma pessoa solícita, séria, mas bem humorada. Dono de uma boa memória, vivia escrevendo sobre os acontecimentos do bairro e da cidade. Se vivo, teria hoje 10 netos e 2 bisnetos. E que festa não seria! Foi um homem que deixou um legado de luta, trabalho, dignidade, humildade e um senso de coletividade. Deixou muitas saudades na comunidade que amava e, principalmente, em seus familiares e amigos.