órteses, próteses e materiais especiais
Segundo o vereador: “Esse é um caso que queremos aprofundar porque sabemos que existe uma verba carimbada que vem do Estado para essas questões, mas não sabemos como ela é utilizada e como de fato ocorre esse repasse de valores.
Temos deficientes na cidade, mas Ouro Preto não oferece acessibilidade para essas pessoas, nem pensa em inclusão.
Existe um caso de uma pessoa muito querida que conviveu a vida inteira com uma doença que acabou levando a amputação de suas pernas e o que mais chama atenção é a qualidade do material da prótese que é fornecida pelo SUS. São muito ruins, além do tempo de espera para conseguir os materiais auxiliares, que muitas vezes ultrapassam o tempo de vida útil de forma inaceitável. Por exemplo, um material que deveria ser trocado a cada seis meses, só está disponível para quem precisa anualmente.
O Ministério da Saúde disponibiliza dinheiro para isso, divide entre os Estados que manda para os Municípios. Mas, de que forma isso é tratado? Como é escolhida a qualidade dos materiais? De que forma se escuta as pessoas que hoje estão buscando esse tipo de apoio?
É um direito. E aí eu questiono, será que uma pessoa que precisou ser amputada tem que ficar sem qualidade de vida se existem soluções para dar a ela mobilidade? Precisamos entender o outro lado dessa história, o lado de quem hoje está com enorme dificuldade e excluída, sem o suporte necessário, em uma cidade que não está preparada para conviver com pessoas de mobilidade reduzida.
É inacreditável que em um país que desvia milhões, não exista dinheiro para tratar com dignidade e fornecer equipamentos de boa qualidade à quem precisa de órteses, próteses e materiais especiais. Registramos aqui o nosso sentimento de luta por aqueles que precisam. Em nome da Rose do distrito Santa Rita, uma jovem que teve as duas penas amputadas e luta por próteses de qualidade, estendo a minha luta a todos que merecem ser tratados com mais dignidade na nossa região.